quarta-feira, 29 de julho de 2009

III Congresso Transfronteiriço de Estudos Celtas


III CONGRESSO TRANSFRONTEIRIÇO DE  
ESTUDOS CELTAS

6-7 de Agosto de 2009
Salão de Atos do Museu de Ortigueira


PROGRAMA

Dia 6 de agosto

9:30 hrs. Inauguraçao

10 hrs. EL MUNDO CELTA EN LA LENGUA Y LA LITERATURA.

Intervem:

Dr. Ramón Sainero Sánchez. Dir. do Instituto de Estudos Celtas. UNED.
 Pasado y presente de la leyenda de Mil de España.

Dr. Juan Luis García Alonso. Universidad de Salamanca.
Huellas célticas en los testimonios lingüísticos prerromanos del oeste peninsular.

Dr. Francisco J. Rodríguez Mesa. Universidad de Córdoba.
La mitología celta en Tristán e Iseo.

Dª. Ioana Ionita. Investigadora UNED.
La Dama del Lago en la tradición del Occidente Atlántico.

COLÓQUIO

12 hrs. Descanso

12.30 hrs. Dr. Ignacio Velázquez. UNED.
 Jean Cocteau y Merlín: Los caballeros de la Mesa Redonda.

D. Ramón Loureiro. Periodista y articulista de la Voz de Galicia.
A Galicia de Merlin no meu imaginario

Dr. Rubén Jarazo Álvarez. Universidad de A Coruña.
El estrato céltico en la obra del dramaturgo irlandés Lord Dunsany.

Dª. Celia Ruiz. Investigadora.
El mundo invisible en la literatura celta.

COLÓQUIO


16.30 hrs. ESTUDIOS HISTÓRICOS Y ETNOLÓGICOS

Dra. Fátima Lobo. Universidad de Braga (Portugal).
Análise psicossocial do culto do sol e da água no Município de Ponte da Barca.

Dr. Fernando Alonso Romero. Universidad de Santiago.
La viga de oro: origen y significado en el folclore gallego.

Dª. Mª. Victoria Díaz Castañeira. Periodista.
Estudios históricos y etnológicos de la leyenda de la “Atlántida” de Bares.

18 hrs. Descanso

18: 30 hrs. Dr. Domingo Esteban Gómez. Universidad de A Coruña.
Enfermedades de la civilización y enfermedades del hombre improntas en la dinámica organizativa y mitológica celta.

Dr. Jaime Ferreri. Investigador (Ponte da Barca, Portugal).
Ponencia: O Ementar às Almas no período da Quaresma em Bravães, concelho de Ponte da Barca – Portugal

Dra. Antonia Sagredo Santos. UNED.
La herencia celta del Occidente Altántico: las Islas Británicas y España.

D. Narciso Luaces. Director del Museo Etnográfico de Meixido. 
Orígenes y evolución de la casa rural gallega.

COLÓQUIO.

Dia 7 de agosto

9.30 hrs ESTUDIOS HISTÓRICOS Y ETNOLÓGICOS.

D. Alberto Vera Meizoso. Investigador.
Reflexiones en torno a las primeras embarcaciones de mimbre cubiertas con piel de buey

Dra. Adriana Zierer: Universidad de San Luiz (Brasil).
Do Caldeirão da Abundāncia à Crisitianizaçao do Graal nas Fontes Medievais.

D. Rafael López Loureiro. Investigador.
Las luminarias de la Candeloria.

Dr. Liborio Hernández Guerra. Universidad de Valladolid.
La diosa Epona en la Península Ibérica. Culto e Iconografía.

COLÓQUIO

12. hrs Descanso

12.30 hrs. Profesor J. Maia Marques. Universidad de Braga (Portugal).
Subsidios para o estudo das populações Pré-Romanas do Noroeste – Grovios e Celtas.

D. CarlosNúñez. Investigador.
El diseño celta. Grafismo y la simbología en la sociedad de consumo.

D. Marcial Tenreiro Bermúdez.Universidade de A Coruña.
Sacrificio, fundación y delimitación: etnoarqueología de un ritual en la Hispania céltica.

D. Pedro Moya. Universidad Complutense (Madrid).
Las luchas célticas en la historia prerromana: testimónios clásicos, históricos y etnográficos.

COLÓQUIO

16.30 hrs. LO CELTA EN EL CONTEXTO HISTÓRICO Y CULTURAL

Dra. Pilar Fernández Uriel. UNED.
En torno al ritual del muérdago. Significado y simbolismo.

Dr. Felipe Senén. Museólogo.
Arqueología y mitología del oro “céltico”.

Dr. Bernd Dietz Guerrero . Universidad de Córdoba.
David Jones y la actualización de lo céltico.

COLÓQUIO.

19. 30 hrs. ENCERRAMENTO.


sábado, 4 de julho de 2009

Pura iconografía

Há uma película de série B dos anos 70 intitulada "O mundo nas suas mãos", que de não errar-me muito a memória tratava algo sobre viagens no tempo ao futuro, e que não sei porque se me veu a cabeça ao ver esta imagem da parte baixa dos pés do Hermannbild, que poderíamos denominar "o império aos seus pés" -baia exis podal- na que aos próprios do Arminio nos aparecem estrados, mais que deitados os símbolos do poder romano, tanto militar (os estandartes) como político (os fasces). 
É interessante que esta colossal estátua em honor do herói fundacional da germanidade, feita no XIX, não se sufragou só com capital alemão se não também procedente de outros países centro-europeus, como Bélgica, que viam nele um símbolo de oposição vitoriosa a outro império mais próximo, o napoleónico, toda uma declaração de princípios certamente a traves de uma amostra de pura iconografia ao serviço de interesses ideológicos. Para que logo se fale de "viagens no tempo"


sexta-feira, 3 de julho de 2009

2009 Bimilenario da Derrota de Varo


"Varo, devolve-me as minhas legiões!"
(atribuída a Augusto) 
 Mas como poderia ocorrer este desastre a um Império no cume do seu poder? Quem era o príncipe dos Cheruscos, Arminio, que venceu o comandante Varo, em uma forma tão desastrosa?. Como poderia um guerreiro germano novo, um oficial ao serviço de Roma, por a uma super-potência a seus gionlhos?. E como transformou-se no herói nacional alemão? E finalmente: Que consequências políticas têm esta derrota para a história da Europa e da Germania?

Exactamente 2000 anos após a derrota do Romanos, conheçida também como Batalha da fraga de Teutoburgo, as respostas a estas perguntas estão sendo dadas ao público geral. De 16o Maio ao 25o de Outubro de 2009 celebrar-se-á o projecto de exibição IMPERIUM KONFLIKT MYTHOS nos nos locais originais dos eventos históricos, Haltern am See, Kalkriese e Detmold.  O projecto está sob o patronage da chanceler federal, Dr. Angela Merkel, o presidente do Parlamento europeu, Prof. Dr. Hans-Gert Pöttering e ministros principais do Rhin-Westphalia e da Baixa Saxónia, Dr. Jürgen Rüttgers e Christian Wulff.

Do 14 ao 18 de setembro 2009 pesquisadores do mundo inteiro encontrar-se ham em Osnabrück para considerar as perguntas da pesquisa da paz e do conflito no arqueologia. A universidade de Osnabrück, o goberno d cidade de Osnabrück e o Academia das ciências de Gotinga serão os organizadores do congressoSob o título “Roma - Imperium entre a resistência e a integração” os pesquisadores estarão discutindo as estratégias do poder de Roma ocupando-se das sociedades sujeitas a ela na Europa antiga do período imperial Romano, tratando entre outros assuntos estará sob os efeitos na política e a economia, estrutura social e religião dessas regiões. 

Uma série de palestras públicas acompanhará o programa do congresso de outubro 2008 a junho de 2009 co título de “Os Romanos e as Tribos Germanas no noroeste da Germania”. A série será organizada pela universidade de Osnabrück na cooperação com a cidade de Osnabrück


+INFO no site de: Imperium Konflikt Mythos

quarta-feira, 1 de julho de 2009

O Sol sobre Segeda - Possivel santuario celtibero


Santuário Celtíbero na Bisbarra
de Calataiud

Estudos combinados de arqueologia e astronomia revelam que uma plataforma de grandes pedras encontrada no jazigo de Segeda (Mara, Saragoça) servia para celebrar cerimónias rituais no solstício de verão faz 2.200 anos

O jazigo de Segeda, entre Mara e Belmonte de Gracián, na comarca de Calataiud, pode arrojar a partir de agora uma luz importantíssima envelope esta feição do nosso passado. A equipa de investigação que trabalha no enclave, combinando disciplinas aparentemente tão afastadas como a arqueologia e a astronomia, acaba de chegar à conclusão de que uma plataforma monumental de pedra encontrada faz em uns anos no jazigo se trata em realidade de um santuário celtibero Um santuário no que se celebrava alguma cerimónia ritual no solstício de verão. ?É o primeiro santuário construído pelos celtiberos que se descobre na Península Ibéria? assinala Francisco Burillo, diretor da equipa de investigação, que apresentou ontem os resultados-, porque o único que se conhecia até agora, o de Peñalba de Villastar, é natural?.

Ficção ou realidade?. Para Gabriel Sopeña, especialista nos celtiberos, a sua religião e ritos funerários, o achádego resulta muito plausível. Os pesquisadores sempre somos cautos, e logicamente há que realizar mais estudos e comprovações. Mas a ninguém lhe pode estranhar que em Segeda se fizesse algum tipo de festa ou cerimónia no solstício de verão. Os celtiberos contavam o tempo por noites, e não por dias, mas isso não significa que não veneraram ao sol, acrescenta Sopeña, que não faz parte da equipa-. Tinham uma festa muito importante, a da colheita, Lugnasadh, consagrada a um deus que se adorava em todo o âmbito céltico, desde Irlanda a Peñalba de Villastar, o deus Lug. Sabemos que para eles os solstícios e equinócios eram muito importantes, e que tinham ritos e celebrações para essas datas.

Por conseguinte, Segeda pode passar à história como o primeiro sítio onde se descobre um santuário construído pelos celtiberos Mas, como se chegou a um achado de tal envergadura?

Tudo começou em 2003, quando a equipa de arqueólogos que trabalha no jazigo de Segeda deu com uns vestígios que em seguida chamaram a sua atenção. Tinha-se solicitado uma mudança de cultivo em um dos campos e, embora se encontrava fora do recinto da cidade, decidiram realizar umas provas para ver que tinha embaixo. Encontraram um basamento de quase quatro metros de largura e pensaram que se tinham topado com os restos de um fortim ou construção defensiva.

Em 2004 realizou-se uma escavação e os resultados começaram a ser intrigantes. Dois muros de grandes dimensões, com uma longitude conservada de 10 e 16,6 metros respetivamente, e só dois filadas de altura; construídos com grandes selares de gesso, alguns a mais de 500 quilos de pesso. O ângulo de união desses muros não era reto, senão de 130 º, algo verdadeiramente incomum; e, ademais, o espaço entre ambos muros estava recheado com uma plataforma contínua de lousas de gesso e caliça. Os muros e enlousados foram nivelados e cobertos, à sua vez, por uma plataforma de tijolos de 32 por 64 centímetros.

Que sentido tinha uma plataforma de 300 metros quadrados de superfície, elevada, monumental, de planta irregular e fora da cidade? Os pesquisadores lançaram-se a procurar paralelos e não encontraram nada igual em toda Europa Ocidental. De modo que concluíram que se tratava de uma construção de caráter social, religioso ou comemorativo, sem mais, e continuaram os trabalhos.

Foi Martín Almagro Gorbea, que estudava o aljube monumental de Bibracte (França) e o seu relacionamento com a paisagem e a astronomia, quem alertou da necessidade de realizar um estudo arqueoastronómico. De modo que a equipa de investigação contactou com Manuel Pérez Gutiérrez, professor de Astronomia, Geodesia e Cartografia da Universidade de Salamanca, que se deslocou no final de abril passado ao jazigo a tomar todo o tipo de fotografias e medições.

Pérez viu que a bissetriz do ângulo de 130 º se alinhava com o cerro da Atalaia, uma meta destacada da paisagem. E procurou mais. Com a ajuda de vários programas informáticos reconstruiu a situação astronómica do céu no ano 200 dantes de Cristo, data aproximada de construção da plataforma, e viu que a bissetriz não só apontava ao cerro da Atalaia, senão que também marcava o solstício de verão, o dia mais longo do ano, que no 200 a. de C. era o 26 de junho.

Visto assim, tudo parecia muito bonito, mas fazia falta a comprovação. De modo que no passado domingo (21 de junho, solstício de verão atual) a equipa de investigação de Segeda foi-se a última hora da tarde ao jazigo. Quando chegámos se me caiu um pouco a alma aos pés ?recorda agora Francisco Burillo-. O sol estava bastante afastado do alinhamento? Mas pouco a pouco foi acercando-se até que, às 21,20 o sol se colocou em cima da cimeira do cerro da Atalaia e, em quatro ou cinco minutos, desapareceu. “Foi algo impressionante, um momento mágico”