segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

Cães, Lobos e Guerreiros - Berserkeres bálticos ?

Num artigo recente KazanskiMastykova (2022) chamam a atenção sobre uma serie de enterramentos pertencentes a cultura de Sambia-Natangia do Báltico, cultura que se soe relacionar como os povo bálto que as fontes escritas denomiaram estianos que figura nas fonte. Em concreto em dois enterramentos: um da necrópoles de Dolkheim-Kovrovo e outro da Kleinheide-Guryevsk, datados na época das migrações barbaras, foram topados depositados junto aos defuntos cães. 

divissões tribais dos Antigos Prussianos s. XIII

A presença de este animal nos ritos funerário entre os sambiano-natangianos é algo extremadamente raro neste período pelo que os autores propõem relacionar este tipo de enterramentos com influência do mundo germânico, onde a pratica deposição de canídeos resulta mais corrente no tempo das Invasões barbaras assim como já mais tarde durante a Alta Idade Media.  



Estes e infrequentes enterros com cães têm sido vinculados com o culto germânico a Wotan/Odhin ou com reminiscência de tradições célticas no sul do Báltico através chamada Cultura de  Przeworsk identificada com o povo dos lougoi ou lugiones, povo de origem céltico mas já fortemente germanizado durante o período romano da Idade do Ferro pelo contacto com seus vizinhos suevos e alamanos. A confederação dos lugios chegara se estender até a zona de Mazóvia, fazendo fronteira pelo sul com o território dos Boios na actual Boémia.

extensão geográfica máxima da Cultura de  Przeworsk

No enterro de Dollkeim-Kovrov figuravam os restos de um cremação de um indivíduo junto com fragmentos cerâmicos da urna funerária, derriba da qual fora depositado um cão de 1 ano. Também se topara uma ponta de lança e dois remates metálicos em ponta pertencentes a um cinto. O escavador da tumba mesmo chegou a interpretar que o cinto fora ser utilizado mesmo para esganar o animal antes de deitar seu cadáver na cova. A tipologia do cinto pertence a um tipo estendido por boa parte do Barbaricum (dos Urais e Britânia, e especialmente o Este de Europa e zona Danubiana) e aponta a uma cronologia de entre finais s. IV primeira metade do V d.C.

Espolio funerario das tumbas 21 de Kleinheide-Guryevsk e 269 de Dollkeim-Kovrov

Na tumba de Kleinheide-Guryevsk, datado no inicio do século V. d.C. figuravam os restos cremados de pelo menos três indivíduos e um cachorro, todos eles recolhidos não em uma urna senão em uma caixa de madeira.  Esta presença de cães entre os baltos faz-se extremadamente exótica se notamos a sua quase total ausência entre os outros povos contemporâneos de este grupo étnico-cultural. 

enterramento nº 46 da necropole de Bratislava-Rusovce

Apenas se observam em Lituânia enterramentos com cães mas num período muito mais tardio e vinculado a influencia vikinge já, prolongando-se logo ate finais da Idade Media. Assim o príncipe lituano Kęstutis fora cremado em 1382 junto com vários cavalos, pássaros e cães. Uma multiple sacrificio que recorda na sua fastuosidade ao da tumba Rickeby na Suecia. Em estes casos parece vincular-se o sacrifício de  animais com o status do defunto que é recebente de tales oferendas. 

Distribuição dos enterramentos com cão durante os s. V e inícios do VI segundo Prummel (1992)

Entre os eslavos próximos  não aparecem enterros nos que figurem cães, nem nenhum outro animal. Embora dentro do âmbito germânico, como já se disse, os enterros com canídeos são bem conhecidos e frequentes, tanto entre entre os Anglo-saxões como entre os germanos continentais. O costume é especialmente evidente durante o período merovíngio sobre tudo entre entre Francos, Turingios, Alamanes,  saxões e lombardos

enterramentos lombardos com cães

sendo que durante a época carolíngia cessa esta pratica. Facto que tal vez se tenha que vincular com as Campanhas de Carlomagno contra os Saxões e a conversão forçosa das tribos alemãs, que isto levou aparelhado, assim como a nova vinculação que se estabelece a partir de então entre a monarquia franca e a igreja. Se vem poderíamos pensar que quem sabe se parte de esta associação funerária não puído subsistir apenas como esquevomorfo na mentalidade posterior baixo a representação figurada do cães como acompanhante aos pés do cavaleiro nos sarcófagos medievais, nos que é interpretado como símbolo de fidelidade.  

Sarcofago de Fernão Peres de Andrade na Igreja de St Francisco de Betanços; pormenor de "A Lealdade do Cao, Requiescar" do pintor Briton Rivière (1888))

Na zona Escandinávia foram igualmente testemunhados enterramentos com caos durante o mesmo período (s. V-VIII) e sobre tudo já durante a época viking. Na escandinava predominam os enterros com cães junto ao ritual de cremação durante o período vendel (pré-viking), mas focados geograficamente num inicio na zona Central da Suécia, posteriormente expandidos também a zonas mais ao Norte como  Finlândia. Embora durante a época das migrações no entanto apenas se testemunhou um único enterramento com canídeo junto a um defunto.

restos de canídeos da necrópole  Valsgärde (Uppland, Suecia) 

Tudo parece indicar que não foi precisamente ate a fase Vendel (550-793), sobre tudo a meados do  s. VI, que se estendeu o ritual de enterramento com cães, predominando em ele  as cremações, ainda que  sem exclusividade na associação, sendo possível também topar canídeos junto a cadáveres inumados. Não há esquecer que durante o período vendeliano a Suécia teve importantes relações comerciais e contactos com a zona centro-europeia tanto merovíngia como saxã. 

reconstrução de um enterro de um chefe vendeliano da necrópole de Rickeby (Vallentuna, Uppland)

Ao mesmo tempo no oriente de Europa parece ter-se difundido o costume do enterramento com cães, aparecendo não apenas entre indivíduos varões senão também em algumas ocasiões entre mulheres, como no caso de uma tumba do s. XIII de Plotiste (Chequia) no que figuram cremadas 3 mulheres e um cão, ou de uma tumba de ou Illington (Inglaterra) onde apareceu cremado um bebe junto com um cachorro. No entanto a cremação parece retroceder frente a uma tendência maioritária a inumação.

Na maioria das vezes, os cães são enterrados um a um, geralmente acompanhando uma única pessoa, embora, como já vimos, haja exceções, e em ocasiões se enterrem vários indivíduos com um mesmo cachorro, o qual coincide com padrão observado em Dollkeim-Kovrovo era muito frequente. Ainda que apareçam em ocasiões enterros de cães associados a mulheres e meninos (nos quais podaríamos supor uma questão de status adscrito) o mais frequente e que este ritual se vincule prioritariamente a enterramentos masculinos, que normalmente soem também conter armas e itens de prestígio, como espadas. No século V e VI este tipo de enterramentos soem concentrar-se na zona de expansão e povoamento dos lombardos (entre o Alto Elba e o Danúbio) e na área merovíngia sobre tudo no Norte na cunca do Reno. 


Anteriormente se testemunham na zona danubiana e em Polónia enterramentos isolados de cães aos que se deu um sentido sacrificial ou simbólico como “guardiães” de um determinado espaço, o qual recorda alguns rituais de fundação da Idade do Ferro e da Antiguidade assim como ao atual folclore inglês sobre o Grim da Igreja, um cão negro sobrenatural protetor de cemitérios, que  se cria era o espírito de um cão sacrificado durante a construção do campo-santo para servir de guardião dos mortos, ou mesmo podemos pensar também em aquele mais clássico Cão Cerveiro vigia das portas do Além 

Enterramentos de este tipo são conhecidos também em assentamentos como  em santuários da região do  norte do Mar Negro. Também haveria que assinalar a presença de enterramentos com cães na Gália romana, ou a presencia de cães associados ao culto de algumas divindades célticas como Nodons ou Apolo Cunomaglos. 

Nos enterramentos do âmbito germânico dominam enterros com armas como scramaxes e lanças, ao igual que topamos nas tumbas Kleinheide-Guryevsk e Dollkaim-Kovrov. É difícil dizer se a presença das armas pretendia enfatizar a pertença do falecido a uma determinada casta/estrato militar, mas parece que a presença de cães nestas sepulturas deve ser considerada também do ponto de vista do "caráter militar" de estas tumbas

Elementos de distintos enterramentos elitares: objetos metálicos dos enterramentos nº 1 de Warnikam-Pervomaiskoe e Nº 2 de Apahida; expoliu do enterramento nº 280 de Dollkeim-Kovrov

É bem conhecido o tema da sociedades guerreiras do mundo indo-europeu e germânico, e de como seus membros podiam metamorfosear-se e/ou adquirir as características do lobo e outros animais selvagens, ao entrar em êxtase durante os seus rituais guerreiros. Igualmente lobisomens são bem conhecidos no folclore de vários povos europeus, Olao Magno no século XVI evidencia  crenças de este tipo para a Prússia, Lituânia e a Livónia bálticas, onde ainda se testemunham rituais peculiares relacionados como o folclore de estes seres como o celebre caso do Velho Thiess, lobishome processado pela inquisição, que tão bem foi estudado pelo historiador italiano Carlo Ginzburg

Lobisomem devorando uma mulher, gravado s. XIX da Coleção Mansell (Londres); um monge irlandes alimentando a uns lobisomens de Ossory, Gerardo de Gales, Topographia Hibernica, circa 1200

Mas não é este o momento para nos deter no inesgotável acerbo do folclore sobre lobisomens no contexto euro-asiático (a própria Galiza e Portugal dariam adonde de por sim sozinhas apenas) pelo que melhor voltemos aos guerreiros lobos germânicos. Estes eram chamados em época  berserkers  “peles de osso” também conhecidos por ulfebrand “peles de lobo". Segundo fontes escandinavas, estes guerreiros lobos/ursos eram frequentemente incluídos nos séquitos de líderes militares (comitatus), constituindo um grupo à parte, devido à sua natureza altamente agressiva e muitas vezes incontrolável. Durante seus ataques de fúria, estes não podiam ser feridos pelas armas, viravam em animais e mesmo mordiam com os dentes seus escudos ao não poder conter seu furor assassino

Figura de xadrez normando do s. XII topado na Ilha de Lewis interpretando como um berserker mordendo seu escudo, recriação visual do artista Johnny Shumate

Além da escandinavia também habia “lobos/cães-guerreiros” entre outras tribos germânicas, como evidencia Paulo Diacono entre os lombardos, que figuravam nas sua tropas a existencia de guerreiros com cabeça de cão (Hist. Long, I, 11), o qual aparente descreve o usso de máscaras de cachorro, similares ao heraldo de pele de lobo que os romanos toparam entre os celtiberos ao assediar Segeda ou aos bersekhir escandinavos. O próprio nome antigo dos lombardos Vinnili segundo Samson poderia ter o significado original de os "cães loucos", o qual nos levaria ao ámbito da fúria guerreira incontível dos guerreiros-lobo. 

desenho de guerreiro-lobo da placa de Toorslunda; e recriação do artista Johnny Shumate

É bem conhecida a quase sinonímia entre o lobo e o cão entre distintos povos indo-europeus e a sua vinculação a figura do guerreiro sendo que algumas línguas como o irlandês usam o mesmo termo cu- para o cão e o lobo indistintamente. Tal vez a menção mais antiga de lobisomens na Europa Oriental esteja contida na história de Heródoto. ao referir-se aos neuros, povo identificado como proto-eslavo (ou balto-eslavo) e que se soe associar a cultura de Podgortsevo-Milograf de inícios do Ferro: 

    “Essas pessoas, aparentemente, lobisomens. Afinal, os citas e helenos que vivem na Cítia dizem que uma vez por ano cada Neuros se torna um lobo por vários dias e depois retorna ao seu estado anterior novamente” (Herod. Hist, IV.105). 

a loucura das mascaradas animais de inverno, foto Charles Fréger

Sobre este ritual dos neuros tem-se especulado que ao igual que a licantropia temporária dos arcádios no os culto de Zeus Likeo ("Lobo"), poderia ter um significado de ritual de passo. O ritual e descrito por vários autores antigos como segue: 

    "Evantes, o qual merece credito entre os autores da Grécia, escreve que os arcádios conta que um da família dum tal Anto, elegido a sortes entre o povo foi levado a uma lagoa da região, e trás pendurar seus vestidos em uma azinheira, vota-se a nadar e se vai a paragens ermos e transformando-se lá em lobo se une com outros da mesma espécie durante nove anos. E acrescentam que, sempre que se afaste dos homens, volve a mesma lagoa e após cruza-la recobra sua forma humana, engadindo a seu aspeto os nove anos de velhice, e mesmo recupera a própria roupa que lá deixara" (Plinio, N.H. VIII.34)

Dolon O Lobo, leythos ático de figuras vermelhas circa 460 a.C, Museu do Louvre

"Varrão [...] relata não menos incidíveis [...] e também sobre arcádios que, trás vota-lo a sortes, cruzavam a nado uma poça e na outra beira tornavam lobos e viviam entre as bestas em lugares solitários da região. Mas se não comiam carne humana, após cruzar ao cabo de nove anos, recuperavam sua forma humana. Mesmo este autor mencionou que um tal Demeneto que participou no sacrifício de um jovem os arcádios levaram a cabo em honor do Zeus Liceu, se transformou em lobo. Aos dez anos recuperou a sua forma própria e treinou no boxeio, conseguindo vencer nos jogos olímpicos." (Agust. C.D. XVIII. 17)

Santuário do Monte Liceu (Arcádia)

Em este sentido é interessante por como contraexemplo a comparação com a história de transformação lobuna que dentro do Ciclo dos Volsungos/Nibelungos sofrem os os heróis Sigmund e Sinfjötli (pai e filho) durante a educação como guerreiro do mais jovem de eles: 

"Um dia mentes caminhavam pela bosque em busca de presas, toparam uma morada, na qual durmiam dois homens com grandes braçais de ouro. Eram vítimas de uma triste fada, pois sobre suas cabeças penduravam peles de lobo, que podiam quitar-se apenas um de cada dez dias. Ambos eram filhos de rei. Signmund e Sinjtöldi colheram as peles e as pusera, mas como não perderam seu encanto, não puderam jà tira-las de sim. Os dois empeçaram a ouvear como lobos, mas ambos dois compreendiam o sentido do ouvear do outro. 

Se adentraram na fraga, e cada um tomou um caminho. Mas antes de separar-se combinaram em que atacariam apenas se viam sete homens, nem um mais, e que se um estava em perigo ouvearia forte [...] Sinfjötli encontrou-se com 11 homens, os atacou e consegui mata-los a todos

Fotograma do filme O Home do Norte (2022)

[...] Traz de isto se dirigiram a uma fossa e permaneceram lá até que puderam quitar as peles de lobo. A colheram e tiraram com elas ao fogo para que não voltaram danar a ninguém. Sob esse monstruoso disfarce cometeram numerosos crimes no reino de Siggeir. E como Sinfjötli, já era maior Signmundr decidiu que já estava temperado para executar a vingança." (Volsunga Saga, VIII)

Além de estas fontes também há evidências arqueológicas dos simbolismo do cão/lobo entre os germanos do Final da Idade do Ferro como na bainha de uma espada Alamana do final do século VII a.C. do cemitério Gutenstein em Baden-Wurtenberg, e na placa de  de outra vainha de espada de uma necrópole de Obrigheim nas  Palatinado, ou nas placas de Björnhovda-Toorslunda do período vendel, e uma plaquinha de bronze de Vindonissa.   

vainha de Gutenstein, pormenor e reconstrução da cena; placa de Toorslund e plaquinha de Vindonissa

No caso da placa de Toorslunda Wotan/Odin aparece retratado com um casco com chifres  e acompanhado de um dos lobos/cães-homens. Também em comparação com a pratica dos lombardos teria que por se as representações de homens cinocéfalos armados, mesmo dir-se-ia que com machado de combate e escramaxe, do desaparecido corno de Gallehus (Jutlândia) datado na época das migrações barbaras. 

A este respeito são interessantes alguns dados como o descobrimento uma mascara de feltro que se topou no assentamento vikinge de Haithabu de uma mascara em feltro imitando a cara do lobo (ou urso), o igualmente a representação na Igreja de St. Sofia de Kyiv com 2 personagens em uma cena de combate: um armado de espada e escudo e o outro com o peito descoberto e cabeça do que semelha ser um canídeo.

De acordo com este simbolismo entorno ao cão/lobo e a guerra, e a associação maioritária dos cães a enterramentos guerreiros e de prestigio os autores pranteiam uma pergunta: poderiam vincular-se este ritual e as outras evidências conexas, com a presença entre os baltos sambiano-natangianos também de “guerreiros cães/lobos” nos tempos das migrações barbaras?. Uma interessante incognita pendente para um futuro


Artigo: 

Казанский, М. М., Мастыкова А. В. (2022): “Собаки в погребальном обряде самбийско-натангийской культуры эпохи Великого переселения народов и раннего средневековья и воины-оборотни” / M. M. Kazanski, A. V. Mastykova (2022): “Dogs in the Burial Rite of the Sambian-Natangian Culture of the Great Migration Period and the Early Middle Ages and Warriors-Werewolves” Stratum plus № 5.  pp. 15- 30   DOI: 10.55086/sp2251530
     

Alguma bibliografia complementar: 

Díaz Vera, J.F (trad.) (1998): Saga de los Volsungos. Gredos.Madrid

Lozano Gómez, F. (2008): "Los devoradores de hombres el culto a Zeus Liceo y la licantropía en Arcadia" in: Ferrer Albelda, E Escacena Carrasco,J. L. y Mazuelos Pérez (edits): De dioses y bestias: Animales y religión en el Mundo Antiguo Universidad de Sevilla. PDF

Fedele, A (2022) "Dog’s burying in Lombard cemeteriesduring the period spanning the 5th to the 7th centuries CE. An interpretative reading of the ritual trough the different funeral spaces" Oliveira, A.F da Silva, Coelho, A, Madruga; José Simões, J. & De Sousa, S. R., Vieira  (edits.) Juvenes. The Middle Ages seen by young Researcher. Publicações do Cidehus, 2022 DOI: 10.4000/books.cidehus.18988

Gräslund, A. S. (2004): Dogs in graves – a question of symbolism? in: PECUS. Man and animal in antiquity. Proceedings of the conference at the Swedish Institute in Rome.  Swedish Institute in Rome, Roma. pp. 167-176  PDF

Hollinger, Ch. (2019): "Ein Bildzeugnis germanischer Maskenkrieger aus Vindonissa" Gesellschaft Pro Vindonissa Jahresbericht 2018 pp. 3-17  PDF

Kontny, B. (): "Przeworsk culture society and its longdistance contacts, AD 1–350" in:  Urbańczyk, P.:  Polish Lands from the First evidence of human presence to Early Middle Ages  The Past Societies Vol. 4. pp. 163-216  PDF

Nichols, Chr, (2020): "Domestic dog skeletons at Valsg¨arde cemetery, Uppland, Sweden: Quantification and morphological reconstruction" Journal of Archaeological Science  DOI: 10.1016/j.jasrep.2021.102875

Peralta Labrador, E. (1990): "Cofradias guerreras indo-europeas en la España Antigua" El Basilisco Nº 3 pp. 67-66  PDF

Peralta Labrador, E. (2000) Los Cantabros antes de Roma. RAH. Madrid.

Samson V. (2011): Les Berserkir. Les guerriers-fauves dans la Scandinavie ancienne, de l’âge de Vendel aux Vikings (Vie — XIe siècles). Presses Universitaires du Septentrion, Volleneuve d’Ascq. DOI: 10.4000/books.septentrion.46376

Strehlau, H. (2018): Animals in burial contexts An investigation of Norse rituals and human-animal relationships during the Vendel Period and Viking Age in Uppland, Sweden. Tese de Mestrado em arqueologia. Universidade de Uppsala  PDF

Tenreiro-Bermúdez, M. & Moya-Maleno, P.R. (2018): “Sacrifício, Circunvalação e Ordálio na Hispânia Céltica: uma aproximação em longue durée à ritualidade do Espaço e do Tempo” Tempo, Revista de História Nº 3 24/3 pp. 652-686  DOI: 10.1590/tem-1980-542x2018v240313



Sem comentários:

Enviar um comentário