quarta-feira, 23 de novembro de 2011

A Europa Atlântica no Iº Milénio a.C - Livro


ATLANTIC EUROPE IN THE FIRST MILLENIUM B.C


Moore, T. & Armada, X-L., Atlantic Europe in the First Millenium B.C. Crossing the Divide.
Oxford University Press, Madrid 720 pags.
ISBN: 979-0-19-956795-9

Manha mesmo quinta-feira dia 24 de novembro sai ao lume o livro Atlantic Europe in the First Millenium B.C. Crossing the divide que reúne as atas da Congresso organizado polo Departamento de Arqueologia da Universidade de Durham em novembro do ano 2007 baixo o titulo de Western Europe in the First Millenium e que reuniu em a maioria dos mais destacados especialistas no Bronze Final e a Idade do Ferro na Faciana Atlântica de Europa, das quais o livro apresenta uma perspetiva atualizada do estado da investigação sobre esta época e das suas principais linhas e prospetivas. e esta editado por duas jovens promessas da arqueologia britânica e galega, T. Moorre e X-L Armada,  antigo companheiro de estudos (e bo amigo) de quem isto escreve, e que por aqueles anos fora bolseiro post-doutoral na citada Universidade de Durham

Desde o Archaeoethnologica a nossa noraboa aos editores por este livro, froito dum longo trabalho bem feito, e que pensamos será ponto de referência no estudo sobre este período da proto-história nos próximos anos, tanto a um lado como a outro deste nosso Atlântico.


Sinopse
Os estudos sobre o Primeiro milénio a.C na Europa testemunham uma crescente divisão teórica entre as abordagens adotadas nos diferentes países. Embora temas como etnia, identidade e agência têm dominado muitos estudos nas Ilhas Britânicas, estes temas têm tido menos ressonância nas abordagens continentais do mesmo período Ao mesmo tempo os estudos britânicos e ibéricos sobre o primeiro milénio a.C estudos, tenham-se tornado cada vez mais divorciados da pesquisa realizada no resto da Europa. Enquanto essa divergência reflete profundas divisões históricas na teoria e metodologia entre as perspetivas europeias, é uma questão que tem sido amplamente ignorada polos estudiosos do período.

Este volume aborda estas questões, reunindo 33 trabalhos realizados pelos principais estudiosos da Idade do Bronze e do Ferro na França, Espanha, Portugal, Bélgica, Irlanda, América do Norte e Reino Unido. Os capítulos iniciais introduzem os temas principais (a paisagem, organização social, a historiografia, as dinâmicas de mudança, e a identidade), fornecendo uma visão geral sobre a história de abordagens da investigação para estas áreas, perspetivas sobre os problemas atuais e possíveis direções futuras da pesquisa. Nos capítulos seguintes esses temas desenrolassem através estudos de caso e questões específicas relativas ao primeiro milénio antes de Cristo no área atlântica da Europa Ocidental.


INDEX

Part 1. Crossing the divide

1: Tom MOORE and Xosé-Lois ARMADA: Crossing the Divide: opening a dialogue on approaches to Western European first millennium BC studies


Part 2. Landscape studies

2: Gonzalo RUIZ ZAPATERO: Settlement and landscape in Iron Age Europe: archaeological mainstreams and minorities

3: William MEYER and Carole L. CRUMLEY: Historical ecology: using what works to cross the divide

4: Sebastián CELESTINO PÉREZ, Victorino MAYORAL HERRERA, José Ángel SALGADO CARMONA and Rebeca CAZORLA MARTÍN: Stelae iconography and landscape in south-west Iberia

5: Ignacio GRAU MIRA: Landscape dynamics, political processes and social strategies in the eastern Iberian Iron Age

6: Oliver DAVIS: A re-examination of three Wessex type sites: Little Woodbury, Gussage All Saints and Winnall Down

7: Francisco SANDE LEMOS, Gonçalo CRUZ, João FONTE and Joana VALDEZ: Landscape in the Late Iron Age of north-western Portugal

8: Pierre NOUVEL: La Tène and early Gallo-Roman settlement in central Gaul. An examination of the boundary between the Aedui, Lingoni and Senoni (Northern Burgundy, France)


Part 3. The social modelling of Late Bronze Age and Iron Age Societies

9: John COLLIS: Reconstructing Iron Age Society revisited

10: How did British Middle and Late Pre-Roman Iron Age societies work (if they did)a

11: Inés SASTRE PRATS: Social inequality during the Iron Age: interpretation models

12: Francisco Javier GONZÁLEZ GARCÍA, César PARCERO-OUBIÑA and Xurxo AYÁN VILA: Iron Age societies against the state. An account on the emergence of the Iron Age in north-western Iberia

13: Guy DE MULDER and Jean BOURGEOIS: Shifting centres of power and changing elite symbolism in the Scheldt fluvial basin during the Late Bronze Age and the Iron Age

14: Rebecca PEAKE, Valérie DELATTRE and Régis ISSENMANN: Examples of social modelling in the Seine valley during the Late Bronze Age and Early Iron Age

15: Raimund KARL: Becoming Welsh. Modelling first millennium BC societies in Wales and the Celtic context

16: Dimitri MATHIOT: Person, family and community: the social structure of Iron Age societies seen through the organization of their housing in north-western Europe

17: Rachel POPE and Ian RALSTON: Approaching sex and status in Iron Age Britain with reference to the nearer continent


Part 4. Continuity and change

18: Barbara R. ARMBRUSTER: Approaches to metalwork - the role of technology in tradition, innovation and cultural change

19: John C. BARRETT, Mark BOWDEN and David McOMISH: The problem of continuity: re-assessing the shape of the British Iron Age sequence

20: Katharina BECKER: Iron Age Ireland: continuity, change and identity

21: Jody JOY: Exploring status and identity in Later Iron Age Britain: reinterpreting mirror burials

22: Jesús F. JORDÁ PARDO, Carlos MARÍN SUÁREZ and Javier GARCÍA-GUINEA: Discovering San Chuis hillfort (northern Spain): archaeometry, craft technologies and social interpretation

23: Alicia JIMÉNEZ DÍEZ: Changing to remain the same. The southern Iberian Peninsula between the third and the first centuries BC


Part 5. Rhythms of life and death

24: Robert VAN DE NOORT: Crossing the divide in the first millennium BC: a study into the cultural biographies of boats

25: Leonardo GARCÍA SANJUÁN: The warrior stelae of the Iberian south-west. Symbols of power in ancestral landscapes

26: Miguel Ángel ARNÁIZ ALONSO and Juan MONTERO GUTIÉRREZ: Funerary expression and ideology in the Cogotas culture settlements in the northern Meseta of the Iberian Peninsula

27: Raimon GRAELLS FABREGAT: Warriors and heroes from the northeast of Iberia: a view from the funerary contexts

28: Ian ARMIT: Headhunting and social power in Iron Age Europe

29: Valérie DELATTRE: The ritual representation of the body during the Late Iron Age in northern France


Part 6. Exploring European research traditions

30: Richard HINGLEY: Iron Age knowledge: Pre-Roman peoples and myths of origin

31: Adam ROGERS: Exploring Late Iron Age settlement in Britain and the near Continent: Reading Edward Gibbon s The Decline and Fall of the Roman Empire and examining the significance of landscape, place, and water in settlement studies

32: Guillermo-Sven REHER DÍEZ: The introduction to ethnicity-syndrome in protohistorical archaeology

33: Niall SHARPLES: Boundaries, status and conflict: An exploration of Iron Age research in the 20th century



+INFO no site de:  Oxford University Press

2 comentários:

  1. Cal é a liña do libro?
    Vexo celtófobos como Collis e Zapatero e castrexófobos como Ayán (que hai que fod**se, critica o concepto de cultura castrexa por falso e ideoloxizado e chámalle "Noroeste de Iberia" á Gallaecia.

    Falan da Idade do Ferro negando os celtas?

    ResponderEliminar
  2. No âmbito britânico não soe usar-se o termino Hispânia e prefirese chamar a Península Ibérica pelo outro termo antigo Ibéria, é uma mera convenção froito da tradição académica anglo-saxona, veras que se usam também SW Ibéria, sem que elo signifique que estão a falar da cultura ibera, ainda que também há autores do livro que se ocupam de da cultura ibérica.

    Entre a arqueologia britanica há uma forte reserva co tema da "celticidade", Collis é um caso bastante claro -e mesmo algo "furibundo"- ao respeito mas junto ao Collis, há autores neste volume que se situam em uma linha proxima o celtismo (Ralstom, Armit, etc) ou becididamente a favor dele coma o Raimund Karl que tem publicado vários artigos criticando os argumentos dos auto-chamados "celtoescepticos" ou "post-celtistas". O Karl participa ademáis no Grupo de Pesquisa ABraZo dirigido por John Koch e Barry Cunliffe que está replantejando a celticidade desde presupostos atlantistas e que tem mostrado (Koch) que a lingua tartésica era em realidade um céltico arcaico.

    Sobre o Ayan não acho que seja especialmente celtofobo mais bem penso que ao respeito elude expressar uma opinião em um ou outro sentido, pode-se dudar mesmo se a tem (?) não se pode dizer o mesmo de alguns dos seus companheiros de artigo como Gonzalez García que escrevera algum que outro artigo defendendo a ideia de “celticidade”, e um artigo sobre a etnogenese do NO com Parcero.

    Basicamente o livro terá de tudo um pouco, como os autores que dele formam parte. Suponho que havera certo acordo comum em reconhecer a importancia do fundo cultural atlântico, algo que todos os autores do livro admitem, outra coisa é que consecuencias tiram logo para o tema da celticidade, paradojicamente por ex. se ves o livro de Simon James The Atlantic Celts, outro dos autochamados "excepticos", pressenta uma vissao da etnogenese da Idade do Ferro nas Ilhas em base ao fundo atlântico que poderia firmar Cunliffe excepto pela conclussoes pois mentres que para Cunliffe é em isto é donde há que buscar o problema das similitudes linguísticas e culturais que definem a celticidade mentres que para o James isto ao final o que define e uma singularidade insular que -ao meu ver erradamente- não se sabe muito bem que o sería.


    Bom, sobre o termo castrexofobo, o que pudera ser chamado "castrejofobo" em realidade são eu ;-) ...pois penso que não é o termo mais ajeitado, e que algum dia, se por outro lado não ha problema para andar falando de "celtibérico inicial, pleno …" o de um "ibérico formativo, pleno ..." pensó haverá que considerar seriamente mudar essa palavra que não define nada: castros os há em todas partes e por tanto não definem nenhuma especificidade, André Pena soia dizer que era como se lhe chamáramos a nossa própria cultura galega atual "cultura das casas adoçadas", e deixar simplesmente como termo mais aquelado o de "cultura galaica" e, igualmente, falar de "galaicos" e não de castrejos.
    O termo em tempos de Martins Sarmento quando definia-se ou suponhian-se povos por um anaco de cerámica ou um alfinete, teve o seu sentido, mas agora penso que o seu uso só se mantêm por convenção, e –sobre tudo- por uma evidente reticencia a usar o termo "galaico", que não está objetivamente justificada se comparamos com o caso de outros grupos culturais como os citados antes, nos que -casualmente- não pares haver nenhum problema para usar o nome co que aparecem nas fontes antigas. Penso que isso não é inocente, eu intento evitar esta terminologia na medida do possivel, ainda que é –certamente- difícil.

    ResponderEliminar