quinta-feira, 30 de março de 2023

Celtiberos e Lusitanos frente a Roma - Livro

Celtiberos y Lusitanos
 frente a Roma 

    

García Riaza, E. (2003): Celtíberos y lusitanos frente a Roma: diplomacia y derecho de guerra. Anejos de Veleia serie Minor Nº 18. Universidade do Pais Vasco. ISBN: 978-84-8373-515-2  

    

Sinopse: 
Os anos centrais do século II representam para um grande conglomerado de povos da Península Ibérica -Celtiberos, Vacceos, Vetones, Lusitanos- a última fase da sua real independência de Roma. Se os acordos de Gracano de 179 constituíam as bases de uma relação pacífica baseada no respeito à autonomia política indígena, a chegada de Nobilior à Hispânia Citerior em 153 deve ser interpretada como o triunfo da tendência senatorial em prol de um maior controle do interior da península., a ser alcançado por meio de dissuasão ou ação militar direta.

Esta viragem na política externa evidenciar-se-á na recusa em ratificar foedera -acordos vinculativos para o Estado romano- com os núcleos celtiberos e na sua curta duração na esfera lusitana. Do ponto de vista das sociedades indígenas, a calibração das atitudes diplomático militares encontra o problema acrescido da excecionalidade das circunstâncias vividas no momento da sua entrada na história. Perante a imagem tópica oferecida por grande parte das fontes, a hipótese de trabalho confere às sociedades indo-europeias protagonistas do conflito um notável nível institucional e um bom conhecimento das magistraturas e assembleias romanas e do próprio ius belli. 



A este respeito, há que ter em conta o contacto alargado com os governadores das províncias espanholas, as diversas experiências extra peninsulares através de mercenários ou o envio de delegações para a própria Roma. O envolvimento indígena num conflito generalizado, numa guerra de sobrevivência, indubitavelmente desvirtuou os mecanismos de organização local, levando ao estabelecimento de alianças e à designação extraordinária de quartéis-generais de guerra.




 Ao mesmo tempo, o dinamismo bélico – e uma subtil estratégia romana de desestabilização interna – se traduziriam em uma progressiva polarização social marcada pelo crescimento político das assembleias de guerreiros contra os setores aristocráticos ou oligárquicos, defensores do pactismo como única forma de salvaguarda de sua preeminência económica e institucional.


INDEX


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