sábado, 20 de junho de 2009

De porque os indoeuropeus te somos "a-normais"

Porque  os indo-europeus não podem ser gente normal?, essa é uma boa questão, certamente, a da tão traída excecionalidade do "indo-europeu", ou de porque quando algo te é indo-europeu, por definição, e ao mesmo tempo privativo único, intransferível, e por em diferencial dos próprios indo-europeus.

A um da-lhe a impressão de cote de que os indo-europeus certamente te eram gente muito rara, ou ao menos peculiar, um tem certamente a imagem algo moída, e remoída, desses Centauros, mais que do deserto da estepe, por concessão fordiana, ao mito; campeadores e ainda um pisco etnocidas as vezes, imbuídos da consabida ideologia guerreira-guerreira, demasiado guerreiro, tricastados social ou, salve-nos o eufemismo, "meramente" no ideológico.

Ideológica e por em inata, case que predestinaria, -mente, como se estas gentes, se tal for, nunca tiveram passado, ao menos ideologicamente, pelo paleolítico, o mesolítico ou o neolítico, por pôr um caso, e que nos sempre lhe fomos assim, ho, eis o "eterna constante" imanente do "Feito Difencial Indo-europeu?, e a que lhe caiu certamente a todo um lord Renfrew, digamos que falo do Colin, por tentar introduzir o tempo e cecais a evolução social na atemporalidade do topos indo-europeu.

Pouco importa que não existam provas dessas migrações pistoletaço, como sobre as chairas do Oregão farwesiano, escassas de provas, paralelos ou adequação demográfica mesmo, dos proto-indo-europeus, pouco importa, as vezes, que essas reconstruções do passado, o saibamos muito bem, fizeram parte do imaginário fundacional, e justificante, das grandes ocupação coloniais do XIX, pouco importará cecais que isso seja tão comum as mistificação poéticas de um Carduci como a certos modelos de dispersão linguística mais filológicos já que literários, por mas que este se base a sua vez como modelo exemplar em umas Volkerwanderung germanas que, sejamos realistas, nos deixaram uma boa dose de países romanico-falantes, na sua imensa maioria, antes que outra coisa.

Um encontra de cote nestas questões a impressão do enorme circo reiterativo onde as conclusões sobrepõem-se aos dados e estes a sua vez as premissas do a priori inicial numa sinergia algo autarcica para o meu gosto. E isso e cecais porque os indo-europeus somos raros, porque nós sós, só pensamos de uma maneira indo-europeia, na que os demais não podem pensar, nem pensaram, porque temos uma estrutura social é uma cosmologia tão especifica, que de não resultar muito humano, demasiado humano mesmo resultaria um pisco "extraterrestre".

Pouco importa cecais que alguns tenham comentado como Haudry que cecais não somos tão tri- como duo-funcionais, ou alguns outros pensaram que ate em isso pudera ter-te um aquele neolítico (Olstem) e que finalmente alguns outros -excêntricos falem inclusive de subsumir tudo isso numa categoria mais ampla como as "Archaic Cosmologies" de Emily Lyle. Mas cecais isto, ser normal, a fim de contas, se de a indo-europeus nos referimos, é-te ainda, tal vez, mais "raro" da conta do que é esperavel.


Uns artigos interessantes sobre o tema: 

Freu, Jacques: «Les Indo-Europeens et l´Indo-Europeen : Essai de mise au point» Res Antiquae   PDF

Ballester, Xaverio (2004): «Centauros de la Estepa», conferencia proferida o 3 de marzo de 2004 no Salão de Grados de la Faculdade de Geografía e Historia de la Universidade de Valencia nas XIX Jornadas de Estudios Clásicos. Recolhido em (2006): Zoónimos Ancentrales. Generalitat Valenciana. Valência. Texto disponivel em  PDF



Sem comentários:

Enviar um comentário