Mas como reça a legendagem, do cartão postal da imagem em realidade, e longe da explicação popular e lendaria, este resto dolmenico "foi transformado em altar cristão no seculo XI". Oferece, pois um bom exemplo de cristianização em tempos medievais dum resto "antigo" -pré-histórico- associado no Imaginario popular a obra de povos míticos e gentis de outros tempos: os nossos mouros, as fairies ou fees ou daoine-sidhe do folklore de outras latitudes europeias.
Não único em sim, há por exemplo outros casos bem curiosos de megalitos reconvertidos em capelas em Portugal, ou bem sobre os que construiu uma igreja como sucede em Cangas de Onis (Asturias) na Capela da Santa Cruz; mais sim peculiar na sua propria forma.
anta-capela de São Dinis, Mora (Alentejo, Portugal)
De facto o curiosso efeito das quatro colunas subtentando a laje superior, além do esquisito ou ainda bizarro que pudera semelhar, tem um mais evidente parecido com a imagem tìpica e algo tòpica também de algum que outro dolmen desarbolado da sua coberta petrea e térrea pela erosão.
Dolmen de Poulnabrone, condado de Clare, Irlanda
É curioso desde logo que aos "românicos" lhes dera por fazer esta "restauração" do dólmen com essas colunas em sim tão anacrônicas; seria quedaquela, naqueles recuados tempos do Medievo, havia já arquitetos "de autor" como os atuais metidos a autodidatas restauradores seica?, ou será simplesmente que o de reinterpretar o passado com o nosso presente não é nada novo ou -como já sabemos- que inventáramos faz dois dias?.
Para mais sobre o tema mítico da moura/velha construtora remetemos ao já clássico artigo do nosso caro colega Fernando Alonso Romero: "Las mouras constructoras de megalitos: Estudio comparativo del folklore gallego con el de otras comunidades europeas" Anuario Brigantino Nº 21, 1998 pp. 1130-7625 PDF
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