O Crasto de Palheiros na Idade do Ferro
Pinto, D.C. Bernardo: O Crasto de Palheiros na Idade do Ferro. Contributo da aplicação de uma nova metodologia no estudo da cerâmica. Tese doutoral, Universidade de Coimbra. 2012
Resumo:
Esta tese apresenta os resultados da aplicação de uma nova metodologia no estudo dos conjuntos cerâmicos das ocupações da Idade do Bronze e da Idade do Ferro do Crasto de Palheiros (Murça, Norte de Portugal), compreendidas entre o séc. X/IX AC e o séc. II DC. Em termos cronológicos o Crasto de Palheiros foi ocupado durante todo o IIIº e inícios do IIº mil. AC, portanto no Calcolítico regional. Tem ocupações da Idade do Bronze Final – balizadas entre o séc. X/IX e o VI/V AC. Estas continuam pela Idade do Ferro e terminam no séc. IIº DC, o que coincide com o final do sítio como povoado. Não existem indícios de ocupações posteriores.
Esta tese apresenta os resultados da aplicação de uma nova metodologia no estudo dos conjuntos cerâmicos das ocupações da Idade do Bronze e da Idade do Ferro do Crasto de Palheiros (Murça, Norte de Portugal), compreendidas entre o séc. X/IX AC e o séc. II DC. Em termos cronológicos o Crasto de Palheiros foi ocupado durante todo o IIIº e inícios do IIº mil. AC, portanto no Calcolítico regional. Tem ocupações da Idade do Bronze Final – balizadas entre o séc. X/IX e o VI/V AC. Estas continuam pela Idade do Ferro e terminam no séc. IIº DC, o que coincide com o final do sítio como povoado. Não existem indícios de ocupações posteriores.
O Crasto configura-se como uma estação arqueológica de grande importância científica pelo entendimento que proporciona sobre as comunidades Proto-históricas (e Pré-históricas) daquela região de Trás-os-Montes. Com efeito, é o único povoado da Idade do Ferro estudado de modo sistemático em toda aquela província e um dos mais extensamente escavados, e agora estudados, de todo o Norte de Portugal. O nosso trabalho incidiu prioritariamente sobre o sítio em si, sobre os documentos (registos gráficos e materiais arqueológicos) recolhidos na escavação, tendo sido procurada por essa via a caracterização das comunidades que o habitaram.
O método aplicado incidiu sobretudo no entendimento da formação do sítio como “depósito arqueológico”, realizado através da caracterização dos complexos/estratos arqueológicos, em articulação com a descrição total dos conjuntos cerâmicos de cada um e dos conjuntos patentes nas diversas áreas habitacionais. Foi estudado um conjunto cerâmico composto por cerca de 35.000 fragmentos, provenientes de cerca de duas centenas de estratos (complexos), estes distribuídos por 6 áreas habitacionais.
A caracterização, inovadora nos métodos e objectivos, que se apresenta em esta tese, permitiu perceber quais os “modos de habitabilidade” criados neste espaço pelas comunidades da Idade do Ferro, bem como alguns dos seus comportamentos colectivos que denunciam um tipo peculiar de apreensão e integração do sítio nas narrativas históricas ou cosmogónicas vigentes.
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