quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Palavras, Guerreiros e Comercio - Livro

Bronze Age Rock Art in Iberia and Scandinavia

Ling, J., Díaz-Guardamino, Koch, J.T., Horn, Ch., Stos-Gale, Z.A. & Grahn, H. (2024): Bronze Age Rock Art in Iberia and Scandinavia. Words, Warriors, and Long-distance Metal Trade. Oxbow Books. Oxford.  ISBN: 9798888571040
     
Sinopse   
Uma pesquisa recente descobriu novas evidências de interações de longa distância entre a Escandinávia e a Península Ibérica durante o final da Idade do Bronze. Avanços em várias linhas de investigação, como o registo 3D de arte rupestre, a iconografia, o fornecimento de metais e âmbar, a linguística e, até certo ponto, também as indicações mais indiretas dos restos humanos, refletidas pelos resultados do estrôncio e ADN Antigo, tornaram isso possível. 


O principal objetivo deste livro é cruzar a iconografia guerreira do Bronze Final ibérico com a iconografia guerreira escandinava. No entanto, também consideram-se as ligações baseadas em evidências arqueometalúrgicas, linguística e outras linhas de investigação, como o âmbar do Báltico e os artefactos metálicos. Os resultados foram produzidos no âmbito do projeto RAW, um projeto internacional financiado pelo Conselho Sueco de Pesquisa. 


O projeto RAW foi motivado pela descoberta de evidências isotópicas e químicas de artefatos nórdicos da Idade do Bronze feitos de cobre originário da Península Ibérica. Estas descobertas levaram à reabertura da pesquisa sob dois fenómenos há muito conhecidos, mas mal explicados: 1) os numerosos motivos partilhados e estreitos paralelos formais entre a arte rupestre da Escandinávia e das estelas de guerreiri ibéricas, e 2) um grande corpo de palavras herdadas partilhadas por as línguas celtas e germânicas, mas não os outros ramos indo-europeus. 


Uma explicação integrada para os três fenómenos (metal ibérico na Escandinávia, paralelos nas esculturas rupestres da Idade do Bronze e vocabulário celto-germânico) poderia agora ser formulada como uma hipótese testável: um processo no que na Idade do Bronze que materiais e ideias foram trocados a longas distâncias entre a Escandinávia e o Ocidente Atlântico, incluindo a Península Ibérica.

INDEX

1. Introduction and outline

2. Background

3. Aspects of social organization, long distance 
exchange and warriorhood

4. Shared copper sources between the communities 
in Atlantic Europe

5. Iberian and Scandinavian Late Bronze Age rock art: 
Comparing landscape contexts

6. Comparing Scandinavian and Iberian warrior iconography

7. Linguistic aspects on the warrior iconography in Iberia 
and Scandinavia

8. Bronze Age contacts between Scandinavia, Iberia 
and the Atlantic communities

References


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segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

Mobilidade, Escravatura e Sacrifício no Neolítico


Recentemente foi publicado um artigo na revista Plos One no que se fazia revisão de um velho achado do neolítico escandinavo, o Homem de Vittrup. Os restos deste homem pré-histórico foram topadas em 1915 como resultado dos lavores de extração de turfa num pântano do Noroeste da Dinamarca. Junto aos fragmentos do crânio e alguns ossos do corpo apareceram também resto de bovídeos, um vaso cerâmico e uma clava de madeira. 



O analise do restos revela que o indivíduo era um varão de entre 30 e 40 que morreu pelo efeito de 8 golpes dados com um objeto contundente, muito possivelmente a clava topada próxima a ele, o qual junto com os restos animais permitem suster a hipótese de que sua morte teria sido resultado de um ritual de sacrifício, comparável ao dos conhecidos homens do pântano da pre- e proto-historia escandinava; em vez de causado por um ato de violência ocasional. Assim mesmo a datação radio carbónica, calibrada tendo em conta o efeito reservorio marinho próprio de populações com dieta íctica, situa ao homem de Vittrup entre o 3.900 e o 2.800  A.C, período adscrito a cultura neolítica do Vaso de Funil. 


O aspeto de mais interesse de este estudo recente está no re-estudo dos restos de este homem pré-histórico mediante as técnicas de análise isotópicas e paleogenómicas. Estas permitiram situar o lugar de origem do indivíduo muito longe de onde apareceu, numa região que poderia situar-se ou bem no norte da Noruega, ou sul da Suécia, zonas habitadas na altura por populações de caçadores-coletores alheias as populações de colonizadores agrícolas com origens genéticos na Anatólia, como a cultura do Vaso de Funil. O perfil genético concorda com isto mostrando a ausência de conexões genéticas com as populações do Vaso de Funil e sim com as populações mesolíticas escandinavas. 

Embora as análises isotópicas amostram um câmbio de localização que teria decorrido depois na infância ou pré-adolescência, entre os 9 ou 12 anos, do individuo de Vittrup, e uma mudança posterior a uma região menos fria, possivelmente a própria Dinamarca.  Assim mesmo se percebem divergências na dieta com respeito a esta etapa caçadora-recoletora, amostrando que a idade na que se produziu a morte a dieta do Homem de Vittrup era a mesma que a das populações neolíticas do Vaso de Funil. 



Para explicar os câmbios de habitat e forma de vida do indivíduo de Vittrup se prateiam dois cenários. No primeiro o Homem de Vittrup teria chegado a Dinamarca, tal vez, por uma assimilação cultural de populações caçadoras ao novo tipo de economia agrícola, e zonas mais nortenhas de Escandinávia. O qual concordaria com o cenário cultural do sul da Suecia nessa epoca.

"Na época do Homem de Vittrup, pessoas com ascendência da Anatólia habitavam toda a Dinamarca, bem como (pelo menos) as partes sul e sudoeste da Suécia ( Fig. 2 , pontos cinzentos). Nos séculos anteriores – durante o Neolítico Inferior local – esta população também esteve permanentemente presente mais a norte, na ilha de Gotland e nas zonas baixas da Península Escandinava, muito além de Estocolmo e do Fiorde de Oslo. Isso é evidenciado por achados de cultura material, como monumentos funerários megalíticos, assentamentos e depósitos de áreas húmidas com cerâmica em forma de funil ...

Assim, na época de Vittrup Man, o sul da Escandinávia era habitado por pelo menos três populações com diferentes economias e ancestrais genéticos: ao sul, grupos FBC com ascendência de agricultores europeus; ao norte, caçadores-coletores com ascendência mesolítica puramente local; e no meio, grupos de PWC caracterizados por ascendência mista de caçadores-coletores escandinavos e agricultores europeus. A composição genética desta última população revela que estiveram envolvidos contactos físicos estreitos entre grupos de caçadores-coletores e agricultores."

O próprio deslocamento desde a sua região natal por parte do Homem de Vittrup implicaria uma distância considerável, 75 kilómetros no caso da localização sueca, uns 100 se a local estivera na Noruega, e por tanto implicaria uma viagem marítima a grande escala, e contactos marítimos entre o neolítico danes e o resto das regiões nórdicas. Nestas relações poderiam tomar parte fatores de mobilidade como pudera ser o intercâmbio de matérias-primas líticas e outros produtos


Mas outro cenário possível e também compatível com o anterior seria atribuir deslocamento do homem de Vittrup durante a sua infância a circunstancias menos pacificas e amáveis. Em esta interpretação em troca de ser membro de uma comunidade mercantil de intermediários na troca de sílex assentada no Norte da Dinamarca, o home de Vittrup teria chegado a território danes ele mesmo como mercadoria, mão de obra escrava, já fora capturado, por populações do vaso de funil, entre grupos caçadores ou resultado de razias guerreiras entre as próprias populações caçadoras que detrairiam parte dos cativos para o intercâmbio com os seus sócios comerciais neolíticos. 


Esta hipótese é especialmente interessante tendo em conta que a idade de 9-12 anos em que o Homem de Vittrup se deslocou cara o sul. Os exemplos etnográficos de populações pouco complexas de agricultores a pequena escala ou caçadores que praticam a escravidão mostram um padrão coerente, com uma clara divisão de sexo e idade nos capturados: mulheres em idade fértil e meninos de ambos sexos que possam servir de mão de obra, ou futuras esposas e/ou concubinas. Assim o sujeito de Vittrup teria chegado como resultado de um ato violênto. 



O facto de esta morte vincular-se a um sacrifício pudera ser indicativo da "marginalidade" social dentro do grupo neolítico no que hipoteticamente seria integrado com um status servil, na linha do que Orlando Patterson sina-la ao definir a escravidão como uma forma "morte social" e do escravo como "socialmente morto" e, por tanto, permanentemente alheio a comunidade humana na que se ve inscrito forçadamente. 



A condição do escravo nas sociedades pouco complexas como as americanas estudadas por Santos Granero (aqui) varia profundamente desde sociedades nas que a integração do escravo é progressiva, e mesmo é favorecida através da adoção ou matrimonio, ou tem uma dimensão geracional, terminando os descendentes dos escravos sendo reconhecidos como outro mais da comunidade, a outros casos nos que se marca de jeito indelével a "alteridade" radical entre o escravo e o livre, mesmo com a interdição de qualquer contacto matrimonial ou sexual entre eles.


Nestes casos de "segregação" permanente nos de facto o escravo permanece invariavelmente, por tanto, no seu estado de "morte social", isto o faz especialmente adequado para o sacrifício como sucede no caso do Homem de Vittrup. 


Ambas as duas explicações podem ser argumentadas com os dados disponíveis: ou bem o sujeito sacrificado em Vittrup seria parte de um comunidade mercantil do Norte de Jutlândia e capturado como prisioneiro e morto recentemente, ou bem teria chegado como mão de obra escrava no comércio a longa distância nórdica, e já na idade adulta, cumprido o seu ciclo produtivo pleno, escolhido sem mais como vítima para o sacrifício que teve lugar no pântano de Vittrup.
  

Artigo: 

Fischer A, Sjögren K-G, Jensen TZT, Jørkov ML, Lysdahl P, Vimala T, et al. (2024): "Vittrup Man–The life-history of a genetic foreigner in Neolithic Denmark" PLoS ONE Nº 19/2: e0297032. DOI: 10.1371/journal.pone.0297032

Bibliografia complementar:

Patterson, O. (1982): Slavery and social death: a comparative study. Harvard University Press. Cambridge, Massachusets.

Santos-Granero, F. (2009): Vital Enemies: Slavery, Predation, and the Amerindian Political Economy of Life. University of Texas Press.  Austin.


Cativos

CAPTIVES

Cameron, C. M. (2016): Captives: How Stolen People Changed the World. Borderlands and Transcultural Studies. University of Nebraska Press. Nebrasca.  ISBN: 978-1-4962-2220-6

Sinopse  
A autora fornece um estudo comparativo revelador do profundo impacto que os cativos de guerra e as razzias tiveram nas sociedades de pequena escala ao longo do tempo. Cameron fornece um novo ponto de orientação para arqueólogos, antropólogos, historiadores e outros estudiosos, iluminando o impacto que o cativeiro e a escravização tiveram na mudança cultural, com implicações importantes para a compreensão do passado. 


Concentrando-se principalmente nas sociedades indígenas das Américas, ao mesmo tempo que alarga o alcance comparativo para incluir a Europa, a África e as ilhas do Sudeste Asiático, Cameron baseia-se em dados etnográficos, etno-históricos, históricos e arqueológicos para examinar os papéis que os cativos desempenharam nas sociedades de pequena escala. Nessas sociedades, os cativos representavam uma categoria social quase universal constituída predominantemente por mulheres e crianças, constituindo 10 a 50 por cento da população em algumas sociedades. 



Cameron demonstra como os cativos trouxeram consigo novas tecnologias, estilos de desenho, práticas alimentares, religiosas e muito mais, que mudaram a cultura dos captores. Este livro fornece uma estrutura que permitirá aos arqueólogos compreender a escala e a natureza da transmissão cultural por cativos e também interessará a antropólogos, historiadores e outros estudiosos que estudam a captura de cativos e a escravidão. 


A exploração de Cameron da amnésia peculiar que rodeia as memórias de captura e escravização em todo o mundo também estabelece uma ligação com uma relevância contemporânea inconfundível.

INDEX

1. The Captive in Space, Time, and Mind

2. Captive Taking in Global Perspective

3. The Captive as Social Person

4. Captives and the Creation of Power

5. Captives, Social Boundaries, and Ethnogenesis

6. Captives and Cultural Transmission

7. Captives in Prehistory

Notes

References


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domingo, 25 de fevereiro de 2024

STUDIA HERCYNIA Nº 27/1 - 2023

STUDIA HERCYNIA  Nº 27/1 - 2023 

   

INDEX

Introduction  pp. 7-9
Gunvor Lindström

The Sacred Landscape of Central Asia in the Achaemenid 
Period pp. 13-53
Xin Wu
The votive plaques in the Oxus and Mir Zakah treasures: 
what they tell about the cults pp. 54-64
Frantz Grenet
Alexander the Undertaker: Persians, Bactrians, and ataphoi 
pp. 65-87
Marc Mendoza
A Kingship Ritual in Baktria. Antiochos III and the 
Reorganization of Seleukid Central Asia pp. 88-97
Rolf Strootman
The sanctuary of the Temple à redans in Ai Khanum 
(Hellenistic Bactria): cults and ritual practices p. 98-123
Lauriane Martinez-Sève
Western, Eastern, both, or neither? Translocalism as alternative approach to syncretism and hybridity in Hellenistic Bactria 
pp. 124-150
Milinda Hoo
Hoards from Hellenistic to Kushan Central Asia: 
Towards Some Interpretations pp. 151-177
Lauren Morris
Development of Greek Religious Iconography in Early Kushan 
Coinage: Adaptation, Integration and Transformation pp. 178-188
Razieh Taasob

Bardaisan’s Account of Indian Religious Practices and the 
Identification of the Described Phenomena on the Basis of 
Textual and Archaeological Sources pp. 189-200
Olga Kubica
Report
  
Kurgans of the Eastern Kugitang piedmonts. Preliminary report on 
an archaeological surface survey in the 2022 season  pp. 203-249
Jakub Havlík.  Vendula Dědková, Kahramon Toshaliyev



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sábado, 24 de fevereiro de 2024

Imperios e Deuses - Livro

EMPIRES AND GODS

Rüpke, J., Biran, M. & Pines, Y. (2024): Empires and Gods. The Role of Religions in Imperial History. Imperial Histories: Eurasian Empires Compared 1. Walter De Gruyter. Berlim  ISBN: 978-3-11-134162-0

Sinopse  
A interação com as religiões era uma das tarefas mais exigentes para os líderes imperiais. As religiões poderiam ser a cola que mantinha um império unido, reforçando a legitimidade dos governantes individuais e da empresa imperial como um todo. No entanto, também poderiam desafiar esta legitimidade e pôr em risco a coesão de um império. 


Como os impérios, por definição, governavam populações heterogéneas, tiveram de interagir com uma variedade de cultos, credos e estabelecimentos religiosos. Essas interações passaram da acomodação e tolerância para a cooptação, controle ou supressão; desde o alinhamento com uma única religião até à celebração da diversidade religiosa ou mesmo à invenção de uma nova religião cívica transcendente; e do patrocínio pródigo à indiferença.


Os colaboradores do volume investigam essas dinâmicas nos principais impérios da Eurásia - desde aqueles que funcionavam num cenário religioso relativamente tolerante (a Índia de Ashoka, China Antiga, impérios helenísticos e romano) até aqueles que se aliaram a um único credo proselitista ou não (Irão Sassânida, os impérios cristão e islâmico), àqueles que tentaram acomodar diferentes credos através de políticas de "pagar para rezar" (Tang China, os mongóis), explorando as vantagens e desvantagens de cada uma destas escolhas.

INDEX


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IJAS Nº 13/1 - 2023

Iranian Journal of Archaeological Studies 
Nº 13/1 - 2023

INDEX

An Analysis of a Šamšir (Sword) in the Malek Library Museum 
in Tehran, Iran pp.1-10
Manouchehr Moshtagh khorasani


A Preliminary Report on the Identification of Mason’s Marks at the Lesser Known Architectural Monuments (13th– 14thCentury CE) 
of Panchmahal District, Gujarat, India pp. 11-20
Avradeep Munshi; Vasant Shinde

An Analysis of Spatial Configuration at Qal’eh Dokhtar, 
Kerman Using the Space Syntax Technique pp. 21-36
Sare Tahmasbizade; Maryam Mohammadi; 
Saeed Amirhajloo

Distribution and Diversity of Islamic Ceramic Types at 
Archaeological Sites of Khusf County pp. 37-50
Hossein Sedighian

Evaluating the Motifs and Pigments of the Charta Pictographs 
in Kuhdasht, Lorestan pp. 51-64
Sara Sadeghi; Ardeshir Javanmardzadeh; 
Manijeh Hadian Dehkordi; Reza Rezaloo

Analysis of the Architectural Style of Historical and Traditional Housing in the Sistan Region with a Climatic Approach and Proposing Criteria and Models for Contemporary Architecture pp. 65-76
Mohamad Ali Ghasri; Farzaneh Dadgar

Extremes and Cultures: Investigating the Decline of the 
Chalcolithic Age in the Tehran Plain with the Environmental Archaeology Approach pp. 77-90
Babak Shaikh Baikloo Islam; Ahmad Chaychi Amirkhiz; 
Farshid Mosadeghi Amini

Archaeometric Investigation on the Grey Ware from Baluchestan, 
Iran: Intraregional Interactions in the Indo-Iranian Borderlands 
During the Late 4th‒Early 3rd Millennium BCE  pp. 91-106
Mohamadreza Sheikhi; Yasin Sedghi; Nasir Eskandari; 
Mohammadamin Emami; Mohammad Heydari

A Comparative Study of the Sassanian Stamp Seal Designs with 
Drawings in Abd al-Rahman Sufi’s Sovar al-Kavakeb  pp. 107-116 
Sattar Khaledian; Hasan ali Arab

Book Review 
  
The Elamite World  pp. 117-123
Alireza Soleymanzadeh; Parviz Hossein Talaee


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sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

O Baixo Danúbio na Pré-história - Livro

Au-delà de la nature 

Carozza, L, Micu, C., Ailincai, S., Bălăşescu, et al. (2022): Au-delà de la nature: le bas Danube et son delta durant les huit derniers millénaires. Editura MEGA. Cluj-Napoca. 
   
Sinopse  
O Taraschina Tell é um local único no seu género. Situado no coração do Delta do Danúbio, encarna um problema de investigação relativo às paisagens pré-históricas submersas e informa-nos sobre a forma como as comunidades neolíticas foram confrontadas com profundas mudanças ambientais. 
 


Este trabalho ultrapassa o simples enquadramento da monografia de uma escavação arqueológica. Demonstra uma abordagem integrada e regressiva, que aspira abordar a complexa questão das relações existentes entre as comunidades humanas e o seu ambiente, para além dos apenas determinismos ambientais. Ao desenvolver métodos específicos para zonas húmidas e liderar um coletivo interdisciplinar, proporcionamos ao leitor o fruto de um trabalho coletivo, ancorado no campo. 




Ao final da redação deste volume monográfico centrado nas paisagens submersas em torno do tell de Taraschina, quisemos demonstrar o nosso apego ao caminho traçado por Dragomir “Mirel” Popovici e Bernard Randoin. Os membros da equipa foram, direta ou indiretamente, inspirados ou influenciados pelo trabalho pioneiro da equipa franco-romena que escava o famoso conto de Hârşova desde o início da década de 1990. 


Este local constituiu um verdadeiro cadinho de reflexões sobre o Calcolítico do baixo Danúbio e deu início aos primeiros trabalhos interdisciplinares no contexto da investigação sobre o Neolítico da Roménia. Abrindo assim a porta à cooperação e à formação de estudantes romenos no estrangeiro, a escola de Hârşova influenciou toda uma geração de arqueólogos, hoje forças motrizes da investigação sobre o Neolítico e o Calcolítico na Roménia.

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sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

LUCENTUM Nº 43 - 2024

LUCENTUM Nº 43 - 2024
    

INDEX

Estudio de las huellas de uso y aplicación de análisis químicos no destructivos sobre un macroútil procedente del yacimiento de Hort 
de Cortés-Volcán del Faro (Cullera, València) pp. 9-27
Margarita Vadillo Conesa, Mirco Ramacciotti, Gianni Gallello, Paula Jardón Giner, Begoña Soler Mayor, Agustín Pastor, J. Emili Aura Tortosa

Las pesas de balanza de la Edad del Hierro conservadas en el Museo Arqueológico Nacional (Madrid, España) en el contexto metrológico 
de la Europa occidental  pp. 29-52
Susana de Luis Mariño, Thibaud Poigt

El tablero cerámico de Castro Curbín (Arzúa, A Coruña). Reflexiones sobre religiosidad y ¿juegos de mesa? en la Edad del Hierro del 
noroeste peninsular pp. 53-71
Samuel Nión-Álvarez

Un thymiaterion cerámico de la necrópolis ibérica de Alarcos III (Poblete, Ciudad Real): el perfume y su uso ritual en el 
ámbito oretano pp. 73-88
Miguel Ángel Rodríguez-Rabadán Díaz-Cano, 
Pedro Miguel-Naranjo

Paisaje ibérico en un área de transición: el valle de Caudete 
(Albacete) pp. 89-105
Jesús Moratalla Jávega, Pedro Ramón Baraza, 
Gabriel Segura Herrero

Ocupaciones efímeras en cueva desde la protohistoria hasta la actualidad: cova del Gegant (Sitges, Barcelona) pp. 107-133
Joan Daura Luján, Eduard Ble Gimeno, Víctor Revilla Calvo, 
Judith Peix Visiedo, María Clua Mercadal, Marta Blasco Martín, Ignasi Queralt Mitjans, Silvia Valenzuela Lamas, Magi Miret Mestre, Ramon Coll Monteagudo, Ethel Allué Martí, Montserrat Sanz Borràs

Molde para la elaboración de mangos decorados de cazos de sigillata hispánica procedente del alfar romano de La Cereceda (Arenzana de Arriba, La Rioja) pp. 135-150
Jesús Carlos Sáenz Preciado, María Pilar Sáenz Preciado, 
María Asunción Antoñanzas Subero

Marmora de la Casa de la Cañada Honda de Itálica 
(Santiponce, Sevilla) pp. 151-168
María Luisa Loza Azuaga, Daniel Becerra Fernández, 
Esther Ontiveros Ortega, José Beltrán Fortes, 
Maite Velázquez Guerrero, Rafael Hidalgo Prieto

Escena de thíasos marino en el Prepirineo aragonés: el hallazgo del 
opus tessellatum blanquinegro del Forau de la Tuta (Artieda, Zaragoza) 
pp. 169-191
Lara María Íñiguez Berrozpe, Paula Uribe Agudo, José Ángel Asensio Esteban, Irene Mañas Romero, Jorge Angás Pajas, Enrique Ariño Gil, Milagros Navarro Caballero, María Ángeles Magallón Botaya

Los ‘telares de rejilla o lizo de marco’ en época romana. A propósito 
de un hallazgo en contexto en Augusta Emerita (Mérida, España) 
pp. 193-214
Macarena Bustamante Álvarez, Leyre Morgado-Roncal, José María Murciano Calles, Rafael Sabio González, Carlos D. García-Moreno

Un asa romana de bronce y plata procedente de la villa de Huerta 
del Río (Tarancueña, Soria): contexto arqueológico e interpretación 
pp. 215-227
Emilio Gamo Pazos, Víctor Manuel Fernández Martínez

La llamada Terra Sigillata Hispánica Tardía Meridional (TSHTM) en 
Santa María de Abajo (Carranque, Toledo)  pp. 229-256
Raúl Aranda González, Virginia García-Entero, María Rosa Pina Burón

Legibus suis et suo iure utentes: las magistraturas epicóricas de los municipia antiquissima del Lacio pp. 257-274
Víctor Andrés Torres-González

Estela de Alionus. Una inscripción inédita de Rabanales de 
Aliste (Zamora) pp. 275-281
Santiago Sánchez de la Parra-Pérez, Xabier Eguilleor-Carmona, 
Óscar Rodríguez-Monterrubio, Francisco Javier González de la Fuente

Nuevos datos y reflexiones sobre CILC IV 1159 (Grimaldo, Cáceres): 
¿un miliario palimpsesto? pp. 283-295
Enrique Paredes Martín

Sobre algunas inscripciones halladas por Juan de Flores en la 
Alcazaba de Granada a la luz de los manuscritos de la Biblioteca Nacional 
de España pp. 297-313
María del Rosario Hernando Sobrino
  

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quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

Arqueologia Cognitiva

Handbook of Cognitive Archaeology

Henley, T.B, Rossano, M.J., & Kardas, E.P. (2020): Handbook of Cognitive Archaeology. Psychology in Prehistory. Routledge. Londres.  ISBN: 9781138594517  DOI: 10.4324/9780429488818
  
   
Sinopse  
Os restos que os arqueólogos descobrem revelam mentes antigas em ação tanto quanto mãos antigas, e durante décadas muitos procuraram uma maneira melhor de compreender essas mentes. Esta compreensão está na vanguarda da arqueologia cognitiva, uma disciplina que acredita que uma maior aplicação da teoria psicológica à arqueologia promoverá a nossa compreensão da evolução da mente humana.

ferramenta de sílex, Griquatown , Província do Cabo Setentrional, Sudáfrica

Reunindo uma ampla gama de especialistas, incluindo arqueólogos, psicólogos, antropólogos, biólogos, psiquiatras, neurocientistas, historiadores e filósofos, num volume abrangente, este livro acessível e esclarecedor é um recurso importante para estudantes e investigadores que exploram como a aplicação da arqueologia cognitiva pode aprofundar significativamente seu conhecimento sobre os humanos primitivos e antigos. 


Este volume seminal abre o campo da arqueologia cognitiva para estudiosos das ciências comportamentais. 
     

INDEX


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As Fortificações Ibéricas - Livro

Les fortifications ibériques 

Moret, P. (1996): Les fortifications ibériques, de la fin de l’âge du bronze à la conquête romaine. Collection de la Casa de Velázquez Vol. 56. Casa de Velázquez. Madrid  ISBN: 9788486839727

Sinopse 
As paisagens do leste e do sul da Península Ibérica ainda conservam centenas de vestígios das muralhas e torres que protegiam as aldeias indígenas da Idade do Ferro. Estas fortificações são os únicos monumentos dos ibéricos que foram preservados em condições suficientes para permitir uma análise aprofundada. 


Herdeiras de uma longa tradição de construção em pedra, marcada pela influência dos modelos gregos e fenícios, permaneceram, até à conquista romana, fiéis ao princípio da união íntima entre o recinto e o habitat: daí a riqueza de ensinamentos que podem proporcionar sobre a organização das comunidades indígenas.



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GLADIUS Nº 43 - 2023

GLADIUS Nº 43 - 2023
   

INDEX

Una espada de periodo La Tène medio del museo de Durrës, 
Albania
pp. 7-17
Ols Lafe, Errikos Maniotis
Miguel Esteban Payno

El fuerte romano republicano de Ses Salines (Mallorca): 
aportaciones a sus características y cronología pp. 33-52
Bartomeu Vallori Márquez, Silvia Alcaide, Jaume Servera, 
Alejandro Valenzuela

Regalando in between. Códigos mixtos e instrumentalización de 
las armas como dones diplomáticos durante la expansión romana 
en Hispania pp. 19-32
Miguel Esteban Payno

¿Un Contingente de la Legio IIII Macedonica en Varea 
(Logroño, La Rioja)? pp. 53-67
Adrián Calonge Miranda

Una carta del emperador Honorio al ejército de Hispania: 
apuntes histórico-filológicos sobre la Epistula Honorii 
pp. 69-84
Carla Setién

Catálogo de documentos relativos al armiger del rey 
Fernando I de León (1038-1065) pp. 85-96
Manuel Carriedo Tejedo

El desarrollo de cascos en los reinos cristianos de la península ibérica entre 1150 y 1230 d.C.: evidencias de un único estilo regional 
pp. 97-123
Pavel Konstantinovich Alekseychik, Robbie Louis Frederick
 McSweeney, Darío Español-Solana

La armería de don Antonio Alonso Pimentel, VI conde de Benavente, 
en el Hospital de Nuestra Señora de la Piedad pp. 125-138
Juan Francisco Torres Cubero

Notas sobre el uso y construcción de armas de asedio en el reino de Valencia durante la Guerra de los Dos Pedros (1356-1366) pp. 139-151
Pablo Sanahuja Ferrer

Equipamiento militar hispano-indígena durante las campañas 
en la conquista de México Tenochtitlan pp. 153-163
Marco Antonio Cervera Obregón


Reseñas

Fernando Echeverría, Adolfo J. Domínguez Monedero, César Fornis, José Pascual, Laura Sancho Rocher (eds.): Jerjes contra Grecia. La Segunda Guerra Médica, 2500 años después. Universitat de Barcelona, Barcelona, 2022. pp. 165-167
Guiomar Pulido-González

Scarci, Azzurra, Graells i Fabregat, Raimon, Lanteri, Rosa y Longo, Fausto (eds.): Armi a Kasmenai. Offerte votive dall´area sacra urbana. Catálogo de la exposición (Palazzolo Acreide, dal 13 novembre 2021 
al 28 febbraio 2022). Paestum. 2021. pp. 169-170
María del Mar Gabaldón Martínez

 Aitor Díaz Paredes: Almansa, 1707 y el triunfo borbónico en 
España. Madrid, Desperta Ferro Eds., 2022. pp. 171-172
José Luis Moralejo Álvarez

Janca Istenič, Anja Ragolič: Roman military decoration torques: 
literary, epigraphic, representational and archaeological evidence/ Rimsko vojaško odlikovanje torkves: literarni, epigrafski in archeloški viri ter upodobitve. Catalogi et monographiae... pp. 173-176
Javier Moralejo Ordax


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O Asedio de La Loma - Livro

Asedio de La Loma

Peralta Labrador, E.J., Torres Martinéz, J.F, & Domíngue-Solera, S.D. (2021): Asedio de La Loma (Santibañez de La Peña) Historia de las Campañas de 2003 a 2018. Clan Editorial. Madrid. ISBN: 78-84-125369-0-4  
   
Sinopse  
Recentemente Eduardo Peralta Labrador tem disponibilizado no seu academia.edu para a sua descarrega o livro Asedio de La Loma (Santibañez de La Peña) Historia de las Campañas de 2003 a 2018. 


A Zona Arqueológica de La Loma está composta por um conjunto de depósitos que formam um espetacular e muito bem preservado dispositivo de cerco romano  em torno de um assentamento fortificado (Castro). 


Este castro estava dentro do território dos cântabros, que na segunda metade da Idade do Ferro (século V-I) A.C. aprox.) estendido por uma ampla área que incluía o norte da atual Província de Palência. No final do século I A.C, e dentro das Guerras Cântabras e Astures, o castro foi cercado e atacado pelas legiões romanas. 



Os trabalhos arqueológico desenvolvido pela equipe do Dr. Eduardo Peralta entre 2003 e 2007 serviu para exumar ambas as partes das estruturas defensivas do forte, como também um acampamento principal e dois campos secundários das legiões romanas. 



Nessas campanhas recuperou-se uma quantidade significativa de material, tanto dos habitantes do castro como militar romano. As descobertas geraram uma coleção de peças de guerra deste momento histórico do mais importante de toda a Europa.
   

INDEX

1. Presentación p. 5

2. El Contexto  p. 7

- 2.1. Los cántabros p.9

- 2.2. Las Guerras Cántabras p. 37

3. El Complejo Arqueológico p. 51

- 3.1. Historia de las intervenciones p. 53

- 3.2. La “Arqueología de la Guerra” en La Loma p. 79

- 3.3. Áreas estudiadas p. 87

4. Los materiales p. 107

- Material militar romano p. 107

- Material militar indígena p. 124

- Numismática p. 131

- La cerámica p. 134

- La fauna p. 136

- Restos humanos p. 140

6. Conclusiones  p. 165

Bibliografia  p. 169


Disponível em: Academia.edu

terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

Hierarquia na Floresta - Livro


Hierarchy in the Forest

Boehm, C. (2001): Hierarchy in the Forest: The Evolution of Egalitarian Behavior. Harvard University Press. Cambridge, Massachusetts  ISBN: 0-674-39031-8
   
Sinopse 
Os humanos são por natureza hierárquicos ou igualitários? Em Hierarquia na Floresta aborda-se esta questão examinando as origens evolutivas do comportamento social e político humano. 


Christopher Boehm, antropólogo cujo trabalho de campo se concentrou nos arranjos políticos de grupos de primatas humanos e não humanos, postula que o igualitarismo é, na verdade, uma hierarquia em que os febles combinam forças para dominar os fortes.


A flexibilidade política da nossa espécie é formidável: podemos ser bastante igualitários, podemos ser bastante despóticos. O livro traça as raízes dessas características contraditórias nos chimpanzés, bonobos, gorilas e nas primeiras sociedades humanas. Boehm analisa as estruturas de grupo dos caçadores-coletores, depois a segmentação tribal e, finalmente, os governos atuais para ver como essas tendências conflituantes se refletem.


A Hierarquia na Floresta reivindica um novo território para a antropologia biológica e a biologia evolutiva, estendendo o domínio destas ciências a um aspeto crucial do comportamento político e social humano. Este livro é um aparte importante no estudo da base evolutiva do altruísmo.

INDEX

1. The Question of Egalitarian Society p. 14

2. Hierarchy and Equality p. 29

3. Putting Down Aggressors. p. 56

4. Equality and Its Causes p. 77

5. A Wider View of Egalitarianism. p. 103

6. The Hominoid Political Spectrum p.138

7. Ancestral Politics  p.162

8. The Evolution of Egalitarian Society p. 184

9. Paleolithic Politics and Natural Selection 
p. 210

10. Ambivalence and Compromise in Human Nature 
p. 238

References p. 272


Disponivel em: Hierarchy in the Forest