quinta-feira, 29 de junho de 2023

Arqueolinguistica das linguas Trans-eurasiticas




Deixamos aqui esta conferência proferida no ano 2021 dentro da escola de verão do Instituto Marx Planck para a Ciência da História Humana, pela Dr. Martine Robbeets com o titulo "Archaeolinguistia - o caso Trans-eurasiatico". Em ele se resume as achegas publicadas em um artigo publicado esse mesmo ano na revista Nature no que se propus um modelo explicativo para a expansão das línguas trans-euroasiáticas, isto é isto é, japonês, coreano, tungúsico, mongólico e turco. 


Desafiando a tradicional "hipótese pastoril", o artigo demonstrava que a ancestralidade comum e a dispersão primária das línguas da Transeuriaticas remontam aos primeiros agricultores do pelo nordeste da Ásia a partir do Neolítico Inferior sustentado no cultivo do milho-miúdo. Mas que essa herança compartilhada foi mascarado por extensa interação cultural desde a Idade do Bronze. 



A palestra e o centra-se sobre tudo nas conexões nos casos coreano e japonês e a sua relação com o Urheimat da zona costeira do delta baixo Rio Amarelo, deixando um pouco de lado a posterior conversão de tunguses, turcos e mongóis a populações a pastores nómadas ou caçadores-coletores; se bem é tentador relacionar isto como uma reação centrípeta a introdução do cultivo do arroz e a conseguinte adoção de estruturas tipo Estado, como a sugerida para zonas do Sudeste Asiático pelo antropólogo James C. Scott.


Artigo: 

Robbeets, M., Bouckaert, R., Conte, M., Savelyev, A., Tao Li, T. et alii (2021): "Triangulation supports agricultural spread of the Transeurasian languages" Nature Nº 599 pp. 616–621 DOI: 10.1038/s41586-021-04108-8  
   


Sem comentários:

Enviar um comentário