domingo, 31 de julho de 2011

Racismo Neanderthal - Uma Reflexão


No Landesmuseum Für Vorcheschichte de Halle onde se atopa o disco de Nebra, do que antes falamos, existe uma figura que reproduz a um Neanderthal sentado numa provocativa posse ao “Pensador” de Rodin, que sempre me resultou atraente polo paradoxo que representava, aquel de dotar da expressão das mais altas capacidades intelectuais a alguém a quem se lhe tenhem negado tão a cotio.


Entre o Estigma e a Culpavilidade

O Neanderthal têm tido desde sempre mala prensa, e possivelmente dele se tenham dito cousas bastante absurdas hoje e que nos seus dia parecerem lógicas e ainda provadas verdades e axiomas científicos, o caso e que na mente popular e na de muitos investigadores, e um pouco na de todos nós, o Neanderthal segue ainda jogando –ao seu pesar- esse papel de quinta-essência do "Selvagem" no seu melhor e pior sentido.

Casal de Neanderthais, diorama da Exposición Universal de Paris de 1889

Da vida e, sobre todo, da morte do Neanderthal tense dito muito, desde os que imaginavam quase uma guerra direta pela supervivenza remedando ao mais puro drama de Cain vs Abel, no que, como daquela, aos inventores da civilização tocaria-lhes se-lo assim mesmo do assasinato: sim nós matamos ao neanderthal (mea culpa),  ate os que via a cousa mais ecologicamente como resultado dum conflito mais indireto polos recursos, daquela nós não nos comemos ao Neanderthal, mais nos comememos-lhe a comida a ele, "matamo-lo de fame", em resume …o caso e que o mea culpa, era a respeito escassamente entoado, pois como soia dizer o nosso estimado Eulogio Losada explicando-lhes  o sentido positivo do termo “bárbaro” em castelhano, aos seus surpreendidos alunos franceses da Sorbonne “a fim de contas somos bárbaros e não imos falar mal de nós mesmos”, e quando não há culpa do culpavel obviamente será da vítima a ela, que algo teria feito, entenda-se.

Mas há um pequeno problema, e como é lhe roubamos a comida ao “curmão” Neanderth? que tão bem se conhecia a tundra glacial de toda a vida, era mais forte, perdia menos calor com esse corpo compactado de jogador de rugbi que lle tocara de serie. Dificilmente nos feblinhos lhe ganhariamos um pulso evolutivo a este cachimán dos gelos, a resposta veu ao estilo da bíblica dicotomia de Jacob e Esau, e é que quando não possas com ele, e o tenhas certamente difícil, se mais listo cá ele.


O importante é o Conceito. Simbólico, demasiado simbólico

Certamente nós eramos-che listos, mui listos, e isto dava um bom motivo e coartada para justificar como “suicidáramos” ao bom do curmão Neandert se extinguiu por ser “um pouco mais curtinho” de luzes que nós, ou por dici-lo mais suavemente por não ter “pensamento simbólico”, mesmo com certa “consciência de culpa” ainda podíamos novelar e rodar românticas historias nas que o Neanderth contemplava o seu ocaso no Far West crepuscular dos gelos (Le Dernier Neanderthal), incapaz de se fazeres cós novos dons da cultura sapiente sapiente

Pouco importava, ao respeito que este “incapaz simbólico” enterrara já aos seus mortos em tumbas e num leito de flores …gesto “poético” mas que a alguns paleontólogos não lhe parecia abondo simbólico, pouco importava tampouco que ainda este “curmão” longano pudera mesmo dedicar-se nos momentos livres entre a caça do Mamute e do Bisonte a enredar sacando-lhe a um oso com furados alguma notas coma se dum whistle irlandês se trata-se, muito musical, certamente, diriam alguns mas pouco simbólico polo visto.

Reconstrução do enterramento ritual de Shanidar (Kurdishtan)

Assim se criava um pequeno quadro desses Sapiens Sapiens, (pois quem sabe sabe) e dos menos sapientes Neanderthalenses, vivendo perto, juntos mas não revoltos separados polas suas culturas materiais, e os cérebros capacitados para as mais altas/ou não cotas de expressão simbólica. O caso e que todo isto, o chamado “Big Bang” cultural do Paleolítico superior precisava de várias explicações. Porque este “curmão” longano, com o que nunca nos quisemos relacionar e que nada nos tinha que invejar por crânio, não protagonizou igualmente o “boom” do simbólico?.


Não falas que não te entendo

 Explicações deram-se moitas, alguns diziam que o Neanderth num rasgo mais do seu “imperfeito desenho” fronte o Cromagnon, isto obviamente não se dizia Assi, pois somos tão politicamente corretos como simbólicos, e não queremos ofender; tinha todas as capacidades para a linguagem mas não a ferramenta, já que pela posição da sua gorja não poderia articular toda a variedade de sons do falador Sapiens Sapiens. Então o bom primo bem pudo, aquela manha fria e monótona em que lhe deu em querer departir com Sapiens, rematar parafraseando o verso de Pondal, de facto, e concluir com aquelo de "não nos entendem, não!"

Diferenças entre o aparato fonador de Neanderthal e do Cromagnon

O caso e que quando eu isto escutava e examinava o argumento do tipo de que se lhes faltaria tal ou cal vogal ou consonante, não deixava de matinar em que nisto havia um grande etnocentrismo arredor do nosso próprio conceito de linguagem, e pensava nos bosquimados K!ung Kalahari, e sobre todo nesse “!” que representa um som que nem os europeus nem os asiáticos soemos gastar nas nossas línguas: o “chasquido”, ainda que si o podamos articular, e que para eles é tão natural e frequente como para nos podem ser o resto das vogais

Que pensaria um K!ung de mim que não sei falar com chasquidos de cada dois fonemas, certamente uma possibilidade e que dissera simplesmente que não sei falar, ou que faço “bar,bar, bar” (serei-che parvo!) sem jeito nenhum como diz que fizeram os gregos quando criaram a verba para esses incultos estrangeiros que tatejaban uma xiria sem o mais mínimo sentido e decoro.


O Mal dentro dos Ossos

Todo indicava que nos e esses primos com os que não nos falávamos eram-nos muito alheios, tanto que nem nos devíamos dar o saúdo e, menos, tratar-nos e intimar: que ainda que há classes por muito que isto seja a pré-história, em remedo quase daqueles burgueses vitorianos que viam nos obreiros dos bários industriais “uma raça” aparte. Outros igualmente dizerem o mesmo, confiados no seu stock saxónico e no Glorioso Isolamento (hora insular hora continental), de irlandeses, galeses, italianos ou hotentotes, eram outros tempos e a primazia cultural económica, e política, digamos, “simbólica” devia de vir dalguma parte. E nesses tempos em se empeçavam a cavar fósseis, sacar os primeiros ancestrais da terra, o mesmo tempo que se media o angulo facial e as formas e proporções linneanas do corpo humano dos vivos, preferentemente prostitutas, convictos, e como se soia dizer nalgum tempo “murcianos y otras gentes de mal vivir”, nesses tempos alguns pensarem que essa primazia “simbólica” havia de chegar mesmo aos ossos

Tipos fisicos supostamente galeses, J. Knox; Fisonomia criminal de C. Lombrosso

Assi alguns eram altamente inteligentes e industriosos, dados a civilização e as boas maneiras mentes que havia outros que, não havia mais que ver-lhes a cara, nunca o conseguiriam. No debate entre a Herança e a Cultura a primeira antropologia física inclinou decote, com exceções salientabeis, o equilíbrio cara a biologia e fixo da cultura, do simbólico, um apêndice mais da cor dos olhos ou da beleza geral, jogando cecais com certa estranha tendência do género humano a qualificar a “ética” ou a “bondade” pola "estética".  Obviamente pensava Lombrosso que aos criminais e mulheres de mar viver sempre se lhe notava algo na cara ou mais concretamente no crânio, e certamente nos contos de fadas as princesas sempre são belas, fermosas e exemplos de bons pensamentos e melhores obras, e os perversos feios e mesmo algo monstruosos, e o Neanderth como alguns mineiros galeses certamente não entrava nos cânones estéticos, nem nos perfis gregos, da época.

"Graos de Inteligencia" segundo os angulos faciais supostamente relacionados com niveles arcaismo biológico segundo S. R. Wells, New Physionogmy(1867)

Mesmo alguns quisserão atopar-lhe nisto uma estratigrafia comum a tão incorretos perfis  ao-querer ver nas classes baixas, assim como  nos colonizados exóticos dos outros Terceiros Mundos, os restos de estirpes primitivas, …e isso era malo muito malo pois adulterava a puridade do nosso stock simbólico e nos fazia menos sapiens. Não compre explicar mais a onde nos levou no proceloso século XX tudo isto, penso que está claro


De Primo longano a Avo Re-atopado

O caso e que cecais pela facilidade que têm o passado e quanto mais remoto ainda, para sen converter em Pais Estranho ao nosso Presente, que terá que ver a fim de contas uma coisa coa outra?, no discurso ao redor daquele curmão “pobre”, simbolicamente falando, manteram-se certas contiguidades, e ainda algumas continuidades. Poucos forem certamente partidários nos últimos anos de romper o Apartheid Neanderthal e pensar, mesmo imaginar que nós e esses primos ainda mais alheios que o passado, tivemos mais que ver do que nos gostaria de reconhecer, vergonha tal vez de ser “algo curtos” simbolicamente, ou de parecer pouco aptos para os bons modos da cultura sapiente: o problema dava para um bom psicanalista certamente.

E assim pusesse a ultima fronteira, não nos tratávamos simplesmente porque não nos pudéramos falar largo e tendido ou porque os temas de conversação sapiens foram um pouco espessos e exotéricos -cecais algo intelectuais demais- para os nenanderthais, isso de ser-che “simbólicos de mais”, não nos tratávamos porque simplesmente éramos totalmente distintos -faltaria mais!- e como o aceite e água incomensuráveis, eram já não raças mas espécies diversas, e geneticamente incomunicáveis.

Enterramento de Lagar Velho, Alentejo (Zilhão & Thrinkhaus,2002)

Em todo isto vai anos no Lugar de Lagar Velho em Portugal atopou-se o esquelete dum menino que pareciam ter nos seus ossos, uns estranhos riscos misturados, no que parecia ser um híbrido de ambos Sapiente e Neandertaloide a um tempo. O neno de Lagar Velho deu lugar a uma longa polémica de posições encontradas que se refletiu extensamente daquela na página do Instituto Português de Arqueologia (IPA), e na que se exibirem as mais curiosos argumentos a favor ou em contra da Possibilidade ou Impossibilidade da relação entre Sapientes e Neandertais, que se as suas culturas materiais eram diversas, que se igualmente os seus mundos mentais seriam igualmente alheios.

A mim no fundo mirando como espetador alheio, e não paleolitista, tudo isso não deixava de dar-me a sensação de algo conhecido que poderíamos definir cum termo muito claro no nosso vocabulário: “racismo”, existia um racismo para com o Neanderthal?

Anos depois no célebre documentário A Odisea da Espécie recolhia-se o caso de neno do Lagar Velho numa dessas típicas fabulas românticas em que a última mulher nenanderthal era acolhida por um grupo de homens sapiens, sapiens, case num ato de caridade hominídea, mais o menino froito daquilo era o último grounido do neanderthal, inútil igual que esse amor furtivo e ocasional na linha da evolução. O neno de Lagar Velho era, dizia-se daquela, como essas mulas que saem coma resultado do cruze dos nobres cavalos/éguas e humildes asnos/as, que ainda que possíveis e toleráveis não são viáveis geneticamente a meio prazo para a reprodução. O semi-neanderthal, "filho do amor" era-lhe material de refugalho que marcava só e unicamente a fim duma vizinhança por regra geral pouco sociável, culpa seria do Neanderth com essa cara de túzaro que tinha, e que amais não te falava bem. O Amor polo Neanderthal, a parte de ser socialmente mal aceitado, era um amor estéril

Parecia cerrar-se Assim o circo da "exclusão", mental, cultural, social e agora genética do tantas vezes chamado os nosso curmão longano, o Neanderthal, nunca tivemos nada que –ou quase- ver, e nunca o teríamos.

E todo isto, meus leitores, se dizia quando ainda nem sequer se identifica nenhum rastro da sequência genética dos neanderthais. E o caso e que agora vai um ano graças a uns dentes atopados em Sibéria e alguns outros ossos por aqui e acola, pudesse sequenciar o genoma real de aqueles homens do gelo glaciar, e vaia surpresa, de repente vesse que de tão alheios que eramos, não o éramos a fim de contas, e mais surpresa de repente outros investigadores vem que a uns cantos rasgos genéticos desse genoma de neanderthal encaixam coma luva a mão com alguns riscos "raros" que estão espargidos no genoma de todas as povoações humanas de Sapiens Sapiens que abandonarem África, e dizer que os todos os europeus, asiáticos, americanos nativos e aborígenes australianos temos em comum uns peculiares restos genéticos herdados do neanderthal

Saartije Baartman a chamada "Venus Hotentote" foi exibida em ferias no Paris e Londres do s.XVIII, e logo disecada no Musée de L´Homme

Assim paradoxalmente e malia o que pensavam os vitorianos e o outros "rostros pálidos" do XIX a Vénus Hotentote pouco tinha que ver co prognatismo das camadas neanderthais, pois para neanderthais já estávamos nós, igualmente poderia dar-nos em fantasiar recordando aquela velha película Em busca do Lume que alguns dos nossos riscos europeus bem puderam vir-nos daqueles nossos avos por parte neanderthal, e não do lado Sapiente, simbólico e "africano" que arribava daquela, e pode mesmo, logo o veremos, que isto ainda nos senta-se bem e fosse uma vantagem naquelas terras tão frias e novas.  Certamente, um prato, cortado ao bifaze, que não lhes será de dom gosto a xenófobos, racistas ou etnocentristas vários. Alá eles

E assim agora, probas de paternidade por meio, sabemos que o bom do Neanderth, sim aquele curmão tão rarinho e longano, desses que se vem mais bem pouco, e fundamentalmente nos funerais, ou cecais nas vitrinas dos Museu acompanhando a Chimpazes e Gorilas, era em realidade o Bom do velho Avo Neanderth. E assim comocionados ainda pelo segredo de família descoberto, e com toda a árvore genealógica removida virada patas arriba, só nos queda miram-nos no espelho, fazer algo de propósito de emenda e dizer, a fim de contas: Benvindo a Família


+ INFO sobre isto em: Para Neanderthais Nós


sábado, 30 de julho de 2011

O Céu no Bronze - O Disco de Nebra


 Ao fio da post anterior e da temática da Conferencia da SEAC tão relacionada coas viagens, não podemos resistir-nos aqui a trair ao Archaeoethnologica este pequeno documentário alemão sobre um dos achádegos mais espetaculares das últimas décadas, o Disco de Nebra,  no que estes dois elementos a viagem e os astros se vem entremesturados

Neste documentario, quase como naquele velho poema irlandês (a Canção da espada) na que está nos ia cantando os seus posseedores, se nos narra a hipotetica história, realmente a biografia, do Disco e dos que foram seu donos no seu percorrido ao longo do tempo e do espaço pela fascinante geografia física e cultural da Europa da Idade do Bronze, até a câmara do Museu Regional de Saxonia-Anchalt. Uma época que tão vem nos descreverem Kristiansen e Larsson no seu recente livro (The Emergence of Bronze Age Society), uma encruzilhada de caminhos, de homens, e tudo tipo de usos sociais, instituições, …Crenças em resume formas de vida que se moviam da mão do âmbar báltico, do cobre balcânico ou o estanho atlântico cara o Mediterrâneo, e vice-versa desde ali outra coisas

O documentário nos oferece uma fascinante percorrido por esse período da proto-historia europeia através da "vida" deste objeto, a as mudanças culturais, geográficas, o contexto a fim de conta, forom , modificando, engadindo, quitando e pondo, furando, em resume dando-lhe forma física mas também, porque que não, semântica percorrendo com sentidos e usos o tempo e o espaço no céu contido nesta autentica "relíquia"; Antonte duma coisa hoje doutras sem deixar de sê-lo

Arqueoastronomia em Évora - Congresso da SEAC


Desde a Pré-História o céu sempre foi integrado como parte da cosmovisão das sociedades humanas. Ele desempenhou um papel fundamental não só na orientação espacial, na organização do tempo, em práticas rituais ou adivinhação celestial, mas também teve um elemento de poder.

Migrações e as viagens são intrínsecos à humanidade, pois eles abriram as rotas para a difusão cultural e comércio, e também pelo domínio de energia. Seguindo essas rotas também é para seguir a sua diversidade cultural, como eles se conheceram ou entraram em confronto. O céu e fenômenos astronômicos forneceu os instrumentos para contagem de tempo, organização da agenda e de navegação celestial que apoiaram essas viagens. Astronomia nos dá hoje a capacidade de reproduzir o céu, abrindo uma janela através da qual podemos vislumbrar como essas sociedades percebido, integrada e manipulado o céu em suas visões de mundo e seus mitos, e, finalmente, em sua organização social.

Uma viagem é sempre um encontro de mundos diferentes e um processo para aceitar a diversidade.

Deste jeito apresenta-se a sim mesma a Conferência do 2011 da SEAC (Sociedade Europeia para a Astronomia na Cultura) que baixo o título de Stars and Stones. Voyages in Archaeoastronomy and Cultural. Astronomy - A meeting of different worlds, terá lugar na cidade de Évora entre o 19 e o 23 de Setembro, se quererdes mais informação ao respeito poderdes consultar aqui o site do Congresso: SEAC 2011

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Para Neanderthais Nós


Uma Investigação genética confirma que os não africanos são em parte Neanderthal 

Univ. de Montreal, Novas
18/07/2011

Alguns dos cromossomas X humanos têm origens Neandertais e encontrasse exclusivamente em pessoas fora da África, segundo uma equipa de investigação internacional liderada pelo Dr. Damian Labuda do Departamento de Pediatria da Universidade de Montreal e do CHU Sainte-Justine Research Center. A investigação foi publicada na edição de julho de Molecular Biology and Evolution.

"Isto confirma achados recentes que sugerem que as duas populações se cruzaram", diz o Dr Labuda. Sua equipa põe o momento em tudo bom contacto íntimo criou estes laços familiares muito cedo, provavelmente na encrucilhada do Oriente Meio".



O Neandertal, cujos ancestrais deixaram a África perto de 400.000 a 800.000 anos, evoluiu no que é hoje, França, Espanha, Alemanha e Rússia, e acha-se que viveu até perto de 30 mil anos. Os primeiros seres humanos modernos deixaram a África uns 80.000 a 50.000 anos atrás. A questão na mente de todos sempre foi se o homem de Neandertal fisicamente mais forte, que possuíam o gene da linguagem e pode mesmo ter tocado a flauta, era uma espécie diferente ou poder-se-ia cruzar com humanos modernos. A resposta é sim, os dois viviam em estreita associação.

"Ademais, pelo feito de que o nosso método fora totalmente independente do material Neanderthal, podemos concluir também que os nossos resultados anteriores não foram influenciados por restos contaminados", acrescenta o Dr Labuda.


O Dr. Labuda e a sua equipa tinham identificado, há quase uma década, um pedaço de chamado haplótipo) no cromossoma X humano que parecia diferente e cujas origens questionaram. Quando o genoma Neanderthal foi sequência em 2010, em seguida compararem 6.000 cromossomas de todas as partes do mundo para o haplótipo Neanderthal. A sequência de Neanderthal estava presente a povos de quase todos os continentes, exceto a África subsaariana, e incluía a Austrália.

"Há pouca dúvida de que este haplótipo está presente a causa do aparecimento dos nossos devanceiros e os neandertais. Este é um resultado muito bom, e uma análise mais aprofundada pode ajudar a determinar os detalhes", diz o Dr. Nick Patterson, do Instituto Broad do MIT e da Universidade de Harvard, um investigador importante na estudo dos ancestrais da humanidade que não estava involucrado neste estudo.



Labuda e os seus companheiros foram os primeiros em identificar unha variação genética em não africanos que era provavel que tivesse vindo duma povoação arcaica. Isto foi feito inteiramente sem a sequência do genoma Neanderthal, pero á luz da sequência do Neanderthal, é agora claro que eles estavam absolutamente certos ", acrescenta Dr David Reich, geneticista de Harvard Medical School, um dos principais pesquisadores do projeto Genoma Neanderthal

Assim pois, especúla o Dr Labuda, fazer estas trocas possivelmente contribui ao nosso sucesso em todo o mundo? "A variabilidade é muito importante para a supervivência a longo prazo duma espezie", diz Labuda: "Cada engadido ao genoma pode ser enriquecedor".



Referencia

-Yotoba, V. et alii,"An X-Linked Haplotype of Neandertal Origin Is Present Among All Non-African Populations" MBE 28/7 pp. 1957-1962   DOI: 10.1093/molbev/msr024


Postagem relacionada:  O mundo Simbólico Neanderthal

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Morre o Professor Pierre Carlier


Na noite entre o Domingo e segunda-feira morreu Pierre Carlier, prof. na Universidade de Paris-Nanterre, especialista em Historia da Grécia Antiga, a carreira e a produtividade intelectual deste helenista levouno a se ocupar dos mais diversos campos na sua disciplina desde um específico como a Micenologia e a proto-historia do Egeu, até o mundo a época de Alexandre Magno e o posterior mundo helenístico, prestando especial atenção no primeiro a figura de Demóstenes a que dedicou um livro (Démosthène, Paris, Fayard, 1990). 

Quando o vim por primeira vez fora precisamente numa Palestra sobre a Batalha de Queronea (A Propós de Queronée) alo pelo ano 1995, sendo ainda estudante de primeiro ano da carreira, e pudeno volver a escuitar anos depois num Simpósio Internacional sobre a figura do Príncipe Herdeiro no mundo Helenístico do que saírem as Atas depois num número de Gerión, e onde amavelmente o meu diretor de tese mo apresentara pessoalmente num dos descanso

Resultado do seu extenso eido de estudo foi assim mesmo a sua monografia sobre a Realeza grega pre-helenística (La Royauté en Grèce avant Alexandre, Strasburgo, 1984) autentica obra de referencia sobre o tema nos levava desde os assentamentos do Neolítico de Tesalia, passando pela época palacial e postpalacial, e desgranando as sutilezas e complexidades do sistema político-administrativo presentes no vocabulario micénico, ou no sentido alem já dele tiverom termos como "basileus" na Idade Escura e Arcaica, e repassava ato seguido as distintas monarquias ao longo do mundo grego continental e colonial

Recentemente Akal vinha de editar a tradução ao espanhol -da que também saiu versão portuguesa há pouco- duma monografia sua adicada a Homero publicada originalmente em Paris em 1999, e está ainda em preparação um avolumem em Homenagem que será editado na França, e que por desgraça o Prof. Carlier já não poderá ver em vida.   Sit tibi terrae lebis

Monte do Senhorito - Segunda semana de escavações


Resultados da segunda semana de escavações no sítio arqueológico do Monte do Senhorito, próximo ao conhecido Castro de Armeã, que está levando a cabo este mês o Laboratório Arqueológico da Universidade de Vigo (LAUV) nas que o possível santuário galaico-romano já vai apanhando algo mais de forma.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

LUGARES, TEMPOS, MEMORIAS



XII Congresso de Antropologia 

Lugares, Tiempos, Memoria
La Antropologia Ibérica en el siglo XXI

6-9 Setembro 2011
Onde: Leão,


O próximo Congresso de Antropologia convocado pola Federação de Associações de Antropologia do Estado Espanhol (F.A.A.E.E) estará organizado pola Associação de Antropologia de Castela e Leão, Michael Kenny e celebrara-se em Leão do 6 ao 9 de Setembro. 

A continuação deixámos-vos aqui debaixo o programa


Programa





+ INFO no site do:  XII Congreso de Antropologia

sexta-feira, 22 de julho de 2011

14º Congresso Internacional de Estudos Celtas em Maynooth


O próximo mês de agosto celebrara-se em Maynooth, Irlanda, a XIV edição do Congresso Internacional de Estudos Celtas, do qual vos deixamos aqui o programa coas sessões das que vai constar: 




segunda-feira, 18 de julho de 2011

Congresso de Arqueologia de Vilalba 2011




Dia 20 quarta feira

9:30 - 11:00 Recepción y recogida de documentación.

11:00 - 11:15 Inauguración del Congreso. 

11:15 - 11:35 Sesión 01. Arqueometría y Metodología. 
-USCAN3D: Optimización de recursos y minimización de costes en el escaneado 3D de bienes patrimoniales. J. Ortiz Sanz; M. Gil Docampo; S. Martínez Rodríguez; M.T. Rego Sanmartín; J. Rodríguez Pallas.

-Marisqueo, pesca y forja en el Castro de Punta Atalaia (San Cibrao, Lugo): Avance de resultados del conchero. E. González Gómez de Agüero; V. Bejega García; C. Fernández Rodríguez; J.C. Álvarez García. 

-Estruturas arqueolóxicas: Estratexias metodolóxicas das Ciencias da Terra (O Castro Pequeno de Neixón). M, Costa Casais; J. Kaal; X.M. Ayán Vila; R. Rebeca Tallón Armada; A. Martínez Cortizas. 

11:45 - 12:05 Debate Sesión 01.
12:05 - 12:30 Pausa-café. 


12-30 - 13:20 Sesión 02. Sociedades de Cazadores-Recolectores.

-El paleolítico antiguo en la región cantábrica: un estado de la cuestión. D. Álvarez- Alonso.

-Nuevos hallazgos inferopaleolíticos en el Área Cantábrica Lucense. I.J. Senín Fernández; E. Ramil Rego. 

-El Paleolítico inferior y medio en el Interfluvio Riaza - Duratón (Segovia, España). D. Álvarez-Alonso; M. de Andrés Herrero. 

-La secuencia estratigráfica magdaleniense de la Cueva de Coímbre (Peñamellera Alta, Asturias, España). D. Álvarez-Alonso; Á. Arrizabalaga Valbuena; J.F. Jordá Pardo; J. Yravedra Sainz de los Terreros.

-Propuesta metodológica para el estudio de los raspadores del Paleolítico superior. E. Ramil Rego 

13:20 - 13:50 Debate Sesión 02. 
14:30 - 16:00 Comida de trabajo. 

Día 21, quinta feira

10:00 - 11:00 Sesión 03. Primeras Sociedades Campesinas y Megalitismo. 

-Los primeros campesinos del Cantábrico: una revisión de la información disponible y de los modelos propuestos. M. Cubas; M.Á. Fano.

-Las láminas simples de sílex de la Prehistoria Reciente del entorno de la Sierra de Atapuerca (Burgos) ¿Fracturación postdeposicional, por uso o intencional? F.J. Marcos Sáiz. 

-La estación de arte rupestre esquemático “Abrigo Remacha” en el Barranco del Río Duratón (Segovia). L.M. Cardito Rollán; M. de Andrés Herrero. 

-Cadencia de colmatación de fosos en el “enclosure” calcolítico de “El Casetón de la Era” (Villalba de los Alcores, Valladolid). M. Crespo Díez; J. Delgado Iglesias; G. Delibes de Castro; J.A. López Sáez; J.A. Rodríguez Marcos. 

-Avance al estudio de los Petroglifos de Peña Fadiel (Filiel, Lucillo de Somoza, León). N. Cortón; F. Carrera; A. de la Peña; A. Neira; F. Bernaldo de Quirós. 

-Modelado 3D de una estación completa de petroglifos mediante escáner fotogramétrico de bajo coste: Pena de Chaos (Antas de Ulla, Lugo). J. Ortiz Sanz; M. Gil Docampo; G. Meijide Cameselle; S. Martínez Rodríguez; M.T. Rego Sanmartín. 

11:00 - 11:30 Debate Sesión 03. 
 11:30 - 12:00 Pausa café. 


12:00 - 13:20 Sesión 04. Edad del Hierro y Protohistoria. 

-La Edad del Hierro en el Occidente Cantábrico: De la Cultura Arqueológica al Grupo Arqueológico. C. Marín Suárez. 

-Redescubriendo o Castro Pequeno de Neixón (Boiro, A Coruña). Nuevos resultados de la campaña arqueológica de 2008. X.M. Ayán Vila; M. Costa Casais; R. Tallón Armada; R.M. Rodríguez Martínez; M.A. Franco Fernández. 

-Documentación de castros mediante escáner fotogramétrico de bajo coste: El Castro de -Formigueiros (Samos, Lugo, España). M.L. Gil Docampo; J. Ortiz Sanz; G. Meijide Cameselle; S. Martínez Rodríguez; J. Rodríguez Pallas. 

-Releyendo el pasado: nuevos resultados de la última intervención en el Castro de Vigo (Vigo, Pontevedra). M. González Méndez; R. Blanco-Rotea. 

-A Arracada de Suegos (Pol, Lugo). A. Balseiro García; O. Carnero Vázquez. 

-Una posible Factoría Prerromana en el Noroeste. Primeras valoraciones de la intervención en el Campo de A Lanzada (Sanxenxo, Pontevedra). R.M. Rodríguez Martínez; R. Aboal Fernández; V. Castro Hierro; C. Cancela Cereijo; X.M. Ayán Vila.

-¿Hachas, mazas o martillos? Un lote de percutores líticos en el extremo occidental de la marina asturiana. V. Álvarez Martínez; G. Pajares Borbolla. 

13:10 - 13:40 Debate Sesión 04. 
14:30 - 16:00 Comida de trabajo. Dia 22, sexta feira 


16:30 - 17:30 Sesión 05. Época Romana. 

-La romanización en el Occidente Cantábrico: De la violencia física a la violencia simbólica. C. Marín Suárez; D. González Álvarez.

-El poblamiento rural romano en Galicia. Resultados preliminares. E. Carlsson-Brandt Fontán. 

-La castrametación romana en el Noroeste Peninsular: Algunos apuntes para su estudio. J.M. Costa García. 

-¿Un nuevo establecimiento militar romano en la asturia transmontana? El Picu Viyao (Piloña, Asturias). D. González Álvarez; V. Álvarez Martínez; J.I. Jiménez Chaparro; A. Menéndez Blanco; J. Colloto Montero. 

-A mineração em Época Romana no Concelho de Vila Verde (Braga, Portugal). C.M. Braz Martins; V.M. Fontes Silva; A.C. Gomes Braga. 

-Mineração e metalurgia do ferro em Trás-os-Montes (Norte de Portugal) na Época Romana. F. Sande Lemos; C.M. Braz Martins. 

-Santa Eulalia de Bóveda y el Castro de Corvazal: Una aproximación al estudio arqueológico de lo próximo. E.J. Montenegro Rúa. 


17:40 - 18:10 Sesión 06. Otras Temáticas. 

-Castelos Medievais de Penafiel (Portugal). Maria José Santos. 

- Pesca y marisqueo en el Yacimiento de Area (Viveiro, Lugo). V. Bejega García; E. González Gómez de Agüero; C. Fernández Rodríguez. Valoración de resultados de La revalorización y musealización del Castro de Vigo (Vigo, Pontevedra). M. González Méndez; E. Rodríguez Sáiz. 

18:10 - 18:40 Debate Sesión 06 y 07. 
 18:40 - 19:00 Pausa café. 

19:00 - 19:30 Sesión 07. Pósteres. 

-Reconstrución paleoambiental da colmatación dunha salina de época romana (unidade 2, parcela P3-6, Rosalía de Castro, Vigo). R. Tallón Armada; M. Costa Casais; T. Taboada Rodríguez; L. López Merino; A. Martínez Cortizas.

-El escáner fotogramétrico de bajo coste en la documentación de motivos de interés arqueológico. S. Martínez Rodríguez; J. Ortiz Sanz; M. Gil Docampo; M.T. Rego Sanmartín; J. Rodríguez Pallas. 

-El material constructivo latericio en el Campamento Romano de Cidadela (Sobrado dos Monxes, A Coruña). Campaña de 2010. E. Carlsson-Brandt Fontán. 

-Teledetección terrestre aplicada a motivos arqueológicos. Procesado digital de imágenes. M.L. Gil Docampo; J. Ortiz Sanz; S. Martínez Rodríguez; M.T. Rego Sanmartín. 

- Modelos de xerarquización territorial na Civitas Qvarqvernorum. M.X. Vázquez Mato. 

-Arqueoloxía no Museo Provincial de Lugo. A. Balseiro García.

19:30 - 20:00 Debate Sesión 07.

20:00- 20:30 Clausura Congreso.
 20:30 - 22:00 Fiesta de clausura.


Mais Informação no site do Congresso:  Arqueoloxia.org

Excavação no Monte do Senhorito, Armeã


Primeiros resultados da primeira escavação no sitio do Monte do Senhorito perto do Castro de Armeã (Ourense, Galiza), realizadas pelo Laboratorio de Investigação Arqueológica da Universidade de Vigo (LAUV) durante este mes, no que estam desenterrando as estruturas do que puidera ser um santuario galaico-romano.
 

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Arqueologia e Desenvolvimento - Simposio


Dizia vai anos a Canção daquele grupo vigues "E menos mal que nos queda Portugal", no pais vizinho alguns interessam por entender como o Património é um "bem" do que se valer para o desenvolvimento local, mentres por desgraça a este lado do Minho a Ideia mais geralizada das relações entre Patrimonio Histórico, Arqueológico, Artístico e Natural, Paisagístico e Cultural coDesenvolvimento segue a ser ainda a duma relação -fundamentalmente- de tipo "depredatório". 
Nesta  ideia de "um outro Patrimonio possivel" está este simposio de Amezeís que escomeça nuns dias

terça-feira, 12 de julho de 2011

As "Pegadas do Encanto" - Os podomorfos de Ançãs

Hoje mesmo a associação MarinhaPatrimonio vem de comunicar-nos o achádego dum grupo de petroglifos podomorfos, que trás do conseguinte avisso e inspeçao pelos tecnicos de Patrimonio da Junta, pasou foi incluído no inventario de jazigos arqueológicos coa Direçao Geral do Património, co nome de “As fádegas- as pisadas do Encanto” e coa clave GA 27051023, convertendo-se no primeiro petróglifo atopado em Ribadeo e o primeiro podómorfo da Marinha luguesa.

Este novo conjunto está formado por 11 pegadas de pé e duas possíveis covinhas. Os petroglifos atoparom-se no lugar de As Ançãs, nos lindeiros duma horta de produção ecológica, coñecida como As Fádegas, nun velho caminho perto do rio Grande ou Alesancia que ía dende as Anzas até Salcedo. As insculturas recebem o significativo nome de “As pisadas do encanto”, contando-se uma lenda ao redor da moura que lhes dera origem:
 
"Segundo reco-lhe a lenda, numa gram rocha à beira do rio habita um Encanto, unha moça fermosa e loira que deixou as pegadas dos seus pés na laje do caminho. Polo Sam Joán a moça aparécese-lhes aos que passam por ali amossando a sua fermosura e mai-los seus tesouros assí como unha galinha coa súa rolada de pitos de ouro. A beleza da moça ou a cobiça do ouro, fai que a gente se achegue à rocha , o que provoca o seu encantamento , ficando para sempre no interior da rocha."
 

quinta-feira, 7 de julho de 2011

HOMENS OU DEUSES?

Manhã as 11 inaugurasse no Museu Arqueológico Regional de Madrid, sito em Alcala de Henares a exposição, "¿Hombres o Dioses?, una nueva mirada a la escultura del mundo ibérico", na que se plantea uma interpretação da escultura do levante peninsular entre o VI e o II século A.C