quinta-feira, 30 de junho de 2011

Os petróglifos esquecidos da Airoã

La Voz de Galicia Monforte
29/6/2011

Em todo o município de Chantada só foram catalogados até agora dois conjuntos de petróglifos. Um deles -a Pena das Mentiras, na freguesia de Vilaúxe- já é conhecido desde há bastante tempo. O outro está ubicado na localidade da Airoá, na freguesia de Pesqueiras, e foi inventariado por Património no 2009. Este último grupo de insculturas rupestres, não obstante, segue sendo desconhecido inclusive para os vizinhos das cercanías.

Os petróglifos de Chantada estão sendo estudados por Begoña González, licenciada em história da arte que cursa um mestrado de arqueologia e realiza uma investigação sobre os gravados rupestres do sul lucense. Segundo explica, «os petróglifos da Airoã estão entre os menos conhecidos e nem sequer os arqueólogos que trabalham habitualmente nesta zona tinham novas de eles».

Os gravados, acrescenta González, apresentam um desenho que permite enquadrá-los aproximadamente entre o terceiro e o segundo milénio antes da era actual, um período que corresponderia ao Calcolítico ou Idade do Bronze. Consistem em incisións redondas, do tipo conhecido como covinhas ou caçoletas, que se combinam com sulcos rectilíneos profundamente talhados na rocha. As inscrições estão repartidas em dois penhascos situados a poucos passos um do outro e a uns trezentos metros das habitações de Airoã.

Begoña González opina que no município de Chantada devem de existir mais conjuntos de petróglifos que nunca foram inventariados. «Se existem estes grupos em Airoã e Vilaúxe, o normal é que haja mais por estas zonas, mas para localizá-los haveria que fazer um rastreo prolongado pelas freguesias e ir perguntando aos vizinhos que possam saber onde há penhascos com gravados», assinala. «Aqui ninguém se preocupou ainda de fazer buscas como as que realiza em Sober a associação cultural O Colado do Vento, que já alcançou descobrir bastantees petróglifos nos últimos anos», agrega.

A investigadora tem previsto seguir trabalhando sobre o património prehistórico destas comarcas e contribuir à catalogación dos elementos que estão sem inventariar. «Pretendo estudar não só os petróglifos de Chantada e de outros municípios da zona, senão também mámoas e castros que seguem sendo muito pouco conhecidos», afirma.


Ir a nova original: La Voz

Sem comentários:

Enviar um comentário