quarta-feira, 27 de setembro de 2023

O Ninho Evoluído ou a Natureza Humana

Mature human nature
The evolved nest

Quando: 3 de Outubro
Onde: Londres e on-line


A próxima segunda-feira dia 27 de 3 de outubro decorrera a próxima palestra dentro do ciclo de outono de Radical Anthropology que tera por titulo "Natureza Human: O ninho evoluido" e tera por palestrante à psicologa evolutiva Darcia Narváez

Sinopse
Há algo ainda mais do que estranho que separa o Ocidente do resto do mundo – uma incompatibilidade entre a sua cultura modernista-hegemónica-industrializada e a normalidade da espécie humana. A normalidade da espécie envolve um "aninhamento" profundo, um fator que afeta a criação e o desenvolvimento infantil, a natureza humana e as capacidades dos adultos. 

Sociedades centradas na Terra (forrageadores nômades e outros) ao longo das últimas centenas de milhares de anos existiram em companheirismo cooperativo aninhado. Os humanos evoluíram para estar profundamente aninhados em vários níveis, horizontalmente, em termos de desenvolvimento e verticalmente. Aninhamento horizontal refere-se a estar atento às tradições desenvolvidas através das gerações, conectando-se aos ancestrais e vivendo a responsabilidade de manter o grupo no futuro. 

O aninhamento desenvolvimental depende de um senso de potencial humano – como é o funcionamento humano ideal e como promover e manter essa otimização através do nicho de desenvolvimento evoluído da humanidade, aplicando o conhecimento da plasticidade biossocial dinâmica na formação da natureza do indivíduo na comunidade. O aninhamento de desenvolvimento é o componente central do aninhamento porque molda as outras formas.  O aninhamento vertical refere-se à relacionalidade emaranhada, honrando a inter-existência de alguém com a Terra, o Cosmos e todas as relações, humanas e não humanas, manifestas e não manifestadas.

O que o aninhamento em todos esses níveis faz? Cultiva e apoia a consciência relacional e o conhecimento relacional. A consciência relacional refere-se à sensação de existir numa teia de relações vivas e dinâmicas com múltiplas entidades, incluindo o não manifesto – o espiritual, o ancestral e o futuro. O conhecimento relacional para se dar bem – de forma respeitosa e responsável com humanos e não humanos – é cultivado numa comunidade totalmente aninhada. O comportamento em tempo real constitui uma cognição holística, um saber-fazer em vez de um sabe-lo-quê, uma representação corporificada e contextualmente situada do conhecimento prático desenvolvido através do movimento, do relacionamento, do toque.

A herança da humanidade deve estar profundamente aninhada. A cultura dominante desvinculou-se das heranças adaptativas da humanidade, prejudicando as suas capacidades e potencial evoluídos num ciclo de feedback de maior desconexão e destruição. Ilustrações de aninhamento serão fornecidas a partir de etnografias e análises de forrageadores nômades e outros grupos. Exemplos de efeitos neurobiológicos e psicológicos serão brevemente mencionados quando apropriado.”

A palestra pode ser seguida presencialmente ou bem on-line por Zoom para o que é necessário o registo aqui   
     

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