Crânios e chifres
No nível 3 de esta antiga cova foram topado um total de 2.265 restos
faunísticos com mais de 2 cm de comprimento foram recuperados, dos
quais 1.616 puderam ser identificados taxonomicamente. Entre os restos a maioria correspondiam a ungulados, que dominam na mostra sobre os de carnívoros. Os mais bem representados destes ungulados são os bovideos como o bisonte ou o uro (Bison
priscus e Bos primigenius), seguidos a alguma distância pelos cervídeos (Cervus
elaphus e Capreolus capreolus), o rinoceronte das estepes (Stephanorhinus
hemitoechus) e os cavalos salvagens (Equus ferus).
Boa parte dos restos osseos ( um 30,5% do total) amostravam o efeito da exposiçao ao lume, tendo sobrido a maior parte de eles carbonizaçao. Chama a atençao inmediatamente em esta acumulaçao de restos faunisticos dois factos: 1) o de que os restos correspondam em um proporçao inusual a cranios, e o que é mais peculiar nao a cranios compretos senao apenas a parte superior e posterior do cranio (faltando o maxilar a parte baixa do cranio), e 2) o facto da seleçao clara dos animais a que correspondem estes animais: todos eles sao grandes herviboros
No total, foram recuperados os restos de 35 crânios, dos quais 28 pertencem a bovinos (B. priscus, 14; B. primigenius, 3; Bos/Bison, 11), 5 a cervídeos (C. elaphus, 5; todos machos com seus chifres não derramados) e 2 para rinocerontes (S. hemitoechus). A pratica totalidade, sao animais que portam na sua cabeça chifres ou apendices corneos equivalentes, a unica excepçao seria a pressença de restos de equido mas em este caso estes reduce-se a um pressença marginal representando unicamente por um fragmento de dente.
Despeço experimental
Para interpretar corretamente os processos de processamento do restos obtidos no nível 3 foi realizada uma experiencia de arqueologia experimental consistente no despeço de vários cadáveres de bovinos utilizando ferramentas líticas similares as do período estudado. Isto permitiu não são compreender a estrutura e marcas deixadas nos restos ósseos senão também permitiu um compreensão mais geral do processo de despeço
Assim a observação do sucedido no processo de removido da mandíbula e processado do crânio para chegar obter a carne, permitiu sacar conclusões sobre a localização de cada fase do abate em um ou outro lugar da cova. Por exemplo o facto de que durante o remoção da mandíbula varias dentes foram desprendidos e a escassez no registo de peças dentarias, maxilares e ossos associados no nível 3 permitiu inferir que este processo não teria sido realizado no interior da cova senão em uma localização exterior.
Este primeiro processado fora da caverna puído estar relacionado com o consumo da carne da cabeça, a línguas e os olhos. Por contra a parte superior do crânio após isto seria deslocado ao interior da cavidade para uma segunda fase de processado, esta estaria relacionada com o acesso ao cérebro dos animais e/ou o trabalhado intencional dos crânios até lhes dar o aspeto no que foram topados. O analise experimental mostrou que o método mais singelo de aceso o cérebro das vitimas era através da rutura dos ossos occipitais do crânio, o qual produção resultados coerentes com a forma e marcas observadas na acumulação de crânios do local.
A própria divisão geográfica do processado do animal e o tratamento no crânio para a extração do cérebro fora e no interior da cova, remarca a importância de esta ultima fase de tratamento dos resto animais. De facto o estudo dos grupos de caçadores-coletores atuais amostram que o crânio do animal soe ser frequentemente descartado e não levado de volta para o acampamento.A cabeça e pesada de transportar e proporção relativamente pouco alimento por contraste com outras parte da carcaça do animal com mais contido de carne.
O qual faz seu transporte pouco útil e da a este ato um importância que se tem que situar além da mera questão de subsistência, e apontar a um função simbólica de esta parte do corpo do animal, o qual se vê reforçado pela própria acumulação intencional e tratamento diferenciado
Poder-se-ia especular se o próprio acesso e consumo do cérebro pelos caçadores não estaria vinculado a um sistema de crenças e o simbolismo dos animais selecionados, como sucedia no ritual embaixo assinalado do sacrifico do urso ainu.
Artigo:
Baquedano, E., Arsuaga, J.L., Pérez-González, A. et al. (2023): "A symbolic Neanderthal accumulation of large herbivore crania" Nat Hum Behav DOI: 10.1038/s41562-022-01503-7
Bibliografia complementar:
Robin, G. (2017): "What Are Bucrania Doing in Tombs? Art and Agency in Neolithic Sardinia and Traditional South-East Asia" EJA Nº 20/4 pp. 603–635 DOI: 10.1017/eaa.2017.12
Postagem relacionada: O Mundo Simbólico Neandertal
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