sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

A Mulhern na Pré-História


A MULHER NA PRÉ-HISTÓRIA

Quando: 8 Março
Onde: Campolameiro


Coincidindo co Dia Internacional da Mulher que terá lugar o dia 8 março o Parque Arqueolóxico da Arte Rupestre organiça uma visita guiada baixo o titulo A Mulher na Pré-história, Igualmente durante esse dia as mulheres terão entrada gratuita no parque. As vagas são limitadas sendo recomendável fazer reserva


O Parque Arqueolóxico da Arte Rupestre situa-se num dos conjuntos mais importantes de arte rupestre da pré- e proto-historia da Galiza e a Europa.


+INFO no site do: PAAR

Pré-historia do Alto Ribatejo - Palestra



O proximo sabado dia 1 de Março decorrerá a partir das 5 da tarde no Centro Cultural de Vila Nova da Barquinha uma palestra inttitulada a Prospeção ao Estudo de Materiais. Contributo para o estudo da Pré-História do Alto Ribatejo, impartida pela arqueologa Joana Carrondo.


quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Arqueologia da Desigualdade - Simpósio


Inequality in Antiquity
Tracing the Archaeological Record

Quando: 5-6 Abril
Onde: Buffalo


A divisão social e política das comunidades era uma complexa e comum feição comum das civilizações do passado ao longo de tudo o mundo. Em muitas culturas antigas houve várias estratégias de discriminação: pessoas livres vs escravos, categorias baseadas em género e idade, concentração dos recursos e exclusão económica. Os arqueólogos, perguntam-se de cotio tais estruturas de desigualdade se fazem visíveis tais através do registo material.;


Onde elas são mais visíveis, como pudemos interpretar o seu significado para as comunidades marginalizadas que documentam? Até agora, nenhum simpósio abordara em conjuntos estes diversos aspetos, mas uma abordagem arqueológica interdisciplinar com base em estas questões poderia de feito ser especialmente produtiva.


O principal objetivo do simpósio Inequality in Antiquity Tracing the Archaeological Record é apresentar as metodologias desenvolvidas na análise das desigualdades antigas e oferecer assim mesmo uma ampla gama de estudos de caso. Sabemos que na Antiguidade, havia homens e mulheres, homens livres e escravos, moradores e imigrantes, e através do registo arqueológico podemos observar algo da sua existência.


O problema metodológico central é como é que podemos extrair um significado mais amplo a partir dos restos arqueológicos sobreviventes desse passado e relacionar esses significados com questões de género, status legal e étnica, e outras categorias de desigualdade potencial.


  Resumos



+INFO no site do: IEMA

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Espadas, Águas e Mouros - duas Lendas


Dentro do projeto Palavras de Pedra do Instituto de Ensino Secundario Marco do Camballóm de Vila de Cruzes (Pontevedra) com o que colaboramos, realizou-se uma interessante labor de recolha etnografica levada a cabo pelos proprios alumnos do centro através do Clube de Lingua. Tarefas deste tipo são dum enorme interesse tanto desde o ponto de vista de uma tradição oral ao que quedam cada ano menos dias de vida, senao também desde o punto de vista didatico, de difussão e concienciamente sobre a importancia dum patrimonio inmaterial em perigo evidente de extinção.


A Espada de Brandomés

Em certa forma que na escola se implique a meninos hoje na conservaçao e posta em valor da tradição oral não deixa de ser outra forma de volver a "criar uma memoria" que antes se fazia doutro jeito e noutros ambitos (familiar, domestico, vezinhal. Dentro desta recoleta etnográfica levada ao cabo em comum pelos Equipos de Normalização Linguística dos colégios de Vila de Cruzes, Cerdeirinhas-Pilonho e Merça, ademais do IES Marco do Cambalhóm, recolheram-se duas lendas nas que aparecia uma espada que acabara no rio.



Uma das versões conta como a espada foi votada ao rio Ulha após a morte de um guerreiro no lugar de Brandomés, na outra versão recolhida especula-se sobre o lugar onde foi arrojada as aguas a espada e onde poderia estar, diz assim a lenda

"Em Brandomés hai no rio unha espada metida no rio, dim que o mais probrable é que estea em sitios donde a corriente nom estea... como, por exemplo um desses três sitios é o Pozo dos Peres (noutro momento fala do lugar d´O Tesouro) Pensam que a espada como pasou tanto tempo xa nom está alí, xa que sospeitan que a levarom, pero outros tamém pensam que como pasou tanto tempo a espada pode estar a algúns metros baixo a terra polas follas que se forom xuntando durante tantos anos que pasarom desde que a tirarom ao rio."


Artur entre os Mouros

Obviamente a muitos não escapara a similitude desta lenda coa do famoso episodio do ciclo artúrico no que a Dama do Lago recupera a espada Escalibur que cedera ao rei, episodio que tem cativado a imaginação de varias gerações de escritores europeus. A Matéria da Bretanha é conhecida na literatura medieval galega, onde este ciclo chegou de forma tempera e teve uma intensa receção não só na escrita senão na própria vida cotia. Quem se tope na documentação medieval algum que outro cavaleiro batizado Lançarote, entendera bem esta popularidade do ciclo arturiano nas nossas terras, que converteu o nome do cavaleiro mítico num dos antropónimos "de moda" na época


Mas ao mesmo tempo, destas semelhanças artúricas a lenda da espada de Brandomés tem outros elementos próprio do nosso contexto, a espada disse estava feita de ouro o qual enlaça com o conhecido folclore dos mouros cujos objetos soem ser por definição todos sempre de Ouro. Estas figuras míticas omnipresentes na nossa tradição popular soem de cote presentar-se como lutando uns contra os outros em guerras;  uma forma de explicar as poderosas defensas dos castros dos que se lhes atribui a construção junto com outros restos arqueológicos vários (sobre tudo megálitos).


Neste sentido não seria raro que a morte do Guerreiro de Brandomés fosse de feito entendida como algo teve ocorrido "no tempo dos Mouros", recurrente expressão dum passado mítico, e não há duvida de que a própria espada se situa nesse contexto de "tesouros" dos mouros, deixados nesse passado essencial. De certo o lugar de Brandomés guarda outras tradições sobre tesouros da mouramia

"O tesouro em Brandomés está no cabo da agra de Vales, alí hai un castro, e nesse castro está o tesouro, (ouro). Outro tesouro hai-no indo cara a Milhorãs, pero dixéron-me que a esse tesouro xa lhe levaram o ouro e que só lhe queda cobre"

"Num pozo chamado Pozo dos Peres decíam que había unha campana de ouro"

"Indo cara o rio, en Brandomés, hai um trozo de térreo que está cerrado por um valo e aí é donde encerrabam aos cavalos os do ...? e alí hai unhas poucas pedras que lle quedam, xa que co paso do tempo se foi deteriorando e xa case nom queda nada. Alí dim que hai persoas enterradas e que hai ouro, moito ouro"


As armas nas Águas

Outro elemento que junto a esta dimensão mítica vinculada aos mouros joga nesta lenda de Brandomés e a própria localização da lenda no rio Ulha. Este rio é bem conhecido desde um ponto de vista arqueológico por ser que mais depósitos aquáticos de armas acumula no Noroeste da Península Ibérica só superado -obviamente- no contexto peninsular pelo multitudinário achádego da ria de Huelva, um dos mais grandes da Europa Atlântica.


Ao alvo disto não podia escapar-se a ideia de que algum achádego/os casual/is no passado poderiam ter contribuído a génese e recriação mítica, através de uma lenda que explica-se a origem da espada lá depositada no fundo do rio.


Neste sentido a lenda não deixa de ter um sedutor pouso que mistura a literatura tradicional e a arqueologia, o Imaginário e a Historia, a realidade e a ficção, e que por outro lado desde um ponto de vista pedagógico é boa não apenas para pensar, imaginar, muitas coisas senão também para falar e aprender de outras muitas. E nesta parte da História foi onde empeça a minha modesta colaboração neste interessante projeto, quando o Séchu Sende escritor e mestre do IES Marco de Cambalhóm se pujo em contacto comigo.


Sabiam do meu interesse pelo tema dos depósitos de armas no Bronze Final e queriam consultar-me sobre este tipo de rituais. Ao mesmo tempo que este Archeoten., que aqui escreve, também foi envolvidas uma velha amiga Beatriz Comendador professora de Arqueologia na Faculdade de Historia de Ourense, o divulgador do património Manuel Gago (que de passo recolheu isto no seu blogue), o etnógrafo Antonio Reigosa, e o especialista em esgrima antiga Denis Fernández Cabrera. Em certa forma pediusse-nos a cada um que aportáramos os nossos pontos de vista, conhecimentos e visões tomando como escusa e marco a tradição sobre a espada (podeis ver um bocadinho disto aqui)


Espadas e Lendas?

Uma das perguntas que se me fizeram daquela na entrevista que os alunos me enviaram era se conhecia algum outro tipo de lendas em Galiza ou no resto da Europa. Tenho que reconhecer que a rareza da lenda me obrigou a olhar para a Idade Media: à própria lenda arturiana e alguma pouco conhecida versão da gesta de Roldão na que a espada do herói acaba rota e arrojada ao rio após a morte de aquele, mas fui incapaz de topar algo semelhante no que conheço da tradição galega e europeia atual.



A Espada de Germade

Embora a minha surpresa foi maior quando uns dias depois de enviado o texto coas respostas desse-me a conhecer numa conversa como Judit Goméz Ferández arquiveira e atual guia do Museu Etnográfico do Monte Caxado (A Pontes) outra lenda sobre mouros na que aparecia também uma espada, neste caso não afundida senão emergida das águas dum rio. A lenda procede do Lugar de Momám (Concelho de Germade, Lugo), e diz assim:

“Pena do encanto: Disse que unha rapaza aparecia ali polas manhãs dando de comer a uns pitinhas e um rapaz achegóuse-lhe. Ela díxo-lhe que estava encantada e para desencanta-la tinha que ir ali o dia de Sam Xoám e colher unha pedrinha e tira-la ó rio.

Ela aparecia em forma de serpe e para desencantala debía-lhe de cortar a cabeça duma soa vez cum sabre que aí aparecia. O rapaz prometeu axuda-la se despois ela casaba com el. O dia de Sam Xoám o rapaz foi à Pena do Encanto. E ó tirar a pedra ó rio, apareceu o sabre. Despois apareceu a serpe. Pero como era enorme, o rapaz tivo medo. A rapaza, moi triste, marchou ó mar convertida em serpe para sempre”

No caso desta lenda a espada fantástica apresenta-se como um meio para conseguir o "desencantamento" da mulher sobrenatural, num tema muito recorrente no foclore galego segundo o qual a transição da moura desde o seu mundo a condição humana dá-se através de um ato de violência, nalgum casos uma mera ferida feita com algo cortante (navalha, cutelo).


Noutros casos precisa-se da morte do monstro no que a mulher se transforma para que renasça após ela convertida já numa mulher normal, nesta ultima variante inscreve-se o decapitamento que embargantes precisa neste caso da ajuda magica de uma espada especial conferida pelos próprios mouros



Um não pode evitar em certa forma imaginar comparando estas duas espadas sobrenaturais, e as suas idas e voltas desde as águas se noutra época de ter-se levado a cabo a elaboração literária como sucedera no caso de Excalibur, não poderiam estas duas lendas ter dado lugar a um episódio muito similar ao do ciclo arturiano, com a nossa própria Moura - Dama do Lago/Rio. De certo isto da que pensar sobre as relações entre o folclore e a literatura escrita, e de como cecais como acontecera a um Homero, não se terão perdido, esgazado em anacos, ou simplesmente esquecido tanto ciclos lendários pelo caminho sem chegar a ter passado ao papel


Dava-se ademais um segundo elemento interessante, que Judit me comentou pois aquela lenda da espada de Germade fora recolhida dentro dum projeto muito similar ao dentro do qual se aparesceu agora a lenda da Espada de Vila de Cruzes:  dentro de uma Campanha de Fomento da Leitura entre o lunado de 2ª etapa de EXB (curso 1993-94) do Colégio Público de Germade, que fora coordenado pelas professoras Modesta Novo Muinelo e Águeda Fraga Pita. Daquela os meninos,  entre eles a própria Judit, foram protagonistas e participaram, como agora os rapazes de Vila de Cruzes recolhendo de boca dos seus pais e avos a tradição oral, e entre ela a nossa lenda. daquilo saira um livro "Xermade meu pobo" onde está recolhida a lenda.


Em certa forma cumpria-se um percorrido, que como as idas e vindas de uma outra espada entre a água e a terra, fechava o círculo de uma lenda a outra de uma geração a outra dum lugar a outro, tão alongados no mapa. Qual será agora o percorrido disto?, como continuara a história nos rapazes de Vila de Cruzes? ... na rede estes dias a espada/s, uma e outra, como levadas pelas águas doutro nova corrente, andam "de postagem" em postagem e de "me gosta" em "partilhado" pelas redes sociais, pelos jornais, oferecendo novas vias de difusão e transmissão à tradição oral.


 Algumas Referências   
  
- AAVV: Xermade, o meu pobo. Xunta de Galicia, Santiago, 1994
- Alonso Romero, F., "A Moura constructora de Megalitos"Anuar. Brig. nº 21, 1998 pp. 11-28
- Cuba, X.R., Reigosa, A, Miranda, X., Diccionario dos seres míticos galegos. Xerais, 1999
- Llinares, M., Os Mouros no Imaxinario Popular. Univ de Santiago, 1990
- Tenreiro, M., "Os Mouros: notas sobre a penmanencia do mito no folklore" Anuar. Brig. nº 25, 2002 pp. 39-62
- Tenreiro, M., “A lenda melusínica no folclore galego: Apuntamentos sobre o culto e o popular” en Romero Portilla, P. Y García Hurtado, M-R (eds.): De Culturas, lenguas y tradiciones. II Simposio de Estudio Humanísitcos. UDC, Coruña, 2007 pp. 263-279


+INFO no blogue de: Palavras de Pedra

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

NAILOS Nº 1

NAILOS Nº 1, 2014
Estudios Interdisciplinares en Arqueología


Acaba de ver a luz uma nova revista eletrónica de arqueologia, Nailos - Estudios Interdisciplinares de Arqueología. A revista Nailos está editada pela Associação de Profissionais Independentes da Arqueologia de Astúrias (APIAA).


Com o subtítulo "Estudos Interdisciplinares de Arqueologia" pretende-se explicitar a vocação multidisciplinar que há de ter Arqueologia em diálogo com disciplinas anexas como a antropologia, geologia, geografia, história ou sociologia, convidando a especialistas de essas outras disciplinas para participar deste projeto editorial


Enquanto este novo projeto editorial veio dentro de uma associação profissional com base nas Astúrias, o seu âmbito não se limita ao nível local, mas tem como objetivo servir como uma canal de comunicação com o coletivo mais extenso de profissionais da arqueologia nacional e internacional


 INDEX



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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Interpretando as Idades do Ferro - Convocatória


Interpretierte Eisenzeiten VI, 2014

Quando: 27–29 Novembro
Onde: Linz, Austria


Interpretierte Eisenzeiten é um Congresso internacional dedicado a Idade do Ferro Europeia que cuma periodicidade bianual vense realizando desde o ano 2005, organizado pelo Prof. Raimund Karl da Univ. de Gales (Bangor) e Dra. Jutta Leskovar dos Oberösterreichische Landesmuseen.


A orientação deste congressos como queda explicitado no seu subtítulo "Fallstudien, Methoden, Theorie" isto é "Estudos de Caso, Método e Teoria" e no próprio no "Idades de Ferro Interpretadas",


dirige-se a aquelas propostas de leitura do registo da Idade do Ferro com um claro caráter interpretativo e inovador que planejam novas miradas e apresentam uma reflexão sobre os métodos e os aspetos teóricos na pesquisa sobre as sociedades da Idade do Ferro


O prazo de presentação de propostas de comunicações está aberto ate o dia 30 de Abril


  Convocatória



+INFO no site de: Interpretierte Eisenzeiten

KELTEN 61


KELTEN 61, 2014


Artikelen:

Frank Brandsma & Erik Hendrix "Tolkiens Arthur"  p. 2

Renée Calon "Het oppidum van Gondole (Le Cendre - Auvergne)"   p. 5

Greta Anthoons "Migratie en sociale netwerken als vormen van culturele uitwisseling in de ijzertijd: het relaas van een proefschrift"   p. 8

Martijn A. Wijnhoven "Geringd wapentuig: maliënkolders uit de ijzertijd"   p. 12

Recensies:

Stéphanie de Geus "Celtic from the west 2"  p. 15

Dennis Groenewegen "Gablánach in scélaigecht"   p. 16

Ranke de Vries "Een kunstig gerepareerd glas-in-loodverhaal"  p. 17

Michelle Bervoets "Een zoektocht naar Arthur in de middeleeuwse Welshe literatuur"  p. 18

Herman Clerinx "Nehalennia van Domburg: geschiedenis van de stenen monumenten"  p. 19

Bart Jaski "Britse degelijkheid"   p. 20

Verslagen:

Patrick Brown, vert. Dennis Groenewegen "The Fourth International Conference on the Ulster Cycle of Tales, 27-28 juni 2013"   p. 21

Linus Band-Dijkstra en Daan van Loon "Keltologie-Symposium Trier"   p. 22

Dennis Groenewegen "Publicatieoverzicht BA- en MA-scripties Keltisch 2012/2013"   p. 24

Nieuws en activiteiten:

Nieuws  p. 25
Agenda  p. 25
Mededelingen  p 26
Aankondiging Keltisch Colloquium 2014 achterkant


Ir ao site da revista: Kelten

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Os Barcos de Pedra da Idade do Bronze

Os Navios em pedra Amossam uma rede comercial maritima no Baltico à 3000 Anos

A meados da Idade do Bronze, por volta do 1000 aC, a quantidade de artefatos de metal comercializados na região do Mar Báltico aumentou dramaticamente. Na mesma época, um novo tipo de monumento apareceram ao longo das costas; pedras embotarão e organizados na forma de navios, construídos pela cultura marítima envolvida nesse mesmo ramo metal.

Uma rede marítima ampla

Estes grupos marítimos da Idade do Bronze faziam parte de uma rede que se estendia através de grande parte do norte da Europa e com ligações mais para o sul: uma rede que foi mantida devido à crescente dependência de bronze e outras matérias-primas importantes, como meio de status social, criando assim uma dependência cultural.


Os arqueólogos têm assumido que bronze foi importado para a Escandinávia desde sul, e as análises recentes confirmaram esta hipótese. No entanto como as pessoas organizaram esse comércio e formaram as suas redes raramente é abordado, e porem nada se sabe dos lugares onde eles se reuniram para tal fim



"Uma razão pela qual os lugares de encontro da Idade do Bronze não são discutidos, muitas vezes, é que temos sido incapazes de encontrá-los. O qual contrasta com os centros comerciais [mais tardios] da Era Viking, muito singelos de localizar, devido à grande quantidade de material arqueológico que deixaram", diz o autor da tese Joakim Wehlin da Universidade de Gotemburgo e a Universidade de Gotland.


Em sua tese, Wehlin analisada a totalidade do material arqueológico relacionado com os navios de pedra e também a colocação destes monumentos dentro da paisagem de Gotland. A tese oferece um novo e extenso relato dos navios de pedra e sugere que a importância do Mar Báltico durante a Idade do Bronze escandinava, e dos não menos importantes rios, como vias de comunicação aquática, tem sido subestimada na pesquisa anterior.


Os barcos de pedra podem ser encontrados em toda a região do Mar Báltico, especialmente nas ilhas maiores, com um conjunto significativo na Ilha de Gotland. Os navios têm-se considerado como concebidos para ter servido como túmulos e por esta razão eles foram vistos como recipientes destinados a levar o falecido ao Além após a sua morte.


O site como um ponto de encontro

"Meu estudo mostra uma imagem diferente", diz Wehlin. "Parece não que todos os corpo foram enterrados dentro do navio, e uma percentagem significativa de navios de pedra não têm sepulturas dentro deles em tudo. Em vez disso, eles às vezes mostram restos de outros tipos de atividades. Assim, com a ausência dos mortos, os traços da vida começam a aparecer."



Wehlin sugere que os navios de pedra e as atividades que possam ter ocorrido ao redor deles apontam para um povo que estava focado no comércio e as ligações marítimas. Detalhes destes monumentos; indicam que elas foram construídas não tanto como navios espetrais, mas como representações de embarcações reais.



Wehlin crê que os barcos de pedra ainda podem dar pistas sobre as técnicas de construção naval e as dimensões estruturais dos navios da época e isso proporcionara uma visão mais aprofundada de como se navegava pelo Mar Báltico durante a Idade do Bronze.


Este período na pré-história mostra o navio como um elemento dominante da cultura visual; esculpida em pedra, decorado em artefactos de bronze ou construído como nestes monumentos em pedra. Os navios visualizados através de diferentes meios de comunicação parecem referir-se aos navios de fato e a sua variedade pode indicar diferencias funcionais entre distintos tipos de embarcações.


Primeiros Portos Comerciais

Através do trabalho de campo, Wehlin localizou o que ele sente uma série de potenciais locais de encontro - o que poderia até mesmo ser descrita como portos comerciais iniciais. Em uma parte da área de estudo no nordeste de Gotland no sistema de água consiste no Rio Hörsne que mais tarde se torna o rio Gothem (o maior rio em Gotland). O rio corre para o norte-leste através das zonas húmidas de Lina pântano, e continua a sua foz no Åminne e a Baía de Vitviken no Mar Báltico.


O pântano Lina era -antes da campanha de drenagem em 1947- a maior em Gotland. Esta área aparece como uma paisagem marítima, com uma grande área húmida no interior, pântanos, sistemas fluviais, rio-boca, coa costa e do mar situado dentro de uma rica paisagem da Idade do Bronze. 


A área poderia muito bem ter sido importante como um nó de comunicação entre a costa leste e oeste, papel que tivo continuidade em tempos históricos. Wehlin acredita que não é por acaso que um dos maiores conjuntos de configurações do navio, quase 15% do número total de tais monumentos, surge nesta região.



Ele sugere que as pessoas que faziam parte de uma instituição marítima; construtores de barcos, marinheiros, as pessoas com conhecimentos e habilidades necessários para viagens ao exterior, a navegação, o comércio etc, poderia ter tido um lugar especial na sociedade. Se for assim eles poderiam estar ligados a tradição destes sites com barcos 


Esses recursos podem ser vistos como um instrumento fundamental para a identificação coletiva, semelhante aos sites com arte rupestre no Bohuslän. Os enterros que estão presentes perto desses sites se tornariam pois atividades secundárias relacionadas com o poder sacro destes lugares.

Fonte: Past Horizons


Referências

Wehlin, J., Östersjöns skeppssättningar. Monument och mötesplatser under yngre bronsålder/ Baltic Stone Ships. Monuments and Meeting places during the Late Bronze Agemore. Univ. Göteborg, tese on-line

Wehlin, J. "Approaching the Gotlandic Bronze Age from Sea. Future possibilities from a maritime perspective" in: Martinsson-Wallin, H., Baltic Prehistoric Interactions and Transformations: The Neolithic to the Bronze Age. Gotland University Press 2010. pp. 89-109 pdf


XVII Congresso da UISPP - Convocatória

XVII Congreso Mundial de la UISPP

Quando: 1-7 Setembro
Onde: Burgos


Comité Científico do XVII Congresso Mundial da da UISPP (The International Union of Prehistoric and Protohistoric Sciences - Union Internationale dês Sciences Préhistoriques et Protohistoriques - União Internacional de Ciências Pre-históricas e Proto-históricas), a celebrar em Burgos este ano em Burgos fez pública a lista das sessões admitidas para o Congresso. O Comité da UISPP, presidido pelo Prof. Martín Almagro-Gorbea do Departamento de Pré-história da Universidade Complutense, deu a conhecer um total de 120 sessões de diferentes temáticas relacionadas com a Pré-história e a Proto-história.


Todas as comunicações do Congresso dirigir-se-ão aos responsáveis pelas sessões e via site antes do 30 de abril de 2014, com os seguintes dados (em inglês): Título, nome do autor (ou responsável quando fosse uma equipa), e-mail, instituição de referência, resumem e palavras-chave. O prazo de receção de comunicações e/ou posters estará aberto ate o dia 31 de maio de 2014


 Sessões



+INFO no site do Congresso:  UISPP 2014

Augusto e o seu Tempo - Palestras


AUGUSTO Y SU TIEMPO
En el bimilenario de la muerte del emperador Augusto

Quando: Janeiro-Março
Onde: Merida


Com motivo do bimilenário da morte do imperador Augusto, fundador do Império e da colonia Augusta Emerita, o Museu Nacional de Arte Romano programou uma série de atividade relacionadas com a figura do imperador Augusto e os inícios da colónia e a província romana de Lusitânia, que desenvolver-se-ão ao longo de todo o ano.



O Ciclo de Conferências Augusto e o seu tempo pretende contribuir uma visão general sobre diversos temas relacionados com o principado de Augusto e os primeiros anos da colónia Augusta Emerita e o seu relacionamento com a província de Lusitânia.


Para isso, contar-se-á com a participação e a colaboração de destacados especialistas que abordarão de forma monográfica e divulgativa cada uno dos temas de interesse relacionados com a época de Augusto


  Programa



Ficheiro Epigráfico 115

FICHEIRO EPIGRÁFICO 115 - 2014


INDEX

492 - Marco de Teodósio em Coja, Arganil (Conventus Scallabitanus)
José d'Encarnação, Maria Conceição Lopes

493 - Grafito em tijolo, de Tróia (Conventus Pacensis)
José d'Encarnação

494 - Fragmento de placa com grafitos, de Tróia (Conventus Pacensis)
José d'Encarnação

495 - Ara a Júpiter en Cáparra, Oliva de Plasencia, Cáceres (Conventus Emeritensis)
Julio Esteban Ortega



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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Do Bronze Medio ao Final - Convocatória


LE BRONZE MOYEN A LA ORIGINE DU BRONZE FINAL
Europe occidentale. de la Méditerranéee aux pays nordiques

Quando: 17-20 Junho
Onde: Estrasburgo


Mais de 20 anos após a realização do colóquio da CTHS / Strasbourg Haguenau Dinamicas da Idade do Bronze na Europa Ocidental, o colóquio Bronze 2014 da APRAB propõe agora evisitar este período cronologico, à luz do trabalho e descobertas recentes.


O Bronze Médio se desenvolve na Europa Ocidental ao longo de um período de três séculos, a partir do XVII ao século XIV aC, entanto que nos séculos XIV e XIII ("Bronze Final", no oeste da região do Mediterrâneo ocidental) ocorre um período de transição, marcado por continuidades e mudanças que anunciam já o pleno Bronze Final.



Ao longo dos últimos vinte anos, o desenvolvimento de uma arqueologia preventiva muito ativa na França e na Europa, têm que renovado amplamente documentação sobre esta época. Este simpósio que celebrar-se há em Estrasburgo, em 2014, tem como objetivo apresentar os novos dados privilegiando as achegas que ofereçam uma síntese do estado atual da investigação


 Convocatória



+INFO no site de:  Bronze 2014