XVI Seminário Internacional de Arte Rupestre de Mação
Quando: 4 de Março
Onde: Mação
Amanhã no Museu de Arte Pré-histórica de Mação decorrera a 14 edição do Seminário Internacional de Arte Rupestre de Mação que este ano tem por título temático Causalidade e Memoria
Pode considerar-se que o comportamento humano se baseia em competências reactivas relacionadas com eventos passados, presentes ou futuros. No que respeita aos eventos futuros, podemos antecipar eventos e definir reacções antecipadas aos mesmos. Espaço, tempo e causalidade são as três principais noções que estruturam a prospectiva e o comportamento humanos. A arte rupestre pode encerrar estas noções e uma série de debates foi iniciada em Mação sobre as evidências do espaço (MIRAS IV) e do tempo (MIRAS XV), publicados nos volumes 29 e 32 da série ARKEOS.
Este congresso devatera os temas complexos da causalidade e da memória. Sabendo que a noção de causa decorre das relações estabelecidas entre espaço e tempo e eventos que neles se inserem, não será possível abordar e dar sentido ás noções de causalidade de determinados eventos culturais ilustrados através dos vários componentes que formulam a arte rupestre? A arte rupestre é parte desse evento causal?
Uma consideração possível é a das mnemónicas, dado que a memória também se reporta a efeitos no tempo. A literatura arqueológica e as fontes são amplos na consideração de determinadas cenas como podendo conter sequências causais (mágicas ou outras, , como as narrativas de caça).
Será possível abordar estas questões no âmbito da arte rupestre? É possível estabelecer postulados claros e um método adequado para a demonstração de que através do registo de um painel de arte rupestre uma sequência causal específica de uma narrativa pode ser abordada.
Os participantes são convidados a apresentar a sua pesquisa e reflexão sobre as questões aqui colocadas
Participantes:
Luiz Oosterbeek. From signs to narratives: archaeological interpretation at the edge
George Nash. Sculpting memory in a Northern English Churchyard: How visual mnemonics played an integral role in promoting ancestry during the Early Medieval period.
Hipólito Collado Un paso más en la evolución humana: el nacimiento del arte rupestre
Ana M. S. Bettencourt; Manuel Santos Estévez; António P. Dinis; Ana C. Santos; Alda Rodrigues; Isabel S. e Silva; Alexandre Rodrigues; Pedro P. Simões; Emílio Abad-Vidal; Filipe Pereira; António M. S. Silva; Carlos M. S. Cruz; M. Isabel C. Alves; Maria Martín Seijo; M. João Amorim; Diogo A. Chavarria. The rock art research in the Enardas Project (Atlantic fringe of Northwestern Portugal). From actions to meanings
Ariana Braga Gravado na Paisagem, a arte rupestre como mediadora da dispersão territorial no Vale do Lajeado- Tocantins, Brasil
Carlos Rodriguez Contribución al estudio de las sociedades prehispánicas: anotaciones sobre la técnica de fabricación de los petroglifos de El Colegio Cundinamarca
Cristina Martins As pinturas rupestres do Ebo - da narrativa codificada à reinvenção da memória na construção de espaços sagrados e estruturação da causalidade mágico-religiosa
Daniela Cardoso Citânia de Briteiros: graphic memory from the past
Sara Garcês Representações de Cervídeos na Arte Rupestre do Tejo: dispositivos mnemónicos na arte rupestre?
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