sexta-feira, 31 de março de 2023

Comunidades em Festa na Antiguedade - Livro

 COMUNIDADES EN FIESTA 

    

Montero, S. & García-Cardiel, J. (2023): Las comunidades en fiesta. Rituales festivos en la península ibérica durante la Antigüedad. Guillermo Escolar editor. Madrid. ISBN: 978-84-18981-60-9


Sinopse: 
Ao longo da Antiguidade, a consideração cíclica do tempo (na sucessão do dia e da noite, das fases lunares, das estações, etc.) em que a intervenção divina foi notada. No caso da Península Ibérica, estes rituais festivos nem sempre receberam a atenção que merecem. 


Este livro pretende respospar a esta relativa ausência através de uma análise aprofundada, exaustiva, holística e multidisciplinar do ritual festivo entre os tempos pré-romanos e a Hispânia romana.


A partir de múltiplos pontos de vista, os autores abordam o ritual festivo na Hispânia antiga, uma poliédrica realidade histórica, cultural e sociológica que este volume estabelece como campo fecundo de investigação. 

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+INFO sobre o livro: Comunidades en Fiesta

quinta-feira, 30 de março de 2023

Um enterramento coletivo Calcolítico - Palestra


Caracterización antropológica de una comunidad calcolítica mediterránea

Quando: 31 Março
Onde: on-line


Amanhã dia 31 de Março pelas 17:00 horas decorrera a próxima conferência do ciclo de palestras Encounters with our past com o título: “Caracterización antropológica de una comunidad calcolítica mediterránea: el enterramiento colectivo de Camino del Molino (Murcia)”, e será proferido por Sonia Díaz Navarro da Universitdade de Valladolide.



Acesar a reunião via Zoom


Pré-história e Evolução do Parentesco


Murdock and Goody revisited
 (Pre)History and Evolution of Family Systems

Cross-Cultural Research
 Nº 51/ 2-3 - 2017   

   

INDEX

Editors’ Introduction: Murdock and Goody Revisited pp. 79–91
Patrick Heady, Mikołaj Szołtysek

Articles
   
Insights From Evolutionary Anthropology on the (Pre)history 
of the Nuclear Family  pp. 92–116
Laura Fortunato

Omaha Terminologies: Global Distribution Patterns and 
How They May Have Come About pp. 117–141
Günther Schlee

Blood is Thicker Than Water: Geography and the Dispersal of 
Family Characteristics Across the Globe pp. 142–171
Sarah Carmichael, Auke Rijpma

Kinship and Social Archaeology pp. 172–195
Stella Souvatzi

Testing Ethnological Theories on Prehistoric Kinship pp. 199–227
Bradley E. Ensor

The Patriarchy Index: A New Measure of Gender and Generational Inequalities in the Past pp. 228–262
Mikołaj Szołtysek, Sebastian Klüsener, Radosław Poniat, 
Siegfried Gruber

Asymmetric Caregiving by Grandparents, Aunts, and Uncles and the Theories of Kin Selection and Paternity Certainty: How Does Evolution Explain Human Behavior Toward Close Relatives? pp. 263–284
Alexander Pashos

A “Cognition and Practice” Approach to an Aspect of European 
Kinship pp. 285–310
Patrick Heady



+INFO no site da revista: Cross-Cultural Research 51/2 & 3

Raças e Nações, Ciência e Poder

NATIONAL RACES

McMahon, R. (2019): National Races: Transnational Power Struggles in the Sciences and Politics of Human Diversity, 1840-1945. Critical Studies in the History of Anthropology. University of Nebraska Press. Lincoln. ISBN: 9781496205827


Sinopse: 
National Races explora como a política interagiu com a ciência transnacional no século XIX e início do século XX. Essa interação produziu discursos de identidade nacional poderosos e racializados, cuja influência continua a ressoar na cultura e na política de hoje. Etnólogos, antropólogos e raciólogos compararam tipos físicos modernos com achados de esqueletos antigos para desenterrar o passado pré-histórico profundo e a verdadeira natureza das nações. Esses cientistas entendiam que certos tipos físicos eram o que Richard McMahon chama de “raças nacionais”, ou as essências biológicas eternas das nações.


Os colaboradores deste volume abordam uma tensão central na classificação antropológica da raça. Por um lado, os classificadores eram nacionalistas que explícita ou implicitamente usavam narrativas raciais para promover agendas políticas. Seus relatos da geopolítica pré-histórica trataram as “raças nacionais” como representantes das nações para legitimar as posições geopolíticas atuais. Por outro lado, a comunidade transnacional de estudiosos raciais resistiu às forças centrífugas do nacionalismo. Seu projeto interdisciplinar foi um episódio vital no desenvolvimento das ciências sociais, usando a classificação biológica da raça para explicar a história, a geografia, as relações e a psicologia das nações.


National Races vai ao cerne das tensões entre nacionalismo e transnacionalismo, política e ciência, examinando a ciência transnacional da perspetiva de suas periferias. Os colaboradores do livro complementam o foco tradicional dos historiadores na França, Grã-Bretanha e Alemanha, com uma miríade de estudos de caso e exemplos de identidades raciais e nacionais do século XIX e início do século XX em países como Rússia, Itália, Polônia, Grécia e Iugoslávia. , e entre os antropólogos judeus.


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+INFO sobre o livro em: National Races

Uma História Genética da Desigualdade


INEQUALITY A GENETIC HISTORY


Lalueza-Fox, C. (2022): Inequality: A Genetic History. MIT Press. Cambridge, Massachusetts. ISBN: 9780262547314


Sinopse: 
A desigualdade é uma preocupação global urgente, com especialistas, políticos, acadêmicos e livros best-sellers abordando suas causas e consequências. No livro Carles Lalueza-Fox oferece uma perspetiva totalmente nova sobre o assunto, examinando as marcas genéticas deixadas pela desigualdade nos humanos ao longo da história. Lalueza-Fox descreve estudos genéticos, possibilitados por novas tecnologias de sequenciamento de DNA, que revelam camadas de desigualdade em sociedades passadas, manifestadas em padrões de migração, estruturas sociais e práticas funerárias. 





Por meio de seu DNA os esqueletos antigos têm muito a nos contar, revelando histórias anônimas de desigualdade, preconceito e sofrimento. Lalueza-Fox, líder em paleo-genômica, oferece a profunda história da desigualdade. Ele explora as mudanças ancestrais associadas à migração e descreve o viés de gênero desenterrado nessas migrações — as assimetrias sexuais brutais, por exemplo, entre os exploradores europeus do sexo masculino e as mulheres da América Latina que são reveladas pela análise de DNA. 




Ele considera as estruturas sociais e a evidência de que a alta posição social foi herdada - o mundo antigo não era uma meritocracia. Ele desvenda fatores sociais e genéticos para considerar se a riqueza é uma vantagem na reprodução, mostrando por que é mais provável que descendamos de um rei do que de um camponês. E ele explora os efeitos da antiga desigualdade no pool genético humano. Reunindo uma série de evidências, Lalueza-Fox mostra que entender as desigualdades do passado é a chave para entender as atuais.


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Preface

1 The Age of Inequality

2 Shifts in Ancestry from Past Migrations

3 Archaeology of Inequality

4 How Social Structures Influence Genetics

5 Gender and Genetics

6 In the Name of the Father

7 The Future of Inequality

Acknowledgments



+INFO sobre o livro em: Inequality

Celtiberos e Lusitanos frente a Roma - Livro

Celtiberos y Lusitanos
 frente a Roma 

    

García Riaza, E. (2003): Celtíberos y lusitanos frente a Roma: diplomacia y derecho de guerra. Anejos de Veleia serie Minor Nº 18. Universidade do Pais Vasco. ISBN: 978-84-8373-515-2  

    

Sinopse: 
Os anos centrais do século II representam para um grande conglomerado de povos da Península Ibérica -Celtiberos, Vacceos, Vetones, Lusitanos- a última fase da sua real independência de Roma. Se os acordos de Gracano de 179 constituíam as bases de uma relação pacífica baseada no respeito à autonomia política indígena, a chegada de Nobilior à Hispânia Citerior em 153 deve ser interpretada como o triunfo da tendência senatorial em prol de um maior controle do interior da península., a ser alcançado por meio de dissuasão ou ação militar direta.

Esta viragem na política externa evidenciar-se-á na recusa em ratificar foedera -acordos vinculativos para o Estado romano- com os núcleos celtiberos e na sua curta duração na esfera lusitana. Do ponto de vista das sociedades indígenas, a calibração das atitudes diplomático militares encontra o problema acrescido da excecionalidade das circunstâncias vividas no momento da sua entrada na história. Perante a imagem tópica oferecida por grande parte das fontes, a hipótese de trabalho confere às sociedades indo-europeias protagonistas do conflito um notável nível institucional e um bom conhecimento das magistraturas e assembleias romanas e do próprio ius belli. 



A este respeito, há que ter em conta o contacto alargado com os governadores das províncias espanholas, as diversas experiências extra peninsulares através de mercenários ou o envio de delegações para a própria Roma. O envolvimento indígena num conflito generalizado, numa guerra de sobrevivência, indubitavelmente desvirtuou os mecanismos de organização local, levando ao estabelecimento de alianças e à designação extraordinária de quartéis-generais de guerra.




 Ao mesmo tempo, o dinamismo bélico – e uma subtil estratégia romana de desestabilização interna – se traduziriam em uma progressiva polarização social marcada pelo crescimento político das assembleias de guerreiros contra os setores aristocráticos ou oligárquicos, defensores do pactismo como única forma de salvaguarda de sua preeminência económica e institucional.


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terça-feira, 28 de março de 2023

Antropomorfos em Trás-os-Montes - Palestra


Representações antropomórficas na arte móvel da Proto-História do 
Vale do Sabor


Quando: 29 Março
Onde: On-line

Amanhã dia 29 de Março de 2023 âmbito da secção de Pré-História da AAP realizar-se-á conferência intitulada "Representações antropomórficas na arte móvel da Proto-História do Vale do Sabor (Trás-os-Montes Oriental" a cargo da arqueóloga Andreia Silva - vencedora do Prémio Eduardo da Cunha Serrão (2021-2022), categoria de Mestrado.

Devido a questões estritamente pessoais da autora, a conferência planeada para amanhã, no Museu Arqueológico do Carmo (Lisboa), realizar-se-á exclusivamente em formato online via Zoom 

Enlace da palestra no Zoom
ID da reunião: 979 9811 6948
Senha de acesso: 643474


Representações Antromórficas no Vale do Sabor

 Representações antropomórficas na arte 
 móvel da Proto-história do Vale do Sabor  

    

Silva, A. M. Barros (2020): Representações antropomórficas na arte móvel da Proto-história do Vale do Sabor (Trás-os-Montes Oriental). Dissertação de Mestrado apresentada na Universidade do Minho. 


Sinopse:
Nesta dissertação apresentamos o estudo das imagens antropomórficas identificadas na arte rupestre móvel sidérica do vale do Sabor, nomeadamente nos sítios fortificados do Castelinho e de Crestelos. Nestas duas estações foram contabilizadas 25 lajes de xisto com 39 antropomorfos gravados, compostos essencialmente por cavaleiros. 


A análise das figuras humanas permitiu perceber que estamos perante representações associadas às elites equestres, que utilizavam as imagens dos seus antepassados e dos equídeos, animais de valor e prestígio, para legitimarem o seu poder.  Estas elites surgem normalmente em cenas de caça ao javali, ao cervídeo e ao lobo ou raposa, empunhando sobretudo armas de arremesso, como lanças ou javalinas. 


Assim sendo, é muito provável que estejamos na presença de imagens típicas de comunidades agro-pastoris. Por outro lado, o estudo dos contextos levou-nos a considerar estarmos perante sítios religioso simbólicos, onde se praticavam rituais fundacionais, apotropaicos e sacralizadores associados às muralhas, assim como às suas estruturas de armazenamento. 

A análise dos contextos, dos paralelos iconográficos, do armamento vinculado aos antropomorfos e das narrativas, permitiu integrar as representações humana, sobre suportes móveis, do vale do Sabor, na II Idade do Ferro, mais concretamente entre o século IV e I a.C. As conclusões aqui apresentadas não têm um carácter definitivo, devendo no futuro ser refutadas ou confirmadas mediante o estudo da restante coleção de gravuras do Castelinho e de Crestelos. 


Nestes dois sítios foram contabilizados no total 625 suportes móveis, sendo, portanto, o vale do Sabor a zona da Península Ibérica onde foram registadas mais peças do género.


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Aprendizagem e Conhecimento na Pré-história


From Novices to Experts

 Skill Development and Knowledge Transmission in Prehistory

Journal of Archaeological Method 
and Theory Nº 30/1 2023


INDEX 

From Novices to Experts: Skill Development and Knowledge Transmission in Prehistory pp.1-8
Vanessa Forte, Nuria Castañeda, Francesca Romagnoli

Oral Storytelling and Knowledge Transmission in Upper Paleolithic Children and Adolescents pp. 9- 31
April Nowell

Toys as Teachers: A Cross-Cultural Analysis of Object Use and Enskillment in Hunter–Gatherer Societies pp. 32-63
Felix Riede, Sheina Lew-Levy, Marc Malmdorf Andersen

Learning by Doing: Investigating Skill Through Techno-Functional Study of Recycled Lithic Items from Qesem Cave (Israel)  pp. 64 - 102
Ella AssafStella Nunziante-CesaroFlavia Venditti

To Err Is Human: Knapping Expertise and Technological Variability 
at the Middle Palaeolithic Site of Nesher Ramla, Israel pp. 103 - 126
Laura Centi, Francesco Valletta, Yossi Zaidner

Testing the Effect of Learning Conditions and Individual Motor/Cognitive Differences on Knapping Skill Acquisition  
pp. 127-171
Justin Pargeter, Cheng Liu, Dietrich Stout

Searching for the Individual: Characterising Knowledge Transfer and Skill in Prehistoric Personal Ornament Making  pp. 172-202
Emma L. Baysal, Sera Yelözer

Revealing Evolutionary Patterns Behind Homogeneity: the Case
 of the Palaeolithic Assemblages from Notarchirico (Southern Italy) pp. 203-238
Valentin Rineau, Marie-Hélène Moncel, Valéry Zeitoun

Catching a Glimpse of Mesolithic Settlement Patterns and Site Re-occupation Through Lithic Refitting, Raw Material Characterizations and Absolute Dating  pp. 239 - 267
Hans Vandendriessche, Elliot Van Maldegem, Philippe Crombé

Minimum Animal Units and the Standardized Count Problem 
pp. 268-309
Ryan P. Breslawski

Tales of Multifunctionality: a Systematic Quantitative Literature Review of Boomerangs Used as Retouchers in Australian Aboriginal Cultures  pp. 310 - 334
Eva Francesca Martellotta, Adam Brumm, 
Michelle C. Langley



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segunda-feira, 27 de março de 2023

A Pegada Linguística da Velha mítica

LE MOTIF ETHNOLINGUISTIQUE VIELLE FEMME  

Fossard, L. (2021): Le motif ethnolinguistique Vieille Femme / Grand-Mère associé à la figure de la Terre-Mère en Europe de l’Ouest? Inventaire et étude des données toponymiques et lexicales. Tese doutoral apresentada na   Universite de Brest, CRBC. Brest

Sinopse
Este trabalho pretende dar conta do onipresente motivo linguístico Velha (VF), à escala europeia, na toponímia, na literatura oral e na semântica lexical. Está disponível nas línguas e dialetos de oito países que compõem a nossa área de estudo: Noruega, Dinamarca, Islândia, Reino Unido, Irlanda, França, Espanha e Portugal. O objetivo é revelar concordâncias entre diferentes áreas culturais e linguísticas, em particular através do desenvolvimento de um método de pesquisa e do tratamento de dados etnolinguísticos.

"A Velha da IA" ou "A Nossa Senhora da IA", 2023

Estes são reunidos numa base de dados em evolução com mais de 7.380 elementos – na sua maioria topónimos – cuja tradução inclui os termos “velha” (VF) ou “avó” (GM), a principal variante deste motivo. Trata-se também de mostrar o interesse científico de uma abordagem toponímica que tenha em conta a literatura oral, a mitologia, a linguagem (semântica) e a arqueologia (megalitismo); em outras palavras, trata-se de explorar a riqueza cultural de nomes e lugares. O motivo VF refere-se particularmente a terrenos, cursos de água, altos relevos e megálitos.

a Moura construtora de megalitos, ilustração de Fernando Alonso Romero, 1995

Encontramos, por exemplo, esta velha nos costumes (no Ano Novo ou na Quaresma) e nos ritos agrários (durante a colheitas e ceifa). Mas o que significa este nome “velha” em certas lendas europeias, uma giganta transportando e atirando pedras? Como interpretar o fato de seu nome ser atribuído a animais, plantas ou fenômenos meteorológicos? A fim de esclarecer a persistência desta denominação, algumas respostas serão fornecidas através de uma abordagem multidisciplinar.

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domingo, 26 de março de 2023

Megalitos e Monumentos Funerários - Livro

Mégalithismes et Monumentalismes
 Funéraires  

    

Ard, V., Mens, E. & Gandelin, M. (2021):  Mégalithismes et monumentalismes funéraires. Passé, présent, futur. Sidestone Press.  ISBN: 9789088909894 


Sinopse: 
A publicação das atas do simpósio "Megalithisms and funerary monumentalisms: past, present, future" retoma os três temas principais destes encontros internacionais, oferecendo um amplo espaço aos estudos recentes do megalitismo na Europa, bem como à etnoarqueologia e às questões da valorização e conservação deste frágil património. 


As contribuições de especialistas internacionais mostram todo o interesse em olhar além do monumento para entender sua inserção na paisagem e sua relação com outras estruturas arqueológicas. Sobre esta questão, as ferramentas são hoje tão numerosas quanto variadas: estudos paleoambientais, levantamentos multimétodos (LiDAR, geofísica), análises espaciais (GIS) ou mesmo extensas escavações.



Questões de organização territorial, através das interações entre megálitos e recintos, por exemplo, estão no centro da pesquisa atual. Inovar na forma de estudar um monte de pedras ou uma câmara funerária é outro eixo de reflexão desenvolvido neste trabalho. Novos métodos de análise, na França e na Espanha, oferecem agora uma restituição confiável da cadeia operacional dedicada à construção megalítica. 


Estudos de arquitetura de pedra seca e paredes megalíticas, com base em modelos 3D de alta resolução, contribuem para a renovação do nosso conhecimento sobre a organização do sítio e as condições de uso do monumento. A contribuição da observação etnográfica para a interpretação dos factos arqueológicos é abordada através de exemplos asiáticos e africanos para a construção de cenários interpretativos sobre antigas sociedades europeias. 


São propostos elementos de reflexão sobre o funcionamento das pedreiras, a deslocação de monumentos ou a organização do território e em particular as fortes ligações com o habitat. 

nativos das Ilhas Nias (Indonésia) transportando um bloco de pedra para construir uma tumba megalítico, c. 1915, Tropenmuseum

Finalmente, as últimas contribuições são dedicadas à valorização dos monumentos na França. Exemplos de trabalho de inventário, restauração e restituição ao público em geral destacam os avanços nessa área.


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+INFO sobre o livro em: Mégalithismes et Monumentalismes  


Postagem relacionada:  Um túmulo ao longe e algo de ...

Stonehenge e o Colonialismo


Deixamos aqui o vídeo de esta palestra proferida pelo arqueologo Mike Pitts na Society of Antiquaries of London em maio de 2022 e que leva por titulo Stonehenge and the British Empire: an overlooked debt. Como Stonehenge foi construído não é uma questão que ocupe muitos acadêmicos. Mas é o tema para um público visitante e uma série de pesquisadores independentes que buscam sua própria resposta única para um problema aparentemente insolúvel. 


Entre aqueles que trouxeram perceções reais para essa busca estão algumas pessoas que se valeram de suas pesquisas e experiências na Ásia colonial britânica, especialmente na Índia, na primeira metade do século passado.  Em livros ou artigos espalhados por títulos como Antiquity, Folklore e Empire Forestry Journal, o pessoal colonial registrou pessoas trabalhando com pedras e movendo e levantando megálitos e outros objetos grandes, e fez comparações explícitas com os grandes monumentos de Avebury e Stonehenge. 

Nesta palestra, se relatam as histórias de sete homens e uma mulher e das pessoas que os inspiraram a pensar sobre os megálitos antigos na Grã-Bretanha. Os observadores variam de Herbert Stone, que foi engenheiro-chefe da construção da East Indian Railway entre 1897 e 1903, a Ursula Graham Bower, uma antropóloga pioneira cujo irmão trabalhava no serviço civil indiano e cujo trabalho de campo mudou em 1942 de filmar megálitos para liderando uma força local contra o exército japonês. 


As pessoas que eles viram lhes ensinaram ideias sobre práticas de engenharia, rituais e sociais que agora oferecem material crítico para nos ajudar a pensar sobre a Grã-Bretanha neolítica. O Império reuniu colonos e colonizados para criar um legado que agora informa Stonehenge.
     


sábado, 25 de março de 2023

A Linguagem condiciona o nosso Cérebro

O Idioma nativo molda o nosso Cabeado Cerebral


Cientistas do Max Planck Institute for Human Cognitive and Brain Sciences, em Leipzig, encontraram evidências de que a linguagem que falamos molda a conectividade em nossos cérebros que pode estar por trás da maneira como pensamos. Com a ajuda da tomografia de ressonância magnética, eles examinaram profundamente os cérebros de falantes nativos de alemão e árabe e descobriram diferenças na fiação das regiões de linguagem no cérebro.



Xuehu Wei, que é estudante de doutorado na equipe de pesquisa de Alfred Anwander e Angela Friederici, comparou as conexões cerebrais de 94 falantes nativos de duas línguas muito diferentes e mostrou que a linguagem com a qual crescemos modula a fiação dos neurónios no cérebro. Dois grupos de falantes nativos de alemão e árabe, respetivamente, foram escaneados em uma máquina de ressonância magnética (MRI). As imagens de alta resolução não apenas mostram a anatomia do cérebro, mas também permitem derivar a conectividade entre as áreas do cérebro usando uma técnica chamada imagem ponderada por difusão. Os dados mostraram que as conexões axonais da substância branca da rede de linguagem se adaptam às demandas e dificuldades no processamento da língua materna.

"Os falantes nativos de árabe mostraram uma conectividade mais forte entre os hemisférios esquerdo e direito do que os falantes nativos de alemão”, explicou Alfred Anwander, um dos autores do estudo publicado recentemente na revista NeuroImage. “Esse fortalecimento também foi encontrado entre as regiões semânticas da linguagem e pode estar relacionado ao processamento semântico e fonológico relativamente complexo do árabe”. Como os pesquisadores descobriram, os falantes nativos de alemão mostraram uma conectividade mais forte na rede de idiomas do hemisfério esquerdo. Eles argumentam que suas descobertas podem estar relacionadas ao complexo processamento sintático do alemão, devido à ordem livre das palavras e à maior distância de dependência dos elementos da frase.

“A conectividade cerebral é modulada pela aprendizagem e pelo ambiente durante a infância, o que influencia o processamento e o raciocínio cognitivo no cérebro adulto. Nosso estudo fornece novos argumentos sobre como o cérebro se adapta às demandas cognitivas, ou seja, o conetoma estrutural da linguagem é moldado pela língua materna”, resume Anwander. Este é um dos primeiros estudos a documentar as diferenças entre os cérebros de pessoas que cresceram com diferentes idiomas nativos e pode dar aos pesquisadores uma maneira de entender as diferenças de processamento intercultural no cérebro.

Em um próximo estudo, a equipe de pesquisa analisará mudanças estruturais longitudinais nos cérebros de adultos de língua árabe à medida que aprendem alemão ao longo de seis meses.

Fonte: Max Planck Institute


Artigo: 

Wei X, Adamson H, Schwendemann M, Goucha T, Friederici AD, Anwander (2023): "A. Native language differences in the structural connectome of the human brain" NeuroImage Nº 270/119955. DOI: 10.1016/j.neuroimage.2023.119955


SPAL Nº 32/ 1 - 2023

SPAL Revista de Prehistoria y Arqueología 

Nº 32/1 - 2023


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sexta-feira, 24 de março de 2023

De Baden a Troia- Homenagem a Ernst Pernicka


VON BADEN BIS TROIA

M. Bartelheim, B. Horejs, R.Krauß (2016), Von Baden bis Troia. Ressourcennutzung, Metallurgie und Wissenstransfer. Eine Jubiläumsschrift für Ernst Pernicka. OREA Vol. 3 Österreichische Akademie der Wissenschaften, Philosophisch-historische Klasse   Rahden.  ISBN: 978-3-86757-010-7


Sinopse: 
Se se entende os recursos como base para a formação, manutenção e mudança das sociedades, o exame de seu uso incide sobre um elemento essencial para a compreensão da mudança das comunidades humanas. Isso é particularmente importante para o estudo das épocas pré-históricas, das quais temos pouca ou nenhuma informação histórica sobre a dinâmica social. Recursos não são apenas coisas materiais, como matérias-primas, energia ou trabalho, no sentido convencional, mas também imateriais, como aspectos culturais e religiosos ou redes sociais.


Uma das principais áreas de inovação para isso no Velho Mundo é a região entre a Europa Central e o Mediterrâneo, que é o foco de interesse aqui e é delimitada pelos dois principais locais: Baden e Troia. No decurso da mobilidade das pessoas entre estas áreas, que se deteta pelo menos desde o início do Neolítico, verifica-se um crescente intercâmbio material, tecnológico e cultural. 


A transferência de conhecimento associada e os efeitos sobre a mudança social nesta grande área geográfica têm sido objeto de intensa pesquisa, à qual Ernst Pernicka, que é homenageado com este volume por ocasião do seu 65º aniversário, fez um grande número de contribuições inovadoras.As suas áreas temáticas, especialmente no domínio da utilização de matérias-primas inorgânicas -especialmente metais- e as suas implicações sócio-culturais constituem o foco deste livro, que pretende dar um contributo para a compreensão da história cultural inicial desta vasta área do com base nos resultados da pesquisa atual.






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Descarrega disponivel em: academia.edu

Receção da Antiguidade Vascõa e Aquitana

Recepciones de la antigüedad vascona y aquitana  

Duplá Ansuategui, A. & Pérez Mostazo, J. (eds.) (2023):  Recepciones de la antigüedad vascona y aquitana. De la historiografía a las redes sociales (siglos XV-XXI). Anejos de Veleia. Series Minor Nº 40. Universidade do Pais Vasco. ISSN: 978-84-1319-495-0


Sinopse: 
Esta publicação pretende ser mais um contributo para a compreensão do diálogo bidirecional estabelecido por modernos e contemporâneos com a Antiguidade basca ou aquitâna. Sendo um fenômeno tão presente na media e nas produções culturais dos bascos, navarros ou basco-franceses, bem como de todos aqueles que, de diferentes espaços e contextos ideológicos e geográficos, deram atenção às sociedades localizadas entre o Ebro e o Adour , as imagens do passado antigo da Vascônia ou da Aquitânia têm sido objeto de análise no meio acadêmico há algum tempo.


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Jonatan Pérez Mostazo, Antonio Duplá-Ansuategui, Recepciones de la antigüedad vascona y aquitana. De la historiografía a las 
redes sociales (siglos XV-XXI): Una introducción

Fernando Wulff Alonso, Prólogo

Jonatan Pérez Mostazo, Los vascos, ¿no datamos? Antigüedad y debates sobre los orígenes entre los vascos del norte de los Pirineos
 (siglos XVI-XIX)

Tomás Aguilera Durán, Hermosos edificios en el aire: vascones 
y aquitanos en el celtismo español del siglo XVIII

Elena Redondo-Moyano, Nota sobre una biografía del emperador 
Adriano en la Atenas del Norte (Vitoria-Gasteiz, 1845)

Javier Larequi Fontaneda, Los vascones antiguos entre posiciones antagónicas (siglos XIX-XX)

Jordi Cortadella Morral, Cuando los aquitanos eran iberos: las aportaciones de la Escuela de Barcelona a la etnología vasca.

Antonio Duplá-Ansuategui, Nota sobre nacionalismo vasco
 y antigüedad clásica: Florencio de Basaldúa y la “raza roja”

Pablo Ozcáriz Gil, Vascones, Pompelo y Calagurris en las tres 
versiones de “The very old folk”, de H.P. Lovecraft

Javier Andreu Pintado, Vascones antiguos: de la historiografía al imaginario colectivo.Sara Casamayor Mancisidor, #Vasconia: representaciones digitales de la antigüedad.


+INFO sobre o livro: Antiguedad Vasca y Aquitana

Irulegi e a Epigrafia dos Vascões - Palestra

Acabamos de saber pelo magnifico blog Oppida Imperii Romani do nosso colega Javier Andreu Pintado (Univ. de Navarra, UNED) de esta palestra que o passado mês de fevereiro proferiu na Faculdade de Filologia de la UNED o epigrafista Javier Velaza, Catedrático de Filologia Latina da  Universitat de Barcelona. E de passo vos convido a ler as postagens dedicadas por Javier ao tema da mão de Irulegi no seu blogue aqui.


quinta-feira, 23 de março de 2023

A Genética dos últimos Caçadores - Palestra

INVESTIGAR O PASSADO ATRAVÉS DO ADN ANTIGO


Quando: 31 de Março
Onde: Lisboa & on-line


A próxima semana o dia 31 de Março entre as 12:00-14:00 horas decorrera na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa dentro do Seminário Arqueologia da Morte a palestra "Investigar o passado através de ADN antigo: O destino genético dos últimos caçadores-recolectores da Europa Ocidental e do Norte de Africa" que sera proferida pela bióloga Luciana G. Simões (Universidade de Uppsala). 

A palestra pode ser seguida também por videoconferência aqui Zoom 

ID da reunião: 991 5021 6718
Senha de acesso: 348563


Representar a Proto-história - Livro

Representer la Protohistoire / Se Représenter à la Protohistoire


Adroit, S., Bertaud, A., Le Dreff, T., Moulin, C. & Poigt, T. (2021):  Représenter la protohistoire / Se représenter à la protohistoire: Actes des IVe rencontres doctorales de l˙École européenne de protohistoire de Bibracte École européenne de protohistoire de Bibracte. Centre archéologique européen, Vincent Guichard. Bibracte  ISBN: 978-2-490601-06-6.


Sinopse: 
Para esta quarta edição dos Encontros Doutorais da Escola Europeia de Proto-história de Bibracte, trinta e três doutorandos e pós-doutorandos que trabalham com a Idade do Bronze e a Idade do Ferro na Europa vieram apresentar as suas pesquisas em torno do tema "Representando a Proto-história / representar-se na proto-história"


Seja abordando as representações do mundo concebidas pelos povos da proto-história, seja discutindo as representações modernas da proto-história a partir de uma perspectiva da história das mentalidades e da história das ciências.



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Descarregar o livro em: Repressenter la Protohistoire