em Egedal na Dinamarca
Arqueólogos do Museu de Roskilde (ROMU) Descobriram os restos de um esqueleto antigo corresponde ao que soe chamar “corpos do pântano” na Dinamarca perto dos restos de um machado de lítico e vários ossos de animais e cerâmicas, pistas que sugerem que essa pessoa foi sacrificada ritualmente há mais de 5.000 anos.
Pouco se sabe até agora sobre a suposta vítima, inclusive o sexo da pessoa e a idade na hora da morte. Mas os pesquisadores acham que o corpo foi deliberadamente colocado no pântano durante o Neolítico. "Essa é a fase inicial do Neolítico dinamarquês", disse o diretor da escavação Emil Struve, arqueólogo e conservador do ROMU. "Sabemos que as tradições sobre sacrifícios humanos datam de tão longe como isto, temos outros exemplos disso."
Dezenas de corpos dos chamados pântanos foram encontrados em todo o Noroeste da Europa, particularmente na Dinamarca, Alemanha, Holanda e Grã-Bretanha, onde sacrifícios humanos em pântanos parecem ter persistido por vários milhares de anos:“Em nossa área aqui, temos vários corpos de pântano diferentes” -disse Struve- "É uma tradição contínua que remonta ao Neolítico."
Ossos antigos
A equipe arqueológica da ROMU encontrou o último conjunto de ossos em outubro, antes da construção de um conjunto habitacional. O local, que agora foi drenado, era um pântano perto da cidade de Stenløse, na grande ilha da Zelândia e a noroeste da capital dinamarquesa, Copenhague. A lei dinamarquesa exige que os arqueólogos examinem todos os terrenos antes de serem construídos, e os primeiros ossos do corpo do pântano de Stenløse foram encontrados durante uma escavação teste no local, disse Struve.
Os arqueólogos vão agora escavar completamente o local na primavera, quando o solo se desgele após o inverno. As escavações iniciais revelaram os restos dos ossos de uma perna, uma pélvis e parte de um maxilar inferior com alguns dentes ainda presos. Outras partes do corpo possivelmente quedaram fora da camada protetora de turfa do pântano e não foram preservadas, observou.
Struve espera que o sexo do corpo possa ser determinado com base na pelve e que o desgaste dos dentes possa indicar a idade do indivíduo. Além disso, os dentes podem prover restos de DNA antigo, o qual pode revelar ainda mais sobre a identidade da pessoa.
Struve disse que a cabeça do machado de sílex encontrada perto do corpo não foi polida depois de feita e pode nunca ter sido usada, então parece provável que isso também tenha sido uma oferenda deliberada. O estilo da machada permite situar a sua cronologia entorno a 3600 a.C.
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Fonte: Live Science
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