JORNADAS A MORTE NAS FISTERRAS EUROPEIAS
Tanto na Grã-Bretanha como na Galiza, a religiosidade e as crenças ancestrais relacionadas com a morte ocupam um grande espaço no quotidiano, o que não é incompatível com o facto de as duas nações serem também conhecidas como locais onde a confissão católica se enraizou. Não é este o único fator de coincidência a que frequentemente se associam estas duas fisterras, comparando as suas sociedades e, em particular, o seu património cultural.
A relação com a morte pode fornecer pistas relevantes para compreender a especificidade religiosa destes dois países onde persistem crenças e tradições que contribuem para as respetivas particularidades, enquanto mudanças sociais e culturais – muito aceleradas no século XX e neste primeiro quartel do século XXI - vão produzir novas formas de relação com a morte e uma transformação dos rituais.
A partir de diferentes abordagens, capazes de suscitar olhares comparativos, este terceiro encontro Grã-Bretanha/Galiza pretende mostrar a coexistência entre crenças ancestrais e religião, por um lado, e a adaptação moderna aos novos rituais que, de facto, devem considerar o abandono de prática religiosa tradicional, por outro; e considerar também o peso que a morte e a religiosidade continuam a ter nas nossas sociedades do século XXI. A visão da morte nas diversas atividades artísticas contemporâneas e o tratamento dos “mortos incômodos”, assim como as grandes tragédias do nosso tempo e a transformação na concepção do cemitério, ocupam um lugar especial no programa.
A conferência insere-se num diálogo entre estas duas fisterras europeias, marcadas por muitas semelhanças geográficas e culturais, iniciada em Santiago de Compostela em 2017 e realizada, com sedes alternadas, pela Université Rennes 2, da banda bretã, e pela galega Conselho de Cultura, do outro lado Concebido inicialmente para reunir pesquisadores dos dois países, é aberto a todos os tipos de público interessado.
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