Vai um mes na nossa postagem Fragmentarica II enredáramos com o paradoxo presente em objetos arqueológicos que sem embargo no seu contexto de origem seriam considerados meramente como lixo, e de como isto afetava a nossa perspetiva sobre o que é arqueológico ou não, e da forma em que atribuímos um valor ou outro aos objetos. Pois bem, ontem morreu um arqueólogo que levou este paradoxo e possibilidade alem do que antes nenhum tivera feito, William Rathje
William Rathje, arqueólogo e professor emérito de antropologia na Univ. de Arizona interessou-se inicialmente pola arqueologia das primeiras civilizações, especialmente no âmbito meso-americano, mas a linha de pesquisa que o faria popular seria a que iniciaria em 1973 com o Garbage Project, no que planteiou, a insólita daquela, ideia de utilizar a metodologia arqueológica para ler os vassoureiros contemporâneos, do mesmo jeito que se soia fazer cós restos antigos, desenrolando o que ele chamou Garbology
Neste sentido este Arqueólogo do Lixo foi um dos pioneiros do estudo da cultura material contemporânea e ampliou os horizontes da arqueologia moderna desde o passado ao passado recente, ou mesmo, imediato: do Alheo -em resume- à Nós mesmos.
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