Este estudo trata a expansão geográfica de um traço concreto das culturas élitares do I Milénio, o uso em principio secundário de vasos de bronze, originalmente pensados para conter líquidos em cerimonias que implicavam o consumo alcoólico, como urnas cinerárias.
A similitude de este ritual funerário é o descrito em fontes épica como a homérica Ilíada ou nas fontes hititas da Idade do Bronze, tem chamado a atenção a atenção do arqueólogos no intento de cartografar e explicar o expansão do costume da incineração sobre a inumação no Mediterrânea, e do uso de este tipo de contendor mais em concretos para tal fim.
Esta perspetiva pan-europeia permite mostrar uma serie de regularidades, como a prevalência de contendores para bebida no uso de Urnas metálicas, um 95% dos 598 totais do corpus coincidem em este padrão. No que em palavras da autora exemplifica claramente: “A estandardização e continuidade de essas práticas aristocráticas práticas enfatizavam o status social de essa elite, o qual contribuíam a legitimar e perpetuar”
Assim como Grécia parece ser o núcleo inicial de este uso, as primeiras a mostras fora de este contexto semelham proceder da região alpina, a ambas as duas beiras da cordilheira se topam este tipo de vasos em um contexto temporal que vai do s. XIV ao IX a.C. Ao norte dos Alpes este tipo de enterramentos se topam em zonas do Sul de Alemanha e Escandinávia e no SE de Centro-Europa, pré-datando esta prática em vários casos a cronologia dos Campos de Urnas (XIII- VIII a. C) onde se mantêm até a fase Hallstatt C.
Diversas urnas cinerárias de tradição dos Campos de Urnas da Cultura Villanoviana: urna de Bronze, com tapadeira imitando capacete, urna cerâmica brunida (para imitar o aspeto metálico) fechada com capacete metálico, urna cerâmica fechada com tapadeira em forma de copo; Urna cinerária canópica de época etrusca.
Durante o período que vai entre o S. IX e VIII observasse uma expansão de este tipo de praticas unido frequentemente a expansão da Cultura dos Campos de Urnas assim como a uma serie de item de prestigio como caldeiros, determinado tipo de armamento, tanto na parte Oriental de Europa como na Itália (da Etrúria ao Lácio ou Campânia).
As similitudes entre as urnas bitroncocónicas itálicas e norte-europeias, mesmo em regiões tão longanas como Escandinávia, são significativas, o qual se observa tanto nos exemplares cerâmicos como metálicos, fechados normalmente com um casco que coroa ao defunto em um identificação corpo-urna que preludia as posteriores urnas canópicas etruscas, ou por patadeira com forma de copo aludindo de novo a âmbito convivial.
Incluísse aqui também outras tipologias como as sítulas, caldeiros ou cistas, junto a exemplar tipo ânfora em algum contexto, usados com a mesma finalidade ou relacionados de um ou outra forma com o banquete. Nas área mediterrânea as urnas metálicas apresentam uma menor uniformidade respondendo a tradições locais, casos como o cipriota, ródio, ou na Magna Grécia, tradições em alguns casos desaparece rápido, entanto que em outros contextos do âmbito grego permanecera muito a posterior. Segundo a autora esta permanência estaria relacionada no mundo grego com peso da tradição épica homérica na cultura aristocrática.
Zonas mais periféricas m contacto com o âmbito grego e itálico como o Adriático parecem amostrar um padrão funerário mais hibrido que combina a incineração com o costume autóctone de inumação. Em contexto centro-europeu e França a prática de incineração é substituída pela inumação durante o Ferro e os poucos casos de enterramentos em urna parecem ter conexões com o mundo itálico, se a incineração contínua predominando dentro da periferia etnicamente germana.
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