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Dexiamos aqui a palestra proferida pelo antropólogo Ivan Tacey (Universidade de Plymouth) dentro do ciclo de palestras organiçado por Radical Anthropology o dia 25 de março, e que teve por titulo Cosmopolítica serpentina: análise transcultural da Serpente Arco-Íris
Da Amazónia à Austrália, cobras-arco-íris enroscam-se no coração das cosmologias dos povos indígenas, personificando forças de criação, destruição e renovação. Conhecidas como nagas, dragões ou serpentes-arco-íris, essas entidades ctónicas estão intimamente ligadas à água, ao sangue, às mulheres e ao poder indomável.
Entre os caçadores-coletores Batek da Malásia, bem como em outras comunidades indígenas do Sudeste Asiático, acredita-se que a violação de tabus -especialmente aqueles ligados ao sangue- incite a ira desses seres, que supostamente desencadeiam inundações catastróficas capazes de aniquilar assentamentos inteiros.
Com base em trabalho de campo etnográfico de longo prazo na Malásia, Ivan Tacey examina o papel das serpentes-arco-íris nos mitos de criação, rituais e paisagens cosmológicas Batek, comparando essas tradições com narrativas e práticas semelhantes da Amazónia e da Austrália, oferecendo uma análise cosmopolítica.
Postagem relacionada: O Dragão e o Arco da Velha
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