quinta-feira, 30 de novembro de 2023

Entre Budismo, Paganismo e Xamanismo - Tese

El Budismo Iranio

Gharehkhani, Z. (2020); El Budismo Iranio. El budismo iranio durante el periodo parto-sasánida entre el paganismo y el chamanismo. Tese doutoral apressentada na Universidad Autonoma de Madrid.


Sinopse
O Budismo Iraniano é um processo sincrético entre as tradições pré-Mazdeanas, o Zoroastrismo e o Budismo vivido durante o período Parta-Sassânida. A singularidade deste fenômeno reside no seu desenvolvimento entre a sociedade urbana e hierárquica e os valores do antigo sistema xamânico. 

xaman tunguso gravado do artista holandes Nicolaes Witsen, 1705 

O Irão parta-sassânida estava implementando o sistema dos magos como administradores do ritual e, portanto, o confronto e a provação xamânica entre Mani e Kartīr, estenderam-se, por sua vez, a todas as práticas xamânico-ascéticas que ameaçavam a ordem zoroastriana. Neste contexto, a ascese budista entra no mundo do debate teológico e da espiritualidade itinerante do antigo mundo iraniano, promovendo a adaptação religiosa da própria mensagem budista na sua expansão ocidental.


fotografia antiga dos desaparecidos budas de Bamiyan, Afganistâo datados entre os séculos VI-VIII D.C.
 
O Budismo Iraniano é um processo sincrético entre as tradições pré-Mazdeanas, o Zoroastrismo e o Budismo durante o período Parta-Sassânida. A singularidade deste fenômeno reside no seu desenvolvimento entre a sociedade urbana e hierárquica e os valores do antigo sistema xamânico. O Irão Parta-Sassânida estava a implementar o sistema dos Magos como administradores do ritual e, portanto, do confronto e da ordem xamânica entre Mani e Kartīr, estendendo-se também a todas as práticas xamânico-ascéticas que ameaçavam a ordem zoroastriana. 

fresco de estilo persa repressentando ao deus indo-iraniano Mithra, covas de Ajanta, Bamiyan

Nesse contexto, o ascetismo budista entra no orbe do debate teológico e da espiritualidade itinerante do antigo mundo iraniano, promovendo a adaptação religiosa da própria mensagem budista na sua expansão ocidental.

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quarta-feira, 29 de novembro de 2023

O Cavalo nas crenças dos Germanos

Le cheval dans les croyances germaniques


Wagner, M-A. (2005): Le cheval dans les croyances germaniques. Paganisme, christianisme et traditions. Champion. Paris. ISBN: 2745312162


Sinopse 
Caracterizar o lugar do cavalo no paganismo germânico, medindo depois a evolução das crenças relativas a este animal no Ocidente cristão e nas tradições alemãs, tal é o objetivo deste estudo. 


O cavalo se distingue dos demais animais no paganismo germânico: duplo do homem, mas também personificação de poderes, constitui um elo entre seus dois mundos, o que o define como animal sagrado. 


A evolução deste estatuto particular no Ocidente medieval e depois nas tradições populares mostra que, durante um período muito longo, é a associação do cavalo com a terceira função indo-europeia que domina o espaço germânico.

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+INFO sobre o livro em: Cheval dans croyances germaniques

sábado, 25 de novembro de 2023

Rei e Povo, Comparatismo e Instituições

RE E POPOLO

Fiori, R. (2019): Re e popolo: Istituzioni arcaiche tra storia e comparazione. Vandenhoeck & Ruprech. Gotinga.  ISBN: 978-3-7370-1022-1
  
   
Sinopse   
Este volume aborda o problema da organização social e jurídica de alguns sistemas políticos nas suas primeiras fases reconhecíveis: a Índia védica, a Grécia, a Itália antiga, os povos celtas e germânicos. O estudo mostra que as instituições supra-familiares, que se organizavam como “povo” em vários níveis de agregação, já existiam em tempos pré-históricos. 

Mucio Scevola ante Lars Porsenna" Anthonis van Dyck, 1628, Museu de Artes Figurativas de Budapest

Os líderes destas comunidades, muitas vezes referidos como “reis”, nem sempre são sinónimos de uma instituição monárquica propriamente, encobrindo  frequentemente uma pluralidade de formas de organizarão política que vão da chefia ao estado arcaico, e que por vezes coexistiram. 

Rama partindo de Ayodhya para seus quatorze anos de exílio

Isto leva ao questionar as teorias que entendem o nascimento de comunidades complexa como resultado de um processo de progressivo e unilinear de agregação de comunidades familiares ou gentilicias

INDEX

Abbreviazioni p. 7

Introduzione  p. 17
Roberto Fiori

1. L’entità denominata vís´- nel contesto sociale complessivo 
e in relazione ai livelli di titolarità del potere secondo i test
i del Rigveda e dell’Atharvaveda  p. 33
Daniele Maggi

2. Il re nella Grecia antica p. 117
Martin Dreher

3. Il demos e le istituzioni della polis arcaica p. 139
Alberto Maffi

4. Istituzioni pubbliche nell’area delle lingue sabelliche 
tra filtri documentari, εἴδωλα terminologici e percorsi etimologici 
p. 195
Paolo Poccetti

5. I re in Etruria: una realtà difficile da precisare  
p.  247
Dominique Briquel

6. Popoli e leghe nell’Italia preromana  
p.  275
Stéphane Bourdin

7. Royauté et ville: du Latium à Rome  
p. 301
Alexandre Grandazzi

8. Un’ipotesi sull’origine delle curiae  
p. 327
Roberto Fiori

9. Le forme della regalità nella Roma latino-sabina  
p. 411
Roberto Fiori

10. Quale significato per il significante rí? Alla ricerca 
della ‘regalità’ in Irlanda  p. 527
Diego Poli

11. Il problema della leadership nelle culture germaniche 
tra Antichità e Alto Medioevo p. 603
Marco Battaglia

Gli autori  p. 629

Indice sommario  p. 633



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quinta-feira, 23 de novembro de 2023

O Problema do Parentesco Crow-Omaha

Crow-Omaha 

 New Light on a 
Classic Problem
   

Transumanon, T.R & Whiteley, P.M. (eds.): Crow-Omaha : New Light on a Classic Problem of Kinship Analysis. Amerind Studies in Archaeology. University of Arizona Press. Tucson.  ISBN: 978-0-8165-0790-0


Sinopse  
O "problema Crow-Omaha" tem deixado os antropólogos perplexos desde que foi descrito pela primeira vez por Lewis Henry Morgan em 1871. Durante a sua pesquisa mundial dos sistemas de parentesco, Morgan descobriu com espanto que algumas sociedades nativas americanas chamam alguns parentes de gerações diferentes pelos mesmos termos. Por que? A "distorção" intergeracional no que veio a ser chamado de sistemas "Crow" e "Omaha" provocou uma riqueza de argumentos antropológicos, de Rivers a Radcliffe-Brown, de Lowie a Lévi-Strauss, e muitos mais.


Acontece que os sistemas Crow-Omaha são incomuns e ainda assim encontrados distribuídos em todo o mundo. Para os antropólogos, resolver o problema Crow-Omaha é fundamental para compreender como os sistemas sociais se transformam de um tipo para outro, tanto historicamente em contextos particulares como evolutivamente no âmbito mais amplo das relações humanas. Este volume examina o problema Crow-Omaha a partir de uma variedade de perspectivas –histórica, linguística, formalista, estruturalista, culturalista, evolucionária e filogenética. 


Ele se concentra nas regiões onde ocorrem os sistemas Crow-Omaha: América do Norte nativa, Amazônia, África Ocidental, Nordeste e Leste da África, Austrália aborígene, nordeste da Índia e área Tibeto-Burmana. A lista internacional de autores inclui os principais especialistas em suas áreas. O livro oferece uma avaliação de última geração do parentesco Crow-Omaha e dá continuidade ao trabalho do volume histórico Transformations of Kinship, publicado em 1998. 


Destinado tanto a estudantes quanto a acadêmicos, é composto de capítulos breves e acessíveis que respeitar a complexidade das ideias, apresentando-as com clareza. O trabalho serve tanto como uma nova referência na explicação dos sistemas de parentesco quanto como uma introdução aos estudos de parentesco para uma nova geração de estudantes. 

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Disponivel em: Crow-Omaha New Light on a Classic Problem

quarta-feira, 22 de novembro de 2023

Relações de parentesco no Argar


O período que inclui o calcolítico e o Bronze Antigo na Europeia na Europa envolveu fortes mudanças sociais drásticas que resultaram numa forte centralização política, crescente desigualdade económica e em perturbações demográficas e de povoamento marcadas pelo predomínio de uma carrega genética nas populações genéticas procedente em origem da Estepe do Mar Negro. 




Este conjunto de fundas mudanças sociais e humanas fizeram-se especialmente visíveis em alguma regiões específicas, como Central-Europa, a Bretanha, o sul de Inglaterra ou sudeste da Península Ibérica, onde a distribuição desigual da riqueza, refletida nos bens funerários, se torna evidente especialmente na chamada cultura do Argar do Bronze Antigo. 

O complexo argárico, cobre o período de ca 2.200-1.550 A.C, (cronologia calibrada). O povoamento argárico espalha-se durante este escopo temporal desde as planícies costeiras até as terras do interior chegando a cobrir esta cultura arqueológico no topo uns 35.000 km 2 em seu pico. Seus assentamentos densamente situam-se na parte cimeira de colinas, chegando a alcançar extensões de 5 hectares, e mostram uma clara hierarquização com evidências de grandes edifícios públicos e importantes estruturas funcionais de abastecimentos de aguas OU relacionadas com o processamento a grande escala de cereais, obras de irrigação, e unidades artesanais especializados na produção cerâmica e metalúrgica. 

Edificio de reunião do jazigo de La Almoloya

Todo isto delineia a imagem do mundo argárico como uma sociedade de profunda complexidade social e económica com evidentes signos de hierarquia social que se fazem visíveis na riquezas dos enterramentos elitares das necrópoles argárica. Em este sentido os enterramentos argáricos apresentam um marco perfeito para o estudo de caso das relações de parentesco nas sociedades pré-históricas. 




Até agora esta questão fora unicamente abordada desde a metodologia arqueologicamente convencional, através o estudo de enterramentos duplos típicos de esta cultura que envolvem uma parelha adulta, ou uma criança e um indivíduo adulto; mas o desenrolo da paleo-genetica tem aberto a possibilidade de estudar as relações de parentesco entre a elite argárica com uma maior precisão previamente impossivel



O modelo tradicional interpretava estas sepulturas duplas como evidência de casais heterossexuais e monogâmicos (' casamentos') base de famílias nucleares. No obstante um recente estudo desde o ponto de vista da genética do jazigo argárico de La Almoloya aporta uma perspetiva muito distintas apontando a existência  de uma maior complexidade nas práticas que organizam as relações de parentesco na sociedade argárica.  



Em base a uma ampla amostra reconstrui-se a estrutura genealógica da necrópole da La Almoloya conseguindo isolar 7 grupos familiares diferenciados sincrónica e diacrónicamente as relações de parentesco de 1º e 2 grau e além (até o 6º e 7º grau) entre os adscritos a cada conjunto genealógico chegando a uma amplitude de cinco gerações.
As evidências, segundo os autores do estudo, apontam a um predomínio entre a aristocracia argárica da exogamia feminina e a patrilinearidade, envolvendo com muita probabilidade praticas de intercâmbio de mulheres entre linhagens de distintos assentamentos como os são conhecidos pela casuística antropológica

“A visão combinada dos resultados inclina-se para a prática da exogamia feminina e da patrilocalidade, em que as jovens mudam-se para uma residência diferente para construir novos relacionamentos. As fêmeas adultas enterradas em sepulturas duplas dão suporte a essas práticas, pois não têm pais enterrados no local e, além dos descendentes, também não têm outros parentes adultos, o que sugere que vieram de fora da comunidade e foram integradas através da união com machos locais, podendo assim ser considerados companheiros de machos de linhagem. É importante ressaltar que o fato de não encontrarmos relações de 1º ou 2º grau entre mulheres adultas em La Almoloya sugere que esta prática era recíproca e que as jovens de La Almoloya também se mudaram para outros locais. A patrilocalidade não implica necessariamente a ausência de mobilidade dos homens adultos. Na verdade, os nossos resultados também apoiam uma mobilidade substancial para ambos os sexos, como demonstrado pela presença de menos parentes de 2º grau do que de 1º grau no local. No entanto, a capacidade de rastrear linhagens masculinas através de gerações pela presença de descendentes masculinos adultos, mas não de descendentes adultos femininos apoia a patrilocalidade apesar da mobilidade masculina e feminina.”
Com tudo junto a este padrão predominante, o estudo observa uma curiosa desproporção entre o número de mulheres e de homens dentro dos grupos definidos, o que lhes permite inferir que junto como este padrão patrilocal e patrilinear vinculado a exogamia feminina e intercâmbio (tal vez reciproco) de mulheres funcionaria em paralelo um sistema de exogamia masculina, pelo que parte dos homens das linhagens que ficariam fora da herança casavam fora do seu assentamento original integrando-se matrilocalmente na comunidade da sua esposa. 

“Alternativamente, a proporção desequilibrada entre os sexos entre os adultos nos cemitérios argáricos pode ser responsável por um “excesso” de mulheres e não por uma falta de homens. Este cenário envolve não apenas um número substancial de mulheres que chegam, mas também práticas matrimoniais consistentes com ele, ou seja, sob a forma de poliginia ou de monogamia em série. No entanto, a exogamia feminina por si só não explica todas as formas de mobilidade que poderiam ser inferidas a partir dos dados de La Almoloya. Enre os homens, a falta de evidências de irmãos e meio-irmãos adultos sugere que a patrilocalidade pode ter sido restrita a certos homens, enquanto outros deixaram o local. Os homens podem ter saído do seu local de nascimento como parte de práticas de exogamia masculina, atribuição a outros assentamentos, ou processos de migração/colonização ligados à expansão territorial argárica. Estudos futuros sobre o ADNA de pessoas enterradas em locais diferentes de La Almoloya contribuirão ainda mais para testar estas possibilidades.”

Estes resultados amostram uma maior complexidade dos enterramentos duplos argáricos, nos se combinam predominantemente tanto mulheres forâneas junto a homens locais como o caso contrario, o qual encaixa com um tipo de comportamento frequente entre grupos aristocráticos com padrões matrimoniais complexos nos que uma certa ambilinearidade das relações de parentesco dentro de uma linha dominante já seja matrilinear ou patrilinear como resulta ser o caso argárico, serve de instrumento flexível para estabelecer alianças políticas e familiares entre linhagens aristocráticos dentro de um território amplio. 



Outra aportação novidosa do estudo é a possibilidade não contemplada agora, mas que se mostra como fatível na diversidade de relacionamentos entre os descendentes de um único varão, mas com distintas madres, é a possível presença de casos de poliginia ou do matrimónio sucessivo na cultura do Argar. 




Em resume, o artigo é um bom exemplo das possibilidades que as técnicas de análise paleo-genética abrem a uma questão tâo crucial para entender a organização social das culturas do passado como é a organização do parentesco; possivelmente a aportação maior e mais crucial que, na atualidade e num futuro próximo, a genetica pode oferecer a Arqueologia. 
   

Artigo:

Villalba-Mouco, V., Oliart, C., Rihuete-Herrada, C. et al. (2022):  "Kinship practices in the early state El Argar society from Bronze Age Iberia" Nature Sci Rep 12, 22415  DOI: 10.1038/s41598-022-25975-9

Bibliografia complementaria:
  
Ensor, B.E. (2013): The Archaeology of Kinship: Advancing Interpretation and Contributions to Theory. University of Arizona Press pdf

Fox, R. (1980): Sistemas de parentesco y matrimonio. Alianza. Madrid. pdf

Levi-Strauss, Cl (1982): As estruturas elementares do parentesco. Editora Vozes. Petrópolis pdf


Postagem relacionada: A Princessa Argárica da Almoloya

Uma Arqueologia do Parentesco

Kinship, Sex, and Biological Relatedness

Meller, Harald et al. (eds.) (2023): Kinship, Sex, and Biological Relatedness: The contribution of archaeogenetics to the understanding of social and biological relations. Tagungen des Landesmuseums für Vorgeschichte Halle Vol. 26. Propylaeum, Heidelberg ISBN: 978-3-96929-259-4 DOI: 10.11588/propylaeum.1280


Sinopse  
As relações interpessoais sempre foram a base da convivência social. O parentesco –seja biológico ou social– em este sentido tem um significado muito especial. Na arqueologia, estas conexões imateriais só raramente foram comprovadas sem oferecer qualquer dúvida. 


Porém, nos últimos anos, a arqueogenética desenvolveu métodos e procedimentos que, com uma boa preservação do DNA, permitem determinar o grau de proximidade genética entre duas pessoas que viveram no passado. Os artigos aqui coletados expoem os conhecimentos sobre a tematica do parentesco fornecidos pela da antropologia, a arqueologia, genética, bem como das ciências históricas e sociais. 


Partindo de jazigos novos e outros já conhecidos anterioromente, ilustram por um lado as conclusões que as descobertas científicas atuais permitem tirar mas pelo outro mostram também os limites que estas tecnicas apressentam para a interpretação das sociedades (pré-)históricas.

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terça-feira, 21 de novembro de 2023

Aristocracias da Idade de Pedra?


Deixamos aqui a os videos das sessoes do coloquia "Uma aristocracia na Idade da Pedra? O igualitarismo das sociedades do Paleolítico Superior em questão" que teve lugar no Musée National de la Préhistoire (Les Eyzies, França) entre os dias 9-11 outubro de 2019, e que foi publicado como monografico da revista PALEO (aqui)


Ouverture - J.-J. Cleyet-Merle

1. E. Guy - exposé et discussion

2. C. Darmangeat - exposé

3.  E. Honoré - exposé et discussion

4.  C. Stepanoff - exposé et discussion

5. M. Mauzé - exposé et discussion


6. B. Boulestin - exposé et discussion


7.  S. Costamagno - exposé et discussion


8 - L. Moreau - exposé et discussion


9. J.-M. Pétillon - exposé et discussion


10.  L. Fontana - exposé


11.  C. Heckel - exposé et discussion


12 - O. Rivero - exposé et discussion


13. E. Guy - exposé et discussion


14.  C. Birouste - exposé et discussion


15. J.-F. Dortier, J.-P. Demoule, R. Labrusse


16. Discussion générale finale


A Opressão das Mulheres

L’oppression de s femmes


Darmangeat, Ch. (2023): L’oppression de s femmes, hier et a ujourd’hui: pour en finir demain!. Une pe rspective marxiste. Edição do autor.

Sinopse  
Se à primeira vista este tema pode parecendo distante dos problemas atuais e reservado a um pequeno círculo de especialistas, o seu interesse vai muito além do prazer do conhecimento pelo conhecimento. 


A opressão das mulheres continua a representar uma das características marcantes do nosso tempo –mesmo que muitas sociedades do passado não tenham nada a invejar deste ponto de vista. No entanto, para todos aqueles que querem trabalhar para que esta opressão desapareça, é fundamental compreender as suas raízes e os seus mecanismos, porque só compreendendo um fenómeno é que podemos combatê-lo eficazmente. 


Esta já era a convicção daqueles que fundaram o movimento socialista, numa época em que esta palavra ainda significava a derrubada completa do capitalismo e o estabelecimento de uma sociedade igualitária. Um século e meio depois, aqueles que não desistiram de transformar o mundo não têm motivos para se afastar desta atitude saudável


Para muitos activistas que, no século XIX, afirmavam ser parte do projeto socialista, a questão feminina era extremamente importância. Para Karl Marx e Friedrich Engels, as mulheres de as classes populares tinham um interesse particular na derrubada do capitalismo, nomeadamente pôr fim à dupla opressão das quais foram vítimas, tanto como mulheres como como como proletários. Sobre esta questão, eles tiveram que entrar em conflito, às vezes duramente, a algumas outras correntes socialistas; assim, o Proudhon, que acreditava que o lugar da mulher era em casa e que dos crimes do capitalismo foi destruir a família tradicional


Este ensaio foi escrito a pedido da associação Table Rase, no âmbito do de uma conferência-debate organizada em 16 de dezembro de 2010. Algumas modificações e atualizações foram feitas desde então, a última em julho de 2023. Retoma os principais argumentos do livro Le communisme primititif n’est plus ce qu’il était – aux origines de l’oppression des femmes, Smolny, 2009 (3ª ediçãorevissada em 2022)


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+INFO no site do autor: La Hutte des Classes

História e Pré-história da Dominação Masculina


Deixamos aqui o video de esta palestra proferida pelo antropologo Christophe Darmangeat e o prehistoridor Jean-Marc Pétillon que sob o titulo "Histoire et préhistoire de la domination masculine" no ano 2018.


HAU - Journal of Ethnographic Theory Nº 13/1

HAU- Journal of Ethnographic Theory 

Nº 13/1 - 2023

  

INDEX

Editorial Note

Magic, metaphysics, and methods  pp. 1–5
Raminder Kaur, Louisa Lombard, Luiz Costa, 
Andrew B. Kipnis, Adeline M. Masquelier

Lecture

Economy, emulation, and equality: Sociogenesis in the postsocialist capitalocene: Gudeman Lecture, University of Minnesota, 
March 21, 2022  pp. 6–20
Chris Hann

Articles

The logic of magic: Reading Wittgenstein’s remarks on Frazer’s 
The golden bough  pp. 21–38
Marcus McGee

Home as a second skin: A contribution to a theory 
of magic (of tidying) pp. 39–52
Edgar Tasia

The sacred unbound: Insufficient rituals, excess life, 
and divine agency in rural Tamil Nadu pp. 53–67
Indira Arumugam

Migration, village sociality, and mistrust: 
An exploration pp. 68–81
Ritambhara Hebbar

Uncanny ethics: Locating the coordinates of the ethical
in the COVID-19 pandemic pp. 82–100
Sumbul Farah

Ethnography as creative improvisation: Exploring methods 
 in (post) pandemic times pp. 101–127
Maruška Svašek

Video footage and the grain of practice pp. 128–145
Charles H. P. Zuckerman

There was no future in the past: Time and the environment 
in rural Namibia pp. 146–158
Michael Schnegg

From a museum of Others to a museum of Selves: 
Repatriation, affective relations, and social values 
of archaeological human remains pp. 159–178
Ksenia Pimenova

Ti binni ruyubi, beyond binaries and median points: 
Methodological reflections on brownness in the field 
and intersectional reflexivity  pp. 179–193
Rodrigo Perez Toledo, L. L. Wynn

Unable to see the diagnosis: Harmed bodies and oil 
extraction in Peruvian Amazonia pp. 194–208
María Antonieta Guzmán-Gallegos


Book Symposium

Scales of subversion pp. 209–212
Jatin Dua

Is subversion just another version of state aversion? 
Notes on Herzfeld’s Subversive archaism pp. 213–217
Erik Harms

Trad nationalist a/effects  pp. 218–222
Sarah Riccardi-Swartz

The perils of national narratives pp. 223–226
James C. Scott

Subversive comparisons  pp. 227–229
Katerina Rozakou

On resistance and pluriversal voices of 
subversive archaism pp. 230–234
Pinkaew Laungaramsri

Comparisons and contradictions: The tactics of subversive 
archaism in anthropology and the nation-state pp. 235–242
Michael Herzfeld


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domingo, 19 de novembro de 2023

Contextualizar a Tecnologia Antiga - Livro

Contextualising Ancient Technology
   
Klimscha, F., Hansen, S., Renn, J. (2021): Contextualising Ancient Technology. From archaeological case studies towards a social theory of ancient innovation processes. Berlin Studies of the Ancient World. Vol. 73. Edition Topoi, Berlin  ISBN: 978-3-9820670-9-4  DOI: 10.17171/3-73


Sinopse  
A difusão de inovações do Próximo Oriente para as periferias circundantes “estáticas” tornou-se um paradigma arqueológico bem conhecido, muitas vezes resumido como Ex Oriente Lux. 


Embora isto entre em conflito com cronologias modernas e cientificamente controladas, é difícil explicar como meros desenvolvimentos locais e puro acaso o aparecimento de redes de comunicação em grande escala, a transformação das concentrações de poder nos primeiros estados, ou a difusão da roda, metais ligados e escrevendo. 

pintura mural da tumba de Nebanum, Thebes,  British Museum.

Os artigos deste volume seguem duas abordagens para reunir as novas apartoções sobre o processo de inovação pré-histórico e antigo. As perspetivas teóricas tentam desafiar e modificar os modelos tradicionais de difusão da inovação que carecem da profundidade cronológica das fontes arqueológicas.


Os estudos de caso das Idades do Cobre, do Bronze e do Ferro da Europa, do sudoeste da Ásia e do Norte de África analisam os contextos arqueológicos e sociopolíticos específicos, o tradições tecnológicas de inovações e as especificações do seu surgimento, disseminação e melhorias.
  

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sábado, 18 de novembro de 2023

Repensar a "Revolução" dos Produtos Secundarios

Unter die Räder gekommen

Vosteen, M. (2016): Unter die Räder gekommen: Untersuchungen zu Sherratts "Secondary Products Revolution" Archäologische Berichte, Band 7. Propyleum. Heidelberg. ISBN: 978-3-946654-04-9 DOI: 10.11588/propylaeum.21


Sinopse  
A dissertação de M. Vosteen trata das inovações durante o Neolítico, que serviram de base para uma tese desenvolvida por A. Sherratt em 1981: A introdução de produtos secundários de origem animal levou a profundas mudanças sociais, que ele chamou de "“Revolução dos Produtos Secundários” e que se espalhou desde fora para a Europa Central. 


Vosteen considera que o intervalo de datação das descobertas usadas como evidência é demasiado grande como para poder assumir uma linha comum de desenvolvimento, e as mudanças sociais que as acompanham. Vosteen revisa assim a afirmaçôes de Sherratt quando tirara conclusões sobre os desenvolvimentos sociais ou mesmo históricos com base na seleção de certas descobertas pré-históricas.




Vosteen revisa a obra de Sherratt e propoe defender novamente algumas das suas teses. As ideias de Sherratt foram posteriormente retomadas por outros autores e examinaram até que ponto uma mudança no leque de achados poderia ser compatível com suas teses, o qual certamente é possível em relação a a alguns produtos e regiões.

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sexta-feira, 17 de novembro de 2023

Construindo a Morte - Jornadas

Construyendo la muerte

Encuentros ibero-franceses sobre 
los hipogeos prehistóricos

Quando: 23 Novembro
Onde: Alcala de Henares


O próximo 23 de novembro tenderá a acontecer em @uahes as jornadas ibero-francesas sobre hipogeos pré-históricos "Construyendo la muerte". Estas jornadas são coorganizadas por Marie Élise Porqueddu (Casa de Velázquez), Nuria Castañeda (Universidade Autonoma de Madrid) e nossas companheiras Primitiva Bueno e Rosa Barroso (área de ), com o apoio da Embaixada de França e da Universidade Autonoma de Madrid. 


Uma jornada que tem como objetivo reunir diversos pesquisadores da Península Ibérica e da França para uma atualização do estado da questão dos hipogeos pré-históricos.


A jornada pode ser seguida presencialmente ou on-line após inscrição enviando um mail a  organizadora: marie-elise.porqueddu@casadevelazquez.org  Descarregar aqui o programa

Programa