A Evolução dos Sistemas de Parentesco e Matrimonio
Aproveitamos agora para deixar o vídeo da palestra proferida pela Dr. Laura Fornunato, antropóloga da Universidade de Oxford, especializada em antropologia evolutiva e que se tem abdicado com mais pormenor no desenrolo e condicionamentos dos sistemas de parentesco e matrimonio.
Em esta palestra faz uma síntese da sua pesquisa sobre estas questões, destacando os condicionantes relacionados com o sistema produtivo e as forma de transmissão da herança a descendência de acordo com o anterior, e a demografia que cada padrão gera.
Amostrando de passo as possibilidades que um estudo não apenas multicultural mas também filogenético pode abordar estas problemáticas, questão que a autora tem aplicado aos sistemas de parentesco das sociedades de origem indo-europeu e austronésio. O qual pressente um grande interessa para arqueólogos não só especializados na proto-história europeia senão também os que estudas a difusão da cultura palita ou para os linguistas em geral, que como é sabido também usam estes tipo métodos. O qual recorda e continua, ainda que com outro metodo e ferramenta, os estudos de Jack Goody sobre a diferença entre sistema familiares euro-asiaticos e africanos.
Sinopse:
Os sistemas de parentesco e casamento representam as maneiras pelas quais os humanos organizam o parentesco e a reprodução. A pesquisa apresentada em esta palestra estende os fundamentos filosóficos, teóricos e metodológicos da biologia evolutiva para o estudo desses aspetos do comportamento social humano. Especificamente, utiliza a teoria dos jogos para mostrar que a evolução do casamento monogâmico pode ser compreendida com base na teoria da aptidão inclusiva.
Os resultados mostram que, onde os recursos são transferidos entre gerações, o casamento monogâmico pode ser vantajoso se a divisão de recursos entre os descendentes de múltiplas esposas causar um esgotamento de seu valor adaptativo e/ou se as fêmeas concederem aos maridos maior fidelidade em troca de investimento exclusivo de recursos em seus descendentes.
Avaliam-se os resultados do modelo usando evidências sobre a história e a distribuição transcultural do casamento e estratégias de herança. Isso sugere que o casamento monogâmico pode ter surgido na Eurásia após a adoção da agricultura intensiva, pois a propriedade da terra tornou-se crítica para o sucesso produtivo e reprodutivo.
The Evolution of Marriage and Kinship Systems
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