dois casos de Pas Bayard "pegadas de Bayard"
Bayard deixou também pegadas mesmo na toponímia, num conjunto de lendas etiológicas extendidas pelo territoio de Fraça, Beligica e Luxembugo que explicam determinadas feições da paisagem, gravuras, ou pseudo-gravuras pétreas que foram criadas segundo a tradição pelo galope dos cascos do cavalo sobranatual. De ai os abundantes Pas Bayard repartidos pela geografia de estes paises, como o Pas Bayard do município de Durbuy pedra um sulco na sua parte superior, que se diz foi deixado quando o Ros Beiaard se impulso para saltar levando aos quatro filhos (Heemskinderen) acima até Durbuy. Um salto de nada menos que de 10 quilómetros.
As Origens de Bayard
Bayard era o nome dele, então ouvi seu
chamado;
Porque foi levado para a ilha de Bocan,
entre dois mares.
De Faeria o cavalo foi trazido.
Morgane, a fada, alimentou-o com muito cuidado”
Será o Cantar de Maugis d´Agriemond, o, que além da a procedência de insular, concretizará as suas origen ao inclui umas estranha filiação não equidea senão serpentina do cavalo, filho de um dragão e uma serpe.
Maugis O Encantador rouba aos demos o cavalo Bayard
Este cavalo fabuloso de estas origens que visan com o maligno, mas destinado a se converter no assistente do herói, fica na Ilha não cuidado afeituosamente por uma fada, senão cativo e guardado por um fero diabo.
“Que o cavalo é fádado, segundo algumas pessoas.
Ele nasceu de um dragão e de uma serpente.
Um grande precipício o impede de escapar
E um demônio terrível se esconde, em verdade
vos digo,
que é forte e feio, de nome Raanas
É um cavalo fada com corpo nobre
Quem consegue carregar alegremente o dia inteiro,
Três cavaleiros armados para um torneio,
e nenhum vestígio de suor escorreria pelos seus
lados
Está nesta rocha num lugar escondido
Entre quatro pilares trabalho de ouro
E quatro grandes carvalhos, todos prateados,
O corcel está aprisionado por essas colunas”
(Cantar de Maugis d´Agriemond)
A não-morte e posteridade de Bayard
Este estranho do método usado pelo imperador para matar ao cavalo encaixa curiosamente com o carácter aquático que se frequentemente se lhe atribui no folclore europeu aos cavalos sobrenaturais e feéricos.
Bayard no Mosela, ilustração de Eugene Grasset 1883
Cavalos feéricos habitantes das águas e que tentam levar lá aos incautos humanos que aceitam montar em eles, ou que saim dos rios e lagos para emprenhar as egoas locais, das quais nascera algum cavalo com extraordinarias carateristicas. Não resulta extranho ver tras do proprio Bayard um exemplo mais de esa tipologia cavalo sobrenatural, no qual a natureça aquática ficaria encoberta pelo seu aquático suplicio no Reno ou Mosela.
"O Nix como cavalo branco" Theodor Kittelsen, 1909
Suplicio aquático que ainda não supondo a morte real do cavalo no entanto marca a separação dele do mundo humano, a sua definitiva retirada ao ambito da Feeria, escondido no fundo floresta das Ardenas onde permanece retirado: "... se diz no Reino, como lemos nas histórias, que ele ainda mora na floresta e que, se avistar alguém, em vez de se aproximar, foge o mais rápido possível, como um demônio temente a Deus" (Quatre files de Aymon).
A tradição oral ardenate acrescenta que estas aparições do fugidio Bayard se produzem durante o
solstício de verão, no qual se pode ouvir o potente rinchar do cavalo, ou se-lhe observa
galopando furioso pelo lugar. Uma destas cavalgadas de Bayard foi descrita ainda no
século XIX por Prosper Tarde, que recolheu em
1861 a noticia de boca de um velhinho que a relatava os feitos como acontecidos no ano 1815,
durante a guerra entre franceses e prussianos:
“[…] À noite do solstício de verão, chegamos a
Montcy-Notre-Dame , perto de Waridon. Cheios de cansaço, paramos para pernoitar
lá. A décima segunda hora estava prestes a soar. Nossos homens estavam
dormindo. Eu estava de plantão. Eu assisti, eu escutei. De repente, ao longe, no
cume do Waridon, ouço um estrondo surdo. A terra estava tremendo. O barulho
fica mais nítido: é o passo regular de um cavalo correndo a galope. Sob seus
pés, as pedras quebram ou rolam com estrondo. - Minha fé! Confesso que o medo
tomou conta de mim. Eu não teria temido os prussianos . Mas não era um hulan:
era o cavalo de Maugis, o cavalo dos quatro filhos de Aymon, o cavalo
encantado; era Bayard, o cavalo de fogo. Logo o rápido animal passou na minha
frente como um raio, iluminando o vale, o riacho, a montanha e suas ruínas. Ele
corria pelas pedras que formavam a beira da torrente. As pedras voaram atrás
dele, caíram na água ou foram esmagadas. Bayard, pelas narinas, pelos cascos,
lançava fogos e chamas; ele relinchou e zombou furiosamente, e eu ouvi claramente
o nome de Carlo Magno . Os ecos do Waridon repetiram: Carlo Magno! Carlo Magno!
em tom insolente e zombeteiro”
Este relato destaca o forte carácter ígnico de Bayard, que outras tradições populares associam igualmente com outro fogo, o fogo aéreo que se manifesta na tormenta, o raio e o trebão. Um cavalo de origens diabólicas ou monstruosas, com a pelagem da cor do fogo e que se identifica ele mesmo com o elemento, e bota chamas e iluminando a noite ou ceu.
Iupiter, deus do trono, como cavaleiro vence ao gigante anguipedo,
Musée Bargoin, Auvernia, França
Cavalo ígneo ou tonante que "morre" nas águas, ele mesmo procedente de uma ilha no mar, e retorna anualmente ao mundo dos vivos no momento preciso dos solstícios estivais. Náo é muito dificil ver em estas asociaçôes conexas um fundo mítico muito claro em este equido a vez malefíco e divino, tenebrosso e luminoso que resplandecente emerge ciclicamente da feerica e humbria fraga das Ardenas.
Bibliografia
Le Roux, F. (1955): "Le cheval divin et le zoomorphisme chez les Celtes", Ogam Nº 7/2, 38 pp. 101-122
Merceron, J. (2018): "Le cheval Bayart, l’enchanteur Maugis et la fée Oriande. De la médecine par le secret à la chanson de geste et retour par la mythologie celto-hellénique" NMC Nº 4 pp. 1-76 PDF
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